SABMiller tenta ‘frear’ AB Inbev; Petrobras, Vale e mais 11 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta sexta-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece mais movimentado nesta sexta-feira, último pregão antes da pausa prologada da Bovespa com feriado na segunda-feira (9).

Ontem à noite, a Petrobras (PETR3; PETR4) informou que as revisões no plano de negócios realizada no começa desta semana tiveram como base um dólar a R$ 3,28 para 2015 e R$ 3,80 para 2016, ante estimativas de câmbio a R$ 3,10 e R$ 3,26, respectivamente. Já o preço do petróleo Brent, usado como referência, foi reduzido de US$ 60,00 par US$ 54,00 o barril para 2015 e de US$ 70,00 para US$ 55,00 o barril em 2016. 

Na segunda-feira, a estatal divulgou redução de US$ 18 bilhões, ou 16%, na previsão de gastos operacionais e investimentos para este e o próximo ano, devido à queda nos preços de petróleo e à desvalorização do real frente ao dólar.

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Vale
A produtora de alumínio norueguesa Norsk Hydro assinou carta de intenção para comprar da Vale (VALE3; VALE5) uma fatia de 40% na MRN (Mineração Rio do Norte), líder na produção de bauxita no Brasil. Uma eventual acordo elevaria participação da Norsk Hydro na MRN para 45%. A Norsk Hydro está buscando apoio para o acordo de outros acionistas na MRN, incluindo a Alcoa, que possui uma fatia de 18,2%, e a Rio Tinto, que detém 12%.

Além disso, pode impactar a mineradora hoje os preços do minério de ferro lá fora. A commodity negociada no porto de Tianjin, na China, subiu 1,3% no mercado à vista chinês, indo para US$ 55,50 a tonelada. 

Bancos
A agência de classificação de riscos Moody’s manteve na quinta-feira a perspectiva negativa para o sistema bancário brasileiro, afirmando que a recessão do país deve continuar no próximo ano, elevando os riscos de ativos e pressionando o lucro dos bancos.

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“O Brasil não vai voltar ao crescimento econômico por algum tempo, por uma série de razões, entre elas, queda nos preços globais das commodities exportadas pelo país, elevado risco político, um processo de grande alcance de corrupção que afetou os setores de petróleo, construção e engenharia, e esforços do governo para cortar gastos para reduzir o déficit”, avaliou a Moody’s em comunicado.

A agência alerta ainda que o desemprego e a produção industrial se deterioram de forma significativa este ano, apontando para um aumento na proporção de inadimplentes, que até agora tem permanecido em torno de 3%. Por outro lado, a Moody’s cita como positivo para os bancos brasileiros a manutenção de ampla capitalização, o que deve permitir que os credores absorvam um aumento nas perdas sem estresse financeiro significativo.

Banrisul
Dentre os bancos, a Moody’s decidiu cortar o rating do Banrisul (BRSR6) para “junk”. A perspectiva foi alterada para negativa. De acordo com a agência, o rebaixamento considera a deterioração gradual dos indicadores de qualidade dos ativos do banco nos últimos trimestres, que afetaram a rentabilidade, à medida que os custos de créditos aumentaram, além de outras pressões que estão surgindo devido a um ambiente econômico enfraquecido.

O rebaixamento também leva em conta a exposição do banco a deteriorada posição fiscal de seu controlador, o estado do Rio Grande do Sul, que apresentou um déficit em operação de mais de 20% das receitas totais desde 2012. ??

Ambev
A cervejaria SABMiller, tentando defender-se de uma oferta de compra não solicitada da rival Anheuser-Busch InBev, controladora da Ambev (ABEV3), anunciou um plano de aceleração de corte de custos nesta sexta-feira em uma tentativa de convencer seus acionistas de que pode impulsionar sozinha seus resultados. 

A fabricante de cervejas como Peroni, Grolsch e Pilsner Urquell disse que espera agora chegar a economias de custos anualizadas de ao menos 1,05 bilhão de dólares até 2020. A meta anterior de seu programa de corte de custos, anunciado em maio de 2014, era de 500 milhões de dólares até 2018.

A SAB rejeitou a última oferta de US$ 100 bilhões da AB InBev, afirmando que esta “subvaloriza substancialmente” a companhia.

Ser Educacional
A Ser Educacional (SEER3) comunicou nesta manhã seus dados de captação. O número de novos alunos da companhia, que tem sua maior exposição ao Norte/Nordeste do País, aumentou 12,4% no terceiro trimestre, na comparação anual, enquanto a taxa de evasão ficou em 14,4%, incluindo os alunos que esperavam ter acesso ao Fies, fundo de financiamento estudantil do governo.

JHSF
A JHSF (JHSF3) informou que recebeu proposta de US$ 200 milhões por cinco empresas no exterior. Em função do recebimento da Proposta, será convocada reunião extraordinária do conselho de administração da companhia para deliberar sobre o assunto. 

PDG Realty
A PDG Realty (PDGR3) será negociada nesta sessão pós-grupamento. A operação foi realizada na proporção de 50 para uma ação, com o objetivo de se ajustar às condições da BM&FBovespa para ações “penny stocks”. Ontem, o papel da incorporadora fechou cotado a R$ 0,06. 

Direcional
A Direcional (DIRR3) divulgou dados operacionais do terceiro trimestre. As vendas contratadas da companhia subiram 47% no período, atingindo um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 93 milhões. No acumulado até setembro, o VGV das vendas líquidas da Direcional atingiu R$ 241 milhões, queda de 20% em relação a 2014. 

Embraer 
A United avalia comprar jatos da Embraer (EMBR3) ou Bombardier, segundo informações do Bloomberg. 

Eletrobras
A presidente Dilma Rousseff assinou decreto com crédito suplementar de R$ 100 milhões para a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).  

Eneva
A empresa de energia Eneva (ENEV3) informou na quinta-feira que o Itaú Unibanco desembolsou parcela de empréstimo de R$ 225,3 milhões, para a subsidiária Parnaíba II. O Itaú Unibanco é repassador do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste financiamento. 

O empréstimo terá duração de 12 anos e custo efetivo de TJLP mais 5,90% ao ano. Os recursos serão utilizados para liquidação da parcela do empréstimo-ponte de Parnaíba II com o Itaú.

“A Eneva já iniciou tratativas com instituições financeiras para contratar empréstimos de longo prazo adicionais com o objetivo de liquidar o saldo remanescente do empréstimo-ponte de Parnaíba II, com vencimento em 30 de junho de 2016”, disse a empresa.

Log-In
Em resposta à notícia do Valor de que a companhia deve receber aporte de fundo ou ter ativos cindidos em meio ao processo de reestruturação, a Log-In (LOGN3) informou que continua avaliando alternativas estratégicas junto a potenciais investidores, mas não há, no entanto, qualquer acordo firmado que confira segurança quanto à conclusão de uma transação com qualquer investidor. Ontem, as ações da companhia chegaram a subir 11,5%, mas fecharam com alta de 6%. 

Sul América
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição pela PAN Seguros da carteira de seguro habitacional contratada pela Caixa Econômica Federal atualmente detida pela seguradora Sul América (SULA11).

Segundo parecer do Cade, a carteira é formada por apólices remanescentes, que não são mais ofertadas ao mercado, e que se limitam ao reembolso de segurados antigos, que passarão a ser administradas pela PAN Seguros.

A PAN Seguros tem 51% de seu capital detido pela BTGP Holding de