Os 5 assuntos que vão agitar o pregão desta terça-feira

China divulga dados que vão mexer com todo o mercado; cautela é necessária diante da volatilidade

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa teve a sua nona queda em 12 pregões nesta segunda-feira, atingindo o seu menor patamar desde o começo de março de 2009. Muitos investidores podem estar se perguntando sobre quando esta sequência de quedas irá parar. Pelo menos hoje, é bom perguntar para os chineses, já que o principal driver do dia são os dados divulgados no país. Hoje, o dia é de alívio para os mercados, em meio às expectativas por estímulos diante dos dados fracos do gigante asiático.

Veja os cinco assuntos que você precisa saber antes operar nesta terça:

1. Bolsas mundiais
As bolsas chinesas se recuperaram em torno de 3% nesta terça-feira, com os dados econômicos trimestrais fracos da China aumentando as expectativas do mercado de que o governo vai adotar mais medidas de estímulo, o que fez as ações asiáticas subirem também. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 2,95% enquanto o índice de Xangai teve alta de 3,25%. Hang Seng subia 2,07%, enquanto o japonês Nikkei tem leve alta de 0,55%. O dia também é de alta para as bolsas europeias, com o FTSE em alta de 1,49% e o DAX com ganhos de 1,70%, assim como o pré-market de Wall Street que, após o feriado, com o Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 futuros subindo cerca de 1,5%. O petróleo também ensaia recuperação, com o brent alta de cerca de 3% após fortes quedas, mas ainda abaixo dos US$ 30 o barril. 

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2. Dados da China
O PIB (Produto Interno Bruto) da China mostrou crescimento de 6,8% no 4º trimestre de 2015, revelou o governo do país na madrugada de segunda para terça-feira (19). O resultado veio levemente abaixo do que esperavam os economistas, cuja média das projeções apontava expansão de 6,9%, segundo pesquisa da Bloomberg. No acumulado em 2015, a segunda maior economia do mundo mostrou expansão de 6,9%, desacelerando em relação ao resultado de 2014 (+7,3%), além de também ter sido seu pior resultado desde 1990, revelam os dados oficiais. O resultado, no entanto, ficou praticamente em linha com os 7% estimados pelo governo chinês. Outro indicador aguardado na madrugada desta terça-feira, a produção industrial mostrou alta de 5,9% em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2014, abaixo das estimativas dos analistas (+6,0%) e do resultado de novembro (+6,2%). As vendas de varejo também ficaram aquém do esperado: 11,1% na mesma base comparativa, contra estimativa de 11,3%.

3. Início da reunião do Copom
Começa hoje o primeiro dia da primeira reunião do Comitê de Política Monetária de 2016. A decisão que sairá na quarta-feira será muito importante para definir o rumo da política monetária do País, já que economistas estão bastante divididos entre os que esperam que a Selic se mantenha estável e os que têm a expectativa de uma elevação de 0,5 ponto percentual inaugurando um novo cicli de aperto monetário. Para muitos, esta decisão será importante até para descobrir se o Brasil está ou não entrando em um cenário de dominância fiscal.  

4. Barbosa diz que governo não precisa socorrer a Petrobras
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que a política econômica do governo está focada em melhorar a situação fiscal para estimular o crescimento do PIB. Ele disse também que o governo não vê necessidade de socorrer financeiramente a Petrobras este ano.  

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5. Governo limita em R$ 135,6 bilhões as despesas até fevereiro
Até 12 de fevereiro, o governo federal poderá gastar R$ 135,6 bilhões. O montante consta de decreto publicado hoje (18) em edição extraordinária do Diário Oficial da União limitando os gastos federais até a definição da programação orçamentária para este ano. De acordo com o Ministério do Planejamento, que publicou nota explicando os cortes orçamentários, o montante equivale a um doze avos do orçamento de cada ministério e órgão do Poder Executivo. O limite valerá tanto para despesas discricionárias (não obrigatórias) quanto para gastos obrigatórios. Em relação aos gastos discricionários, o decreto limita o total a R$ 11,02 bilhões. Desse total, R$ 2,560 bilhões são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 753,6 milhões relativos a emendas parlamentares impositivas e R$ 7,703 bilhões de demais despesas discricionárias. 

(Com Agência Brasil e Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.