De China a impeachment: os 7 eventos que vão agitar a próxima semana na Bolsa

Cenário político deve continuar gerando volatilidade, assim como a bateria de dados econômicos chineses e norte-americanos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A semana passada foi extremamente atípica no mercado. Depois de subir por quatro dias seguidos na semana anterior, ele subiu mais cinco nesta, fazendo sua maior sequência de ganhos diários desde agosto de 2013. Isso sendo que o cenário político só piorou para a presidente Dilma, afinal, não é sempre que no mesmo dia o governo de um país não consegue emplacar uma votação de vetos, tem as contas rejeitadas no TCU (Tribunal de Contas da União), vê aprovado um pedido de investigação da campanha anterior e ainda é derrotado no STF (Supremo Tribunal Federal) ao colocar suspeitas sobre um ministro do TCU. 

Na semana que vem, parece que Dilma vai continuar sem trégua, já que após o feriado na segunda (12), a oposição tentará deflagrar o pedido de impeachment mesmo sem a votação no Congresso das contas de Dilma rejeitadas no TCU. Segundo o economista Carlos Lopes, do Banco Votorantim, a volatilidade por causa da política vai continuar. “Não vejo um quadro muito diferente dessa semana. Não vai ter nenhuma definição destes quadros como impeachment, TCU e votação do ajuste”, afirma. Segundo ele, será mais fácil ver sinais claros no cenário internacional. 

Na terça-feira (13), a China divulgará seus indicadores de inflação como o Índice de Preços ao Consumidor e o Índice de Preços ao Produtor. O investidor que estava na Bolsa na Black Monday de agosto deve lembrar como índices macroeconômicos chineses são capazes de gerar volatilidade. Apesar disso, Lopes acredita que a importância desta vez deve ser reduzida porque o governo chinês já sinalizou estar confortável com o patamar atual de crescimento do gigante asiático. Para ele, os Estados Unidos, que divulgam vendas do varejo (quarta-feira às 9h30), Livro Bege do Fed (quarta-feira às 15h), inflação ao consumidor (quinta-feira às 9h30) e produção industrial (sexta-feira às 10h15) devem ser mais o foco. “Nesse ambiente que está mudando, vai depender muito desses dados de inflação na semana que vem. Pode estender o bom humor do mercado”. Para o economista, contudo, esses eventos são importantes, mas não tanto quanto a reunião do FMI (Fundo Monetário Internacional) neste fim de semana, que será o mais importante de tudo, explica. 

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Ele ainda lembrou que o investidor não deve se esquecer das agências de classificação de risco, que continuam de olho no rating do Brasil. Apesar da Moody’s ter oferecido um alívio nos últimos tempos, ele lembra que as condições macro já não justificam a nota que a Fitch tem para o País. “Eu não ficaria surpreso se eles rebaixassem a nota nos próximos dias”, avisa.  

Confira os principais destaques da agenda da próxima semana:

IBC-Br
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) é visto como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) e será divulgado às 8h30 (horário de Brasília) da sexta-feira. Para o economista, o IBC-Br deve ter mais uma queda e deve reforçar esse cenário de mais um trimestre de PIB negativo. As expectativas medianas do mercado são de retração de 0,5% em agosto, depois do índice ficar praticamente estável em julho. 

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Inflação da China
Às 22h30 da terça-feira (13) terá a divulgação dos dois índices de inflação da China. A previsão para o IPC é de 1,9% de avanço em setembro contra 2% registrados em agosto. Já o IPP deve cair 5,8% depois de ter caído 5,9% no mês anterior. 

Outros indicadores:

Livro Bege
Os indicadores de atividade econômica regional dos EUA são compilados neste indicador, que ganha importância diante do cenário de incerteza acerca da política monetária que será implementada pelo banco central da maior economia do mundo. O Livro Bege sai às 15h da quarta-feira (14).

Discursos do Fed
O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, falará na segunda-feira (12) às 9h10. Já, Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, fala às 17h30 do mesmo dia. James Bullard, do Fed de Saint Louis, fala às 9h da terça e, por fim Loretta J. Mester, do Fed de Cleveland fala às 17h30 da quinta. 

Vencimento de contratos Futuros do Ibovespa
Os contratos Futuros do Ibovespa para outubro vencem na quarta-feira. 

Para conferir todos os eventos da semana, veja a agenda InfoMoney clicando aqui.

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