9 balanços, impactos de tragédia na Vale e antiga OGX de volta aos R$ 10 no radar

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira

Paula Barra

(Bloomberg)

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SÃO PAULO – O noticiário segue agitado nesta terça-feira (10) pela temporada de balanços, repercussões da grave da Petrobras e impacto sobre a Vale da tragédia em Mariana na semana passada. 

Ontem, a Petrobras (PETR3; PETR4) e sindicatos não chegaram a acordo e novas rodadas de reuniões vão acontecer na terça e quarta-feira, afirmou uma fonte da estatal à Reuters, que disse acreditar que um acordo deve ser fechado até o fim desta semana.

A greve, coordenada por entidades sindicais, interrompeu ou reduziu a produção de petróleo em diversas plataformas desde 1º de novembro. A direção da companhia se reuniu na manhã desta segunda-feira com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e, à tarde, com integrantes da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

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A Petrobras afirmou em comunicado na segunda-feira que o impacto da greve na produção diária de petróleo está em 115 mil barris. A produção diária perdida equivale a pouco mais de 5% da extração média da estatal. A estratégia da companhia tem sido fortalecer os planos de contingência em plataformas de maior produção, “deixando” as menores em segundo plano. “É uma perda expressiva, mas não é nada dramático”, disse a companhia.

Além disso, a Verde Asset, gerida por Luis Stuhlberger, comprou bonds da Petrobras, segundo informações da Bloomberg. 

Vale
Vale (VALE3; VALE5) disse que sua produção nas minas de Fábrica Nova e Timbopeba poderá ser impactada negativamente em 3 milhões de toneladas em 2015 e 9 milhões de toneladas em 2016 devido ao rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, joint venture da brasileira com a BHP Billiton, na região de Mariana (MG). 

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A companhia acrescentou que vai interromper a venda de minério de sua mina de Fazendão para a Samarco. “As estimativas acima são preliminares e poderão ser alteradas à medida que novas alternativas operacionais sejam confirmadas”, disse a Vale em comunicado na noite de segunda-feira.

BB Seguridade 
Dando continuidade à temporada de balanços, a BB Seguridade (BBSE3) informou nesta terça-feira que fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,03 bilhão, alta de cerca de 25% sobre um ano antes. 

Em termos ajustados, o lucro líquido do braço de seguros do Banco do Brasil ficou em R$ 987,7 milhões, alta de 20% sobre um ano antes. A previsão média de cinco analistas consultados pela Reuters era de lucro líquido de R$ 977 milhões. Em geral, as estimativas colhidas pela Reuters de lucro líquido ajustado são as mesmas para o lucro líquido.

Do lado operacional, o resultado foi impulsionado pela menor sinistralidade em seguros nos segmentos de vida, habitacional e rural, pela maior margem operacional da BB Corretora e pelo aumento das receitas com taxas de gestão de fundos de previdência, disse a empresa.

A melhora no resultado financeiro foi reflexo da expansão do volume médio de ativos rentáveis e da maior taxa média Selic no período. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio ficou em 65,8% no terceiro trimestre, avanço de 4,9 pontos percentuais ante o terceiro trimestre de 2014.

Itaúsa
A holding Itaúsa (ITSA4), que detém participação no Itaú Unibanco, Duratex e Elekeiroz, registrou lucro líquido de R$ 3,3 bilhões no terceiro trimestre, alta de 54,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida da companhia recuou 1,6% de julho a setembro, para R$ 1,3 bilhão, na comparação anual.  

T4F (SHOW3)
A companhia de eventos Time For Fun segue recuperando seus resultados a voltou a registrar lucro no terceiro trimestre. A companhia teve um resultado financeiro de R$ 8,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 4,7 milhões de um ano antes. Enquanto isso, no acumulado de 9 meses, a empresa reverte o prejuízo de R$ 28 milhões para um lucro de R$ 8,7 milhões. Muito desta melhora se deve à saída do Cirque Du Soleil do portfólio da companhia.

A T4F, por outro lado, viu sua receita líquida cair de R$ 125,6 milhões para R$ 86,0, recuo de 31% na comparação anual. Segundo a própria empresa, foram vendidos menos ingressos no segmento de shows outdoor e de teatro. A companhia ainda ressaltou que o Cirque Du Soleil faz diferença nesta comparação, já que vendia muitos ingressos, enquanto impactava as margens de forma negativa.

Já as despesas avançaram de R$ 18,4 milhões para R$ 20,8 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve um aumento expressivo de 143%, saltando de R$ 4,6 milhões no terceiro trimestre de 2014, para atuais R$ 11,1 milhões.

Magazine Luiza (MGLU3)
A empresa de varejo Magazine Luiza viu seu lucro de R$ 42,1 milhões se tornar um prejuízo de R$ 19,1 milhões entre julho e setembro deste ano. A receita líquida da companhia também recuou, passando de R$ 2,39 bilhões para R$ 2,08 bilhões, com o Ebitda encerrando o terceiro trimestre em R$ 110,4 milhões, queda de 37,3% ante os R$ 176,0 milhões de um ano antes.

Apesar da piora nos números, a companhia destacou em seu release um ganho de mercado. “Com base na pesquisa mensal do comércio publicada pelo IBGE (PMC) e analisando o desempenho do setor de móveis e eletrodomésticos, a Companhia continuou ganhando participação de mercado com desempenho superior ao mercado”, disse a empresa.

