Petrobras salta 7%, Vale cai pela 8ª vez em 9 dias e uma ação renova mínima histórica

Confira os principais destaques de ações da Bolsa nesta segunda-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em sessão volátil por conta de exercício de opções sobre ações, o Ibovespa conseguiu sustentar alta nesta segunda-feira (16), em meio à defesa de Dilma Rousseff à permanência de Joaquim Levy no ministério da Fazenda. O índice foi puxado também pelas ações da Petrobras, que dispararam 6%, mas amenizado pelos papéis da Vale, que caíram pela oitava vez em nove pregões. 

As ações da estatal seguiram os preços do petróleo, que subiram no mercado internacional em meio às tensões geopolíticas após atentados em Paris, e fim da greve por parte dos trabalhadores dos sindicatos de Duque de Caxias e do Paraná e Santa Catarina. 

Chamou atenção hoje também a notícia, nesta manhã, de que a BM&FBovespa fez proposta para combinação das operações com a Cetip. Foi oferecido o valor de R$ 39,00 por ação da Cetip. Analistas acreditam que o prêmio oferecido foi baixo e acionistas da Cetip devem forçar um valor maior – o que levou esses papéis a superarem o valor da oferta hoje, atingindo alta de 3,90% nesta manhã, a R$ 39,69, e renovando sua máxima histórica. 

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Confira abaixo os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão: 

Petrobras (PETR3, R$ 9,38, +6,83%; PETR4, R$ 7,70, +5,91%)
As ações da Petrobras dispararam nesta segunda-feira, mais do que compensando a recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional. Essa é a primeira alta após duas quedas seguidas. O petróleo brent, usado como referência pela estatal, subia 0,58%, a US$ 44,73 o barril, em meio às tensões geopolíticas após atentado em Paris.  

Nesta segunda-feira, trabalhadores da Petrobras representados pelos sindicatos dos petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro de Caxias) e do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC) aprovaram, em assembleias realizadas hoje, a suspensão da greve e a manutenção do estado de greve, que consiste em manter em um alerta à companhia de que eles podem voltar à paralisação a qualquer momento. O Sindipetro Caxias é um dos mais relevantes da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e representa os trabalhadores da refinaria de Duque de Caxias (Reduc), uma das principais do País, com capacidade de produção de 240 mil barris diários. 

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Ainda no radar da estatal, os investigadores da operação Lava Jato encontraram provas que indicam o recebimento de propina por parte de ex-funcionários da Petrobras em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o que pode resultar no cancelamento do negócio, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal, nesta segunda-feira. 

A compra da refinaria pela Petrobras é um dos alvos da nova etapa da operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda, assim como a construção da Rnest, refinaria também conhecida como Abreu e Lima.

Vale (VALE3, R$ 15,05, -2,08%; VALE5, R$ 12,50, -2,04%)
As ações da Vale acentuaram queda nesta tarde, após exercício de opções sobre ações na Bovespa e teleconferência com investidores sobre acidente da Samarco, em Minas Gerais. Os papéis reagiram também ao corte de preço-alvo das ações pelo Bradesco BBI, que foi de R$ 24,00 para R$ 19,00. Essa foi a oitava queda em nove pregões da mineradora, acumulando queda de 13,3% no período. 

A companhia disse nesta tarde que não há responsabilidade solidária por parte da Vale sobre o ocorrido, mas que dará apoio para que a Samarco realize suas obrigações. Segundo a empresa, o foco no curto prazo está na questão humanitária e lamenta profundamente mortes e danos ambientais. 

O diretor financeiro da companhia, Luciano Siani Pires, disse que a Samarco tem como gerar caixa suficiente para cobrir custos fixos mínimos até recuperar a licença ambiental, desde que otimize as operações.

Nesta segunda-feira, a Samarco assinou termo de compromisso preliminar com o Ministério Público de Minas Gerais e Ministério Público Federal estabelecendo caução socioambiental de R$ 1 bilhão, para garantir custeio de compensações e reparações após rompimento das barragens. A Samarco deverá apresentar laudos mensais demonstrando que os valores estão sendo gastos exclusivamente em medidas de prevenção, contenção, mitigação, reparação e compensação dos danos ambientais ou socioambientais decorrentes do rompimento da barragem, segundo o comunicado.

Cetip (CTIP3, R$ 38,31, +0,29%) e BM&FBovespa (BVMF3, R$ 12,01, +0,08%)
A BM&FBovespa apresentou na sexta-feira proposta não vinculante para união com a Cetip, em uma operação em dinheiro e ações que avalia a maior central depositária de títulos da América Latina como valendo cerca de R$ 10 bilhões. 

