Ibovespa Futuro cai mais de 1% após prisão de senador e de CEO do BTG; dólar sobe

Operação Lava Jato rouba os holofotes e aumenta o clima de indefinição em dia de decisão do Copom

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta quarta-feira (25) após a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. A operação foi autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) depois que o MPF (Ministério Público Federal) apresentou evidências de que Amaral e Esteves tentavam atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. O BTG é sócio da fornecedora da Petrobras (PETR3; PETR4), Sete Brasil. 

Às 9h09 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para fevereiro caía 1,52%, a 47.900 pontos. Já o dólar futuro para dezembro sobe 1,23%, a R$ 3,748. 

Além da Lava Jato, o dia hoje também é marcado pela decisão de juros do Copom (Comitê de Política Monetária). O cenário está todo montado para a manutenção das taxas em 14,25% ao ano. No entanto, isso não é tudo o que o investidor deve observar. “Nós teremos nesta semana uma dessas reuniões do Copom nas quais não há qualquer dúvida a respeito do que o comitê fará com a sua política de juros – neste caso, nada – mas há alguma discussão sobre o que ele sinalizará para o futuro”, diz o analista Eduardo Loyo, do BTG Pactual, em relatório. Para ele, os juros DI podem ser pressionados caso o comunicado da reunião traga um tom mais “hawkish” (agressivo), apontando para a possibilidade de virem mais aumentos de juros no futuro.

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Ainda temos na agenda a reunião extraordinária da CMO (Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização) para discutir a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016. O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), já confirmou a existência de um plano para votar a LDO esta semana. Questões como a inclusão da CPMF nas previsões de receita do governo devem gerar polêmica.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu urgência nas decisões sobre o Orçamento, segundo informações do Valor Econômico. 

Ainda no cenário político, para além da Lava Jato e das discussões sobre as contas públicas, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou que procure fazer um acordo no qual trocaria a sua cassação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Conselho de Ética da Câmara adiou para 1º de dezembro a decisão do processo contra Cunha. 

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Cenário externo
As ações europeias hoje reagem após terem registrado suas maiores quedas em quase duas semanas. Ontem, a maior parte dos mercados internacionais apresentou desvalorização após a Turquia abater uma aeronave russa. Na Ásia, as bolsas chinesas subiram com os investidores acreditando que as intervenções do governo conseguiram estabilizar o mercado.

Ainda no cenário internacional, com as chances de que o Federal Reserve eleve os juros nos Estados Unidos já ultrapassando os 70%, uma série de indicadores do país será divulgada hoje. São os pedidos de auxílio-desemprego às 11h30, o núcleo do PCE (medida de inflação muito olhada pelo Fed) também às 11h30, assim como as encomendas de bens duráveis. Por fim, ainda teremos o índice de confiança do consumidor de Michigan às 13h e os estoques de petróleo às 13h30. Ontem, foi divulgada a segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no terceiro trimestre de 2015, mostrando uma expansão de 2,1%, em linha com as expectativas dos analistas.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

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