Petrobras, corte de rating, recomendações e mais 6 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece bastante movimentado na volta de feriado na Bovespa. Nos destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) negocia vender cerca de 25% da BR Distribuidora, segundo informações da Folha de S. Paulo. 

Ainda sobre a estatal, de acordo com o jornal O Globo, a petrolífera investiu US$ 66 milhões para explorar poço seco em um campo de petróleo no Benin. A operação está na origem do pagamento de propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria recebido depósitos que somam 1,3 milhão de francos suíços, o equivalente a R$ 5,1 milhões, do lobista João Augusto Rezende Henriques no mesmo mês em que foi selada a decisão do investimento. 

Fora o noticiário, a companhia teve sua recomendação rebaixada de overweight (exposição acima da média) para equalweight (exposição em linha com a média) pelo Barclays. 

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Ambev
A SABMiller aceitou uma proposta de aquisição após a Anheuser-Busch Inbev, controladora da Ambev (ABEV3), oferecer um pacote em dinheiro e ações cujo valor atual é de 69 bilhões de libras (US$ 106 bilhões). O acordo para criar uma cervejaria que fabricaria quase um terço da cerveja mundial ficaria entre as cinco maiores fusões na história corporativa e seria a maior aquisição de uma companhia britânica.

Depois de repetidas recusas de sua rival mais próxima em tamanho, a AB InBev disse nesta terça-feira que está disposta a pagar 44 libras em dinheiro por ação da SABMiller, com uma alternativa parcial em ações com desconto e limitada a 41 por cento das ações da SABMiller.

A SABMiller disse que indicou à AB InBev que seu Conselho estaria preparado para aceitar a oferta e que pediu uma extensão de duas semanas do prazo estabelecido para que sua rival anuncie uma intenção firme de fazer a oferta. O novo prazo é 28 de outubro. O novo grupo combinaria as marcas Budweiser, Stella Artois e Corona, da AB InBev, com Peroni, Grolsch e Pilsner Urquell, da SABMiller.

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Vale
A Vale (VALE3; VALE5) disse que não vê excesso de capacidade em fosfatos ou potássio. Para a companhia, o Brasil deve liderar o crescimento global de fertilizantes, segundo apresentação a investidores da área de fertilizantes.  

Recomendações

– Bancos
O Credit Suisse rebaixou sua recomendação para as ações de diversos bancos. As recomendações das ações do Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3; BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander (SANB11) e Itaúsa (ITSA4) passaram de neutra para underperform (desempenho abaixo da média). Já o Banrisul (BRSR6) foi mantido com recomendação neutra. 

– Bradesco
O Bradesco, por sua vez, teve sua recomendação elevada de manutenção para compra pelo Deutsche Bank. 

– CCR
Fora do setor financeiro, a concessionária de rodovias CCR (CCRO3) teve sua recomendação elevada de manutenção para compra pelo Santander. Na mesma linha, o Citi reiniciou a cobertura de CCR com compra, mas cortou o preço-alvo de R$ 17,50 para R$ 16,00. 

Ainda sobre a CCR, o grupo CCR Barcas quer devolver ao governo do estado a concessão de seis linhas que opera, alegando desequilíbrio econômico-financeiro no contrato e falta de interesse estratégico no negócio, segundo informações do jornal O Globo.  

– Lojas Americanas
Por sua vez, o Citi cortou a recomendação das ações da Lojas Americanas (LAME4) para neutra, após alta de 12% no papel visto em outubro. Segundo os analistas, o plano de crescimento orgânico é bastante ambicioso (800 lojas adicionais até 2019) e oferece um “upside” (potencial de ganho) interessante para a ação. No entanto, a alta da Selic pode pressionar os lucros da varejista (a empresa possui uma dívida líquida de R$ 5,1 bilhões indexadas, principalmente aos juros flutuantes). Preferência para o setor são Pão de Açúcar (PCAR4) e Raia Drogasil (RADL3).

– Telefônica Brasil
Já a Telefônica Brasil (VIVT4) foi elevada para equalweight pelo Brasil Plural.

BTG Pactual
O BTG Pactual, comandado por André Esteves, negocia com a francesa Veolia e com a americana Sterilcycle a venda de sua parte na Estre Ambiental, segundo informações da coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo.  

Usiminas
A Standard & Poor’s rebaixou o rating da Usiminas (USIM5) de “BB-” para “B+”, refletindo o enfraquecimento das condições do mercado no Brasil e o aumento da competição nos mercados globais, que resultam em preços mais baixos de aço e menores margens para a companhia. A perspectiva dos ratings continua negativa. 

Pão de Açúcar
A receita líquida total do Pão de Açúcar (PCAR4) somou R$ 16,1 bilhões no terceiro trimestre, com destaque para o crescimento de 7,3% no segmento Alimentar, desempenho acima do setor, impulsionado pelo forte desempenho do Assaí, recuperação dos hipermercados e resiliência das demais bandeiras de alimentos, reforçando a importância de estratégia multiformato, comentaram os analistas da XP Investimentos. No conceito “mesmas lojas”, o segmento alimentar cresceu 3,3%, patamar superior ao segundo trimestre (1,8%) e primeiro semestre (2,7%). 

Apesar da forte queda do ativo, a XP segue cética com o segmento de supermercados. O Grupo Pão de Açúcar não tem conseguido repassar a inflação no conceito “mesmas lojas”, demonstrando que mesmo o segmento alimentar vem passando por uma desaceleração forte. “Aliado a isso, segue em forte queda as vendas da Via Varejo (VVAR11), como já acreditávamos que iria ocorrer, com restrição ao crédito e economia em recessão”, comentaram os analistas.

Elétricas
O Grupo AES Brasil, dono da distribuidora Eletropaulo (ELPL4), sinalizou interesse nas duas maiores hidrelétricas que serão leiloadas pelo governo no dia 6 de novembro, as usinas de Jupiá e Ilha Solteira. O interesse pelos projetos foi manifestado por meio da AES Tietê, empresa do grupo voltada para a área de energia. Os dois empreendimentos pertenciam à Cesp (CESP6), que não concordou com a proposta de renovação oferecida pelo governo e decidiu seguir com os empreendimentos até o fim do contrato. Conforme noticiou O Estado há duas semanas, o leilão de 6 de novembro não deve contar com a presença do Grupo Eletrobras (ELET3; ELET6), que pretende guardar seu caixa para grandes projetos de obras de geração e transmissão para 2016.

PDG Realty
A PDG Realty (PDGR3) informou que vai adiar a amortização e pagamento da remuneração das debêntures previsto de 10 de outubro para 10 de novembro.  

(Com Reuters)