Antiga OGX voltando a R$ 10; prejuízo da Magazine Luiza, 2 balanços e 2 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta segunda-feira (9)

Rodrigo Tolotti

(Divulgação)

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SÃO PAULO – A noite desta segunda-feira (9) segue agitada no mercado brasileiro, com destaque para a proposta da diretoria da OGPar, antiga OGX, de um grupamento de ações que pode fazer os papéis da companhia voltarem a R$ 10. Enquanto isso, a temporada de resultados segue movimentando as empresas. Confira os destaques:

T4F (SHOW3)
A companhia de eventos Time For Fun segue recuperando seus resultados a voltou a registrar lucro no terceiro trimestre. A companhia teve um resultado financeiro de R$ 8,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 4,7 milhões de um ano antes. Enquanto isso, no acumulado de 9 meses, a empresa reverte o prejuízo de R$ 28 milhões para um lucro de R$ 8,7 milhões. Muito desta melhora se deve à saída do Cirque Du Soleil do portfólio da companhia.

A T4F, por outro lado, viu sua receita líquida cair de R$ 125,6 milhões para R$ 86,0, recuo de 31% na comparação anual. Segundo a própria empresa, foram vendidos menos ingressos no segmento de shows outdoor e de teatro. A companhia ainda ressaltou que o Cirque Du Soleil faz diferença nesta comparação, já que vendia muitos ingressos, enquanto impactava as margens de forma negativa.

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Já as despesas avançaram de R$ 18,4 milhões para R$ 20,8 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve um aumento expressivo de 143%, saltando de R$ 4,6 milhões no terceiro trimestre de 2014, para atuais R$ 11,1 milhões.

Magazine Luiza (MGLU3)
A empresa de varejo Magazine Luiza viu seu lucro de R$ 42,1 milhões se tornar um prejuízo de R$ 19,1 milhões entre julho e setembro deste ano. A receita líquida da companhia também recuou, passando de R$ 2,39 bilhões para R$ 2,08 bilhões, com o Ebitda encerrando o terceiro trimestre em R$ 110,4 milhões, queda de 37,3% ante os R$ 176,0 milhões de um ano antes.

Apesar da piora nos números, a companhia destacou em seu release um ganho de mercado. “Com base na pesquisa mensal do comércio publicada pelo IBGE (PMC) e analisando o desempenho do setor de móveis e eletrodomésticos, a Companhia continuou ganhando participação de mercado com desempenho superior ao mercado”, disse a empresa.

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Direcional (DIRR3)
A Direcional Engenharia registrou lucro líquido de R$ 28,804 milhões no terceiro trimestre de 2015, o que representa queda de 44,9% sobre igual intervalo de 2014, quando obteve ganho de R$ 52,246 milhões.

O Ebitda ajustado foi de R$ 61,833 milhões no período, recuo de 21,5% frente os R$ 78,762 milhões de julho a setembro de 2014.

A margem Ebitda ajustada ficou em 15,8%, ou 1,3 ponto porcentual inferior à verificada um ano antes. O conceito ajustado exclui a participação dos acionistas não controladores e os gastos com o programa de stock-option.

A receita líquida da companhia registrou queda de 15,1% no terceiro trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado e somou R$ 392,344 milhões.

OGPar (OGXP3)
A OGPar, antiga OGX Petróleo, buscando se adequar às novas regras da BM&FBovespa, anunciou nesta segunda-feira (9) que irá propor em reunião no dia 12 de novembro o grupamento da totalidade de suas ações na proporção de 250 para 1. Com isso, considerando o preço de fechamento desta sessão, aos R$ 0,04, os papéis passariam a valer R$ 10.

O grupamento fará com que as atuais 3.236.016.790 de ações ordinárias passem a ser 12.944.067, sem mudança do capital social da companhia, de R$ 9.058.105.645,30. A proposta ocorre em meio à mudança nas regras da Bolsa, que não permite que um papel seja negociado abaixo de R$ 1,00 (as chamadas penny stocks) por mais de trinta pregões consecutivos, correndo o risco das ações serem até suspensas do mercado.

Em janeiro deste ano, o empresário Eike Batista renunciou ao cargo de presidente e membro do conselho da companhia. Em comunicado, a OGPar explica que as possíveis frações de ações que ficarem nas mãos dos acionistas serão complementadas por meio de outras frações a serem doadas pelo acionista controlador, Eike Batista. Caso, essa proposta não seja aprovada, será feito um leilão destas frações.

BRF (BRFS3)
A BRF ampliou seu programa de recompra de ações para mais 8 milhões de papéis, ampliando o total do programa para até 23 milhões de ações ordinárias.

Samarco
A agência de classificação de risco Fitch colocou os ratings da mineradora Samarco em observação para possível rebaixamento, após o rompimento de duas barragens de rejeitos da companhia em Mariana (MG), na semana passada. A Samarco tem ratings “BBB” e “AA(bra)” nas escalas global e nacional da Fitch.

Segundo a agência, o impacto do rompimento das barragens sobre a produção de pelotas de minério de ferro da Samarco no médio prazo ainda é desconhecido. No momento, a unidade industrial de Germano está paralisada. Além disso, as investigações quanto à causa do rompimento das barragens estão em andamento e podem ter impacto significativo para a empresa.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.