Os 5 assuntos que vão agitar o pregão desta quinta-feira

Mercado segue refletindo as declarações do Fed em um dia de agenda esvaziada aqui mas importantes dados saindo nos EUA; dia é de queda nos mercados globais

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa teve uma queda na última quarta, mas o desempenho foi causado muito mais por uma correção por conta das fortes quedas dos ADRs (American Depositar Receipts) no feriado do que por algo conjuntural. Nesta quinta-feira (10), o investidor deve ficar de olho no cenário externo, em um dia em que os mercados globais estendem as perdas. A agenda é diminuta com indicadores dos Estados Unidos roubando a cena. A grande novidade fica com a extensão do período de negociação do dólar. 

Veja os cinco assuntos que você não pode perder no mercado nesta quinta:

1. Bolsas mundiais
As bolsas asiáticas recuaram nesta quinta-feira, com os investidores buscando a segurança do iene, do ouro e de títulos com rating elevado, enquanto deixavam de lado o dólar apostando que o Federal Reserve pode não elevar os juros. A aversão ao risco pesou sobre a maioria das ações asiáticas, com Hong Kong – um dos principais canais para os investidores globais atuarem na China – caindo 3,85%, com os investidores de lá voltando do feriado prolongando do Ano Novo Lunar. Os mercados no restante da China continuaram fechados. Na quarta-feira, Wall Street fechou sem direção definida após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, parecer otimista em relação à economia norte-americana, apesar de reconhecer os riscos da turbulência do mercado e da desaceleração da China. Analistas entenderam que uma alta dos juros em março é improvável, mas que mais aperto continua possível no decorrer do ano. O dia também é de fortes baixas para as bolsas europeias, digerindo o discurso de Yellen e a sua preocupação com o crescimento da economia. O FTSE cai 2,68%, o DAX tem baixa de 3,50% e o CAC 40 cai 4,09%, com os bancos sendo o destaque negativo mais uma vez: o Société Générale registra queda de 13% após a divulgação de resultados do quarto trimestre abaixo do esperado, em meio a uma preocupação do continente europeu com as instituições financeiras. Enquanto isso, o dia é de queda para o petróleo: o WTI cai 2,88%, a US$ 26,66 o barril, enquanto o brent cai 1,43%, a US$ 30,40 o barril. 

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2. Pedidos de auxílio-desemprego dos EUA
Serão divulgados hoje às 11h30 (horário de Brasília) os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. O consenso de mercado é que eles venham em 280 mil, após serem registrados 277 mil pedidos na semana anterior. Ordens acima dos 400 mil refletem uma situação preocupante no mercado de trabalho. Ainda nos EUA, a chairwoman do Federal Reserve, Janet Yellen, falará novamente, agora na Comissão do Senado, às 13h. 

3. Novo horário de negociação do dólar
partir desta quinta o horário de negociação dos contratos futuros de dólar será estendido em 15 minutos. O horário de fechamento não mais acompanhará o da Bolsa, ocorrendo às 18h, mas acontecerá às 18h15. A mudança é válida até o dia 11 de março. 

4. Contingenciamento
De acordo com a “Folha de S. Paulo”, será anunciada amanhã uma tesourada entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões. A previsão anterior era de R$ 50 bi. O “Valor Econômico” diz que deve ficar abaixo dos R$ 20 bilhões. Para compensar, o governo enviará ao Congresso a proposta da “banda fiscal”, mecanismo que, na prática, autoriza o não cumprimento da meta fiscal ao estabelecer que em caso do PIB muito fraco prejudicar a arrecadação prevista, a perda de receita poderá ser abatida da conta da economia para pagar juros. 

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5. Verde Asset
A gestora Verde Asset destacou em relatório referente ao mês de janeiro que está aumentando a exposição ao dólar com a volatilidade. O fato de o real ser uma das moedas de melhor performance
no mundo em 2016 surpreende, afirma a gestora: “acreditamos que tal fenômeno seja temporário, ainda mais dada a inflação brasileira sistematicamente mais alta que dos pares, e temos aproveitado a volatilidade para aumentar a exposição do fundo comprada em dólar”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.