Ações afundam até 6% após balanços e Petrobras ameniza; Usiminas desaba 6% com saída do MSCI

Confira os principais destaques corporativos da Bovespa nesta sexta-feira

Paula Barra

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11h21: Petrobras (PETR3, R$ 9,05, +0,33%; PETR4, R$ 7,54, -0,53%)
As ações da Petrobras amenizam as perdas, com as ordinárias virando para alta, apesar de uma leitura, em geral, negativa do mercado sobre o balanço, que mostrou um prejuízo líquido de R$ 3,76 bilhões e dívida total superior a R$ 500 bilhões, com impacto do dólar. O prejuízo, embora melhor do que o registrado há um ano (R$ 5,339 bilhões), veio abaixo da média das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, de R$ 1,346 bilhão. 

Para o BTG Pactual, o resultado fraco traz necessidade de medidas mais agressivas da empresa, enquanto inesperadas provisões elevam incertezas sobre provisões futuras – mesma visão atribuída pelo Santander. “Fica a dúvida se a companhia irá fazer mais provisões no quarto trimestre, enquanto o foco nesse resultado deve ficar na questão dos dividendos à frente”, comentaram os analistas Antonio Junqueira, Julia Ozenda e Andres Cardona

Um ponto também apontado pelo Credit Suisse, que vê reação negativa do mercado, principalmente quando considerado a percepção de que 2015 pode ser um ano de zero dividendos. Os analistas do banco suíço também enxergam mais ajustes no balanço do quarto trimestre, em função dos testes de baixa contábil ao final do ano, que deverão utilizar premissas mais desfavoráveis para o preço do petróleo Brent e dólar. 

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11h11: MRV Engenharia (MRVE3, R$ 8,52, +2,65%)
As ações da MRV sobem após resultado mais forte do que o esperado, com crescimento da receita refletindo maior volume de construção no trimestre. O balanço foi bem recebido pelos analistas do BTG Pactual, apesar de terem reiterado que a deterioração do cenário macroeconômico deve continuar e alguns riscos ligados ao Minha Casa, Minha Vida fase 3 parecem não estar bem precificados. 

A MRV viu seu lucro líquido subir 5,2% no terceiro trimestre na comparação anual, e trabalha sob expectativa de início da terceira fase do programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida. O lucro da companhia foi de R$ 142 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 135 milhões um ano antes. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava para lucro de R$ 125,8 milhões. 

Apesar do lucro maior, as vendas e produção da MRV caíram de julho a setembro. “O primeiro fator foi que lançamos muita coisa no final do trimestre e isso atrapalhou um pouco as vendas, o que atrapalha a receita”, disse à Reuters o co-presidente da companhia Rafael Menin. A empresa já havia divulgado em outubro que os lançamentos de imóveis pela MRV no terceiro trimestre subiram 13% na comparação anual, mas as vendas caíram quase 11% na mesma comparação, em meio a um ambiente de maior restrição de crédito pelos bancos.

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11h00: Ser Educacional (SEER3, R$ 8,40, -5,83%)
As ações da Ser Educacional afundam após resultado mais fraco do que o esperado. Segundo o BTG Pactual, a empresa sofreu com menor crescimento de base, o que levou a desalavancagem operacional: Ebitda e margem ficaram abaixo do projetado. O destaque positivo foi o ticket médio da empresa, que subiu 15% na comparação anual (fruto de um melhor mix de cursos e por uma decisão de não reduzir os preços, e também impactada positivamente pela incorporação da Unama/UnG). 

A companhia viu seu lucro líquido cair para R$ 24,2 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 57,7 milhões um ano antes. 

 No período, a companhia teve evasão de 20.502 alunos na graduação presencial. A expectativa é que os números ainda permaneçam altos no próximo trimestre, mas a partir do primeiro trimestre do ano que vem devem se normalizar, enquanto a companhia realiza ações como controle de frequência, notas e inadimplência, disse o diretor-presidente, Jânyo Diniz. A maior parte dos estudantes que desistiram foram aqueles que não tiveram acesso ao Fies ou ao Pravaler, modalidade privada de crédito estudantil.

10h55: CPFL Energia (CPFE3, R$ 16,72, +3,21%)
A CPFL Energia reportou um lucro líquido de R$ 280 milhões no terceiro trimestre, o que representa avanço de 188,5% ante o mesmo período de 2014, principalmente devido a um menor custo com a compra de energia para compensar a menor geração de suas hidrelétricas devido à seca.

A elétrica teve um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,08 bilhão, com alta de 25,7% na comparação anual. “O resultado apresentou significativa melhora… fruto principalmente do menor GSF (nome técnico para custo com o déficit hídrico)”, afirmou, em nota anexa ao balanço, o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Jr.

O executivo citou também, como fatores positivos para os ganhos, menos efeitos não-recorrentes no trimestre e “muitas iniciativas de controle de perdas e inadimplência”. A receita operacional bruta da companhia, que controla oito distribuidoras de energia e possui 3,1 gigawatts em usinas de geração, somou R$ 8,39 bilhões, com alta de 56% ante o terceiro trimestre de 2014.