A oferta da BM&F atribui às ações da Cetip valor de R$ 39,00 por papel, um ágio de 15,5% sobre o fechamento de 30 de outubro, quando a bolsa paulista revelou que estava mantendo conversas preliminares com a Cetip.

Na comparação com o fechamento das ações da Cetip nesta sexta-feira, o valor oferecido representa um prêmio de 2,1%. 

Para o Bradesco BBI, a oferta tem um “prêmio pequeno” e acionistas da Cetip podem exigir um prêmio adicional. “O processo pode levar um longo tempo, com upside limitado para os acionistas da Cetip”, comentou o banco. A recomendação para as ações da Cetip foi cortada para market perform (desempenho em linha com a média). 

Além do Bradesco, o JPMorgan cortou a recomendação da Cetip de neutra para underweight (desempenho abaixo da média), com preço-alvo sendo elevado de R$ 33,00 para R$ 38,00. 

Já o Credit Suisse cortou a recomendação da Bovespa para neutra, com preço-alvo sendo reduzido de R$ 13,00 para R$ 11,50 por ação. O banco destacou que as condições atuais são atrativas para os acionistas da BM&FBovespa, mas não o suficiente para os minoritários da Cetip. O banco acredita que os minoritários da Cetip deveriam pedir mais para aceitarem o acordo.

Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,29, -615%)
As ações da Metalúrgica Gerdau afundaram na Bolsa e renovaram mínima histórica, sem nenhuma notícia específica envolvendo a empresa hoje. A sua controlada Gerdau (GGBR4, R$ 5,14, -1,72%) também recuou, mas de forma mais amena. 

Sobre a empresa, operadores de mercado têm ressaltado forte demanda pelo aluguel das duas ações, com as taxas de empréstimo de GOAU4 superando os 50% na sexta-feira passada. Há dificuldade de encontrar até pequenas posições de aluguel em Metalúrgica Gerdau, comentam.  

Cesp (CESP6, R$ 15,70, -2,79%)
Após resultado “fraco”, as ações da Cesp caíram pelo segundo dia seguido na Bolsa. A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 66,9 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 373,6 milhões no mesmo período do ano passado, afetada pelo final da concessão de suas maiores hidrelétricas e pela redução da produção das demais, afetadas pela seca. 

A geradora, que controlava cinco hidrelétricas no Estado de São Paulo, viu as concessões das duas maiores delas– Jupiá e Ilha Solteira, que somam 4,9 gigawatts– vencerem no início de julho, quando as usinas passaram a ser remuneradas por uma receita que cobre apenas custos de operação e manutenção.

O trimestre “fraco”, segundo o Credit, reflete a falta de receita com essas usinas, que representavam 70% da capacidade assegurada da empresa, além da exposição da Cesp ao dólar, que afetou significativamente o lucro líquido. Além disso, a empresa ainda gastou R$ 270 milhões em compra de energia, sendo que costumava ser vendedora líquida.

O Bradesco BBI destacou que os custos administráveis e não-administráveis ficaram abaixo do esperado, enquanto o Ebitda ficou 25% abaixo do projetado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da geradora paulista somou R$ 186,67 milhões, com retração de 73,1% na comparação anual. 

Cemig (CMIG4, R$ 7,30, -0,27%)
A Cemig viu suas ações caírem, após apresentar números decepcionantes no terceiro trimestre. A empresa viu seu lucro líquido de R$ 167 milhões no período, com alta de 474,6% na comparação anual, puxada pelo aumento das receitas. A companhia estatal teve Ebitda de R$ 647,2 milhões, o que representa avanço de 27% ante o mesmo trimestre do ano passado.  

Para o Credit Suisse, os números vieram fracos e que, mesmo com a queda das ações de 43% em 2015, ainda não vê como confortável o investimento na ação. 

A receita líquida da Cemig no terceiro trimestre somou R$ 4,78 bilhões, com alta de 26% na comparação anual, enquanto os custos operacionais foram de R$ 2,53 bilhões, com alta de 42% ante o terceiro trimestre de 2014. 

Bradesco (BBDC3, R$ 23,71, -0,38%; BBDC4, R$ 21,69, +0,84%)
Bradesco vai propor um aumento de capital de R$ 3 bilhões, via emissão de 164,8 milhões de novas ações para subscrição particular pelos acionistas, segundo comunicado divulgado ao mercado nesta segunda-feira. 

 O banco convocou uma assembleia extraordinária para 17 de dezembro para deliberar sobre proposta. O período de subscrição será de 4 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016.

A diretoria do Bradesco também aprovou propor ao conselho pagamento de juros sobre o capital próprio complementares no valor de R$ 4,05 bilhões, sendo R$ 0,7677 por ação ordinária e R$ 0,8444 por ação preferencial. O conselho decidirá sobre proposta em reunião em 16 de dezembro. 

