Os 5 assuntos que vão agitar o pregão desta quinta-feira

Mercado está preocupado com sequência de quedas do petróleo e falas de Cerveró ficam no radar político

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Depois de mais uma queda, a sexta consecutiva do Ibovespa, o cenário fica ainda mais conturbado para os investidores. Ontem, o barril do Brent caiu mais de 2% e chegou a US$ 29, deixando o mercado ainda mais preocupado com os próximos dias, principalmente em relação às ações da Petrobras (PETR3; PETR4). O dia hoje traz grandes notícias no cenário político e uma agenda econômica vazia por aqui, mas marcada pela reunião de Barbosa com Coutinho. 

1. Bolsas mundiais
O mercado externo tem desempenho misto, com viés negativo, enquanto as ações europeias ajustam-se à baixa de Wall Street de ontem. Já o petróleo tem um dia de alta, com o brent cotado a US$ 30,57, com alta de 0,86% e o WTI com ganhos de 1,08%, a US$ 30,81 o barril. Enquanto Xangai subiu 1,96%, o japonês Nikkei fechou em queda de 2,68% e Hang Seng teve baixa de 0,59%. A cautela dos mercados ganhou um componente adicional, após militantes realizaram um ataque com armas de fogo e bombas no centro da capital indonésia, Jacarta, nesta quinta-feira, matando pelo menos seis pessoas, informou a polícia, em um ataque em um país ameaçado pelo Estado Islâmico. Com isso, o dólar se fortalece, com moedas asiáticas como won e rúpias da Indonésia e Índia liderando perdas entre divisas emergentes. Na Europa, o dia também é de quedas, com o DAX em baixa de 2,12% e o CAC 40 em queda de 2,04%. Ao meio-dia, Mario Draghi, presidente do BCE, participa de reunião com ministros de finanças da Zona do Euro em Bruxelas.

2. PIB da Alemanha
A maior economia da zona do euro divulga nesta quinta o seu PIB (Produto Interno Bruto) relativo ao quarto trimestre de 2015. O PIB alemão cresceu 1,7% em 2015, uma leve melhora ante o ano anterior e a taxa mais forte em quatro anos, de acordo com estimativa preliminar da Agência Federal de Estatísticas divulgada nesta quinta-feira e um pouco acima das expectativas de 1,6%. No terceiro trimestre do ano passado, os alemães viram a atividade econômica do seu país crescer 1,6%.  

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3. PSDB quer colocar delação de Cerveró no TSE
Os advogados do PSDB querem pedir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a inclusão do depoimento do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró no julgamento da ação que prevê a cassação da chapa Dilma-Temer. O ex-executivo disse que ouviu do senador Fernando Collor de Mello (PMDB-AL), que a presidente Dilma Rousseff teria autorizado diretamente as suas negociações para indicar cargos de chefia na BR Distribuidora. 

4. Barbosa e Coutinho se reúnem
O ministro da Fazenda Nelson Barbosa se reúne com o presidente do BNDES Luciano Coutinho no gabinete ministerial em São Paulo às 17:00. O tema da reunião não foi divulgado. Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, afirmou à Bloomberg que o governo está em negociação com BNDES, Caixa e Banco do Brasil para ativar o crédito para habitação,
exportação, pequenas e médias empresas e que elas começam a sair em fevereiro.

5. Repatriação de recursos
A presidente Dilma Rousseff sancionou, na quarta-feira (13), com vetos, a Lei da Repatriação, que regulariza os recursos enviados por brasileiros ao exterior sem o conhecimento da Receita Federal. O texto da nova lei foi assinado no fim da tarde pela presidente. Pelo menos três dispositivos foram vetados. Um deles é o que permitia a regularização de objetos enviados de forma lícita, mas não declarada, como joias, metais preciosos e obras de arte. Outro dispositivo vetado é o que permitia a repatriação de recursos em nome de terceiros ou laranjas, fazendo com que o dinheiro esteja em nome da pessoa realmente beneficiada para que possa voltar ao Brasil. Aprovada pela Câmara dos Deputados em novembro e pelo Senado em dezembro, a Lei da Repatriação é uma das medidas do governo para tentar reequilibrar as contas públicas neste ano e financiar a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.