10h50: Tecnisa (TCSA3, R$ 3,08, -0,65%)
A Tecnisa teve uma queda de 76% no seu lucro líquido no terceiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. O resultado da empresa no período ficou em R$ 7,8 milhões. A receita operacional líquida da incorporadora caiu 1,3%, para R$ 377,5 milhões e a margem bruta ajustada da companhia ficou em 39,7%, alta de 1,5 ponto percentual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação de amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 73,8 milhões, o que representa uma queda de 21,8%. 

10h48: Light (LIGT3, R$ 13,10, -0,83%)
A Light reverteu prejuízo de R$ 53 milhões um ano antes e lucrou R$ 38,9 milhões neste terceiro trimestre, enquanto a receita líquida teve alta de 34%, de R$ 1,61 bilhão para R$ 2,25 bilhões. 

Já o Ebitda teve alta de 57,8% na comparação trimestral, para R$ 406,8 milhões. A receita líquida consolidada no período, desconsiderando a receita de construção, foi de R$ 2,152 bilhões, apresentando crescimento de 36,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, explicado principalmente pelo reconhecimento tarifário dos custos com compra de energia.

10h45: Even (EVEN3, R$ 4,01, -0,99%)
A construtora e incorporadora Even reportou lucro líquido de R$ 32,8 milhões atribuído aos sócios da empresa controladora no terceiro trimestre. Trata-se do valor base para o pagamento de dividendos e que representa uma queda de 60,3% em relação ao mesmo período do ano passado. 

A receita líquida da Even somou R$ 573,8 milhões no período, o que representa aumento de 14%. A margem bruta ajustada da empresa caiu 1,5 ponto percentual e ficou em 32%.

10h32: Nova carteira MSCI – 6 ações excluídas
O MSCI  (Morgan Stanley Capital International) – índice bastante acompanhado por investidores estrangeiros – revelou ontem à noite a revisão de suas carteiras teóricas, excluindo 6 ações brasileiras. Hoje, todos esses papéis caem forte na Bolsa, sendo eles: Usiminas (USIM5, R$ 2,61, -6,12%), Cyrela (CYRE3, R$ 8,86, -2,42%), AES Tietê (GETI4, R$ 13,55, -3,76%), Ecorodovias (ECOR3, R$ 5,46, -3,53%), Via Varejo (VVAR11, R$ 3,86, -3,50%), Banrisul (BRSR6, R$ 5,71, -2,06%). A nova carteira do MSCI vai passar a vigorar dia 30 de novembro.  

10h17: Cyrela (CYRE3, R$ 8,84, -2,64%) 
A incorporadora Cyrela Brazil Realty informou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 131 milhões no terceiro trimestre, queda de 26,7% na comparação anual. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro líquido de R$ 124 milhões. No relatório, a companhia citou que enfrenta desafios como intensificar os esforços de venda e em novos lançamentos, enquanto implanta controle de custos e eficiência operacional. 

A Cyrela também disse que a área de repasse está se adaptando para evitar que os clientes sofram cancelamento de unidades, incluindo iniciativas como financiamento direto com a Cyrela e migração para unidades menores. 

Em outubro, a companhia afirmou que manteve a estratégia de reduzir estoques no trimestre, e seus lançamentos caíram 22% na comparação anual, enquanto as vendas subiram 1,7% no período.

10h17: Sabesp (SBSP3, R$ 17,68, -1,45%)
Com forte impacto do resultado financeiro, a Sabesp reportou um prejuízo de R$ 580 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 91,5 milhões no mesmo período do ano passado. Embora a receita líquida da empresa tenha apresentado um crescimento de 13%, para R$ 3,2 bilhões, a estatal paulista apresentou um resultado financeiro negativo em R$ 1,5 bilhão. 

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 22%, para R$ 903,2 milhões. Os custos, despesas administrativas e comerciais subiram 2% no período, atingindo R$ 1,6 bilhão.

10h15: Eletrobras (ELET3, R$ 5,83, -5,20%; ELET6, R$ 10,05, -5,37%)
O prejuízo da Eletrobras foi 45% maior no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado e somou R$ 4,01 bilhões, ante R$ 2,76 bilhões registrados entre julho e setembro de 2014. A receita líquida subiu 20% no trimestre, para R$ 7,9 bilhões. 

O lucro da companhia foi impactado por provisões operacionais de R$ 4 bilhões, contra provisões de R$ 1,3 bilhões um ano antes, sendo que R$ 3,39 bilhões correspondem a redução no valor recuperável da usina de Angra 3.

10h10: CSN (CSNA3, R$ 5,21, -3,87%)
A CSN registrou prejuízo líquido de R$ 532,6 milhões no terceiro trimestre, mais do que o dobro do resultado negativo sofrido no mesmo período do ano passado. 

A empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 853 milhões para o período de julho a setembro, uma queda anual de 13%.

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