Direcional (DIRR3)
A Direcional Engenharia registrou lucro líquido de R$ 28,804 milhões no terceiro trimestre de 2015, o que representa queda de 44,9% sobre igual intervalo de 2014, quando obteve ganho de R$ 52,246 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 61,833 milhões no período, recuo de 21,5% frente os R$ 78,762 milhões de julho a setembro de 2014.

A margem Ebitda ajustada ficou em 15,8%, ou 1,3 ponto porcentual inferior à verificada um ano antes. O conceito ajustado exclui a participação dos acionistas não controladores e os gastos com o programa de stock-option. A receita líquida da companhia registrou queda de 15,1% no terceiro trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado e somou R$ 392,344 milhões.

Segundo o BTG Pactual, o resultado veio em linha com as estimativas, apesar da desaceleração na Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida pressionando o ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) e fluxo de caixa da companhia. Apesar do momento desafiador, os analistas do banco acreditam que a ação oferece um bom risco/retorno e mantém recomendação de compra. O preço-alvo é de R$ 6,00 por ação. 

São Martinho
A São Martinho (SMTO3) registrou lucro líquido de R$ 21,1 milhões no segundo trimestre do ano fiscal de 2016, redução de 81,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, impactada principalmente pelo aumento das despesas financeiras, resultado da desvalorização do real frente ao dólar no período, além do aumento da dívida líquida na comparação com o segundo trimestre fiscal de 2015. A receita líquida encerrou o período em R$ 587,7 milhões, alta de 47,8%. 

Além do resultado, a companhia aprovou programa de recompra de até 1 milhão de ações ordinárias pelo período de 18 meses. 

Sonae Sierra 
A Sonae Sierra (SSBR3) teve lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 21,8 milhões e receita líquida de R$ 83,4 milhões.  

Metal Leve
A Metal Leve (LEVE3) encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 71,1 milhões, crescimento de 18,9% na comparação com o mesmo período de 2014. A receita líquida somou R$ 667,9 milhões, alta de 12,1% em relação a um ano antes. 

Banco Pine
O Banco Pine (PINE4) viu seu lucro líquido cair para R$ 10,4 milhões no terceiro trimestre, contra R$ 18,6 milhões registrados um ano antes.  

Hypermarcas 
Depois da venda de sua divisão de cosméticos, na semana passada, o BTG Pactual elevou em R$ 1,70 o preço-alvo às ações da Hypermarcas (HYPE3), para R$ 24,00 nos próximos 12 meses. A recomendação segue em compra. 

Equatorial Energia
A Equatorial Energia (EQTL3) negocia com a Cemig (CMIG4) a sua volta ao quadro de acionistas da Light (LIGT3), mas dessa vez, com voz no controle, segundo apurou o Valor.

A Equatorial é uma holding especializada em comprar o controle e promover a reestruturação de distribuidoras de energia em dificuldades e em regiões com perscpectiva de forte crescimento. Hoje, controla a Cemar e a Celpa. Em maio passado, a Vinci Partners, que era o principal acionista, vendeu suas ações e quem assumiu o posto foi a gestora carioca Squadra, que hoje tem 15,70% da holding e ocupa duas cadeiras no conselho.  

OGPar (OGXP3)
A OGPar, antiga OGX Petróleo, buscando se adequar às novas regras da BM&FBovespa, anunciou nesta segunda-feira (9) que irá propor em reunião no dia 12 de novembro o grupamento da totalidade de suas ações na proporção de 250 para 1. Com isso, considerando o preço de fechamento desta sessão, aos R$ 0,04, os papéis passariam a valer R$ 10.

O grupamento fará com que as atuais 3.236.016.790 de ações ordinárias passem a ser 12.944.067, sem mudança do capital social da companhia, de R$ 9.058.105.645,30. A proposta ocorre em meio à mudança nas regras da Bolsa, que não permite que um papel seja negociado abaixo de R$ 1,00 (as chamadas penny stocks) por mais de trinta pregões consecutivos, correndo o risco das ações serem até suspensas do mercado.

Em janeiro deste ano, o empresário Eike Batista renunciou ao cargo de presidente e membro do conselho da companhia. Em comunicado, a OGPar explica que as possíveis frações de ações que ficarem nas mãos dos acionistas serão complementadas por meio de outras frações a serem doadas pelo acionista controlador, Eike Batista. Caso, essa proposta não seja aprovada, será feito um leilão destas frações.

BRF (BRFS3)
A BRF ampliou seu programa de recompra de ações para mais 8 milhões de papéis, ampliando o total do programa para até 23 milhões de ações ordinárias.

PetroRio
A PetroRio (PRIO3), antiga HRT, informou que 62% das debêntures foram alvo de pedido de conversão. 

Tempo
O Carlyle Group adquiriu participação de 51% na Tempo Participações, por R$ 318 milhões. Das 82,1 milhões de ações adquiridas, 339,4 milhões foram a R$ 3,94 e o restante 81,7 milhões por R$ 3,88 por ação. A Tempo é 
prestadora independente de serviços de assistência automotiva, residencial e pessoal nos segmentos de seguros, montadoras e afinidades no Brasil.   

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