B2W (BTOW3, R$ 14,40, -4,00%)
As ações da B2W viraram para queda, depois de subir 5% mais cedo seguindo reação positiva na sexta-feira após balanço do terceiro trimestre. prejuízo da B2W dobrou no terceiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, para R$ 124,6 milhões. Na mesma base de comparação, a receita líquida da companhia cresceu 13%, para R$ 2,08 bilhões. 

Na ocasião, o BTG Pactual destacou a evolução do marketplace, que segue forte, chegando a 10% do GMV (venda bruta de mercadorias próprias, na tradução do inglês) total, contra 1,5% no 3° trimestre do ano passado. Para os analistas, esse foi o grande driver para fazer o fluxo de caixa ficar positivo.

Em um ambiente onde o e-commerce está muito agressivo em preço, o fato deles terem reportado expansão de 0,4 ponto percentual em margem bruta já é bastante positivo, comentaram. Eles, no entanto, salientam que ainda é cedo para fazer uma aposta, mas não há dúvida de que a companhia esteja na direção certa.

Contax (CTAX11, R$ 0,99, +2,06%)
As ações da Contax amenizaram um pouco da alta após disparada de 9% na abertura, reagindo ao balanço do 3° trimestre. A companhia anunciou prejuízo de R$ 64,8 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro líquido de R$ 19,6 milhões registrado no mesmo período do ano passado.   

<p><strong>10h50: Cesp </strong><strong>(<strong><a href=”/CESP6″ target=”_blank”>CESP6</a></strong>, R$ 16,13, -0,12%)</strong><br /><span >A estatal paulista Cesp (<strong><a class=”select” href=”/CESP6″ target=”_blank”>CESP6</a></strong>) teve preju&iacute;zo l&iacute;quido de R$ 66,9 milh&otilde;es no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 373,6 milh&otilde;es no mesmo per&iacute;odo do ano passado, afetada pelo final da concess&atilde;o de suas maiores hidrel&eacute;tricas e pela redu&ccedil;&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o das demais, afetadas pela seca.</span><span >&nbsp;</span></p>
<p>O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, deprecia&ccedil;&atilde;o e amortiza&ccedil;&atilde;o) da geradora paulista somou R$ 186,67 milh&otilde;es, com retra&ccedil;&atilde;o de 73,1% na compara&ccedil;&atilde;o anual.<span >&nbsp;</span></p>
<p>A geradora, que controlava cinco hidrel&eacute;tricas no Estado de S&atilde;o Paulo, viu as concess&otilde;es das duas maiores delas– Jupi&aacute; e Ilha Solteira, que somam 4,9 gigawatts– vencerem no in&iacute;cio de julho, quando as usinas passaram a ser remuneradas por uma receita que cobre apenas custos de opera&ccedil;&atilde;o e manuten&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>Al&eacute;m disso, as tr&ecirc;s demais usinas, que somam 1,6 gigawatt, geraram 13,3% menos energia que no terceiro trimestre de 2014.</p>
<p><strong>10h43: Cemig </strong><strong>(<strong><a href=”/CMIG4″ target=”_blank”>CMIG4</a></strong>, R$ 7,42, +1,37%)</strong><br /><span >A holding mineira de energia Cemig reportou um lucro l&iacute;quido de R$ 167 milh&otilde;es no terceiro trimestre, com alta de 474,6% na compara&ccedil;&atilde;o anual, puxada pelo aumento das receitas, segundo balan&ccedil;o divulgado nesta sexta-feira.</span><span >&nbsp;</span></p>
<p>A companhia estatal teve Ebitda de R$ 647,2 milh&otilde;es, o que representa avan&ccedil;o de 27% ante o mesmo trimestre do ano passado.&nbsp;<span >&nbsp;</span></p>
<p>A receita l&iacute;quida da Cemig no terceiro trimestre somou R$ 4,78 bilh&otilde;es, com alta de 26% na compara&ccedil;&atilde;o anual, enquanto os custos operacionais foram de R$ 2,53 bilh&otilde;es, com alta de 42% ante o terceiro trimestre de 2014.<span >&nbsp;</span></p>
<p><span >Para o Credit Suisse, os n&uacute;meros devem desapontar os investidores e que, mesmo com a queda das a&ccedil;&otilde;es de 43% em 2015, ainda n&atilde;o v&ecirc; como confort&aacute;vel o investimento na a&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</span></p>

Kepler Weber (KEPL3, R$ 23,20, +5,94%)
A small cap Kepler Weber disparou após balanço do terceiro trimestre e deixou para trás quatro quedas seguidas. A companhia teve lucro líquido de R$ 6,7 milhões no terceiro trimestre, queda de 80,3% na comparação anual. A receita líquida, por sua vez, recuou 20,3%, para R$ 202,8 milhões.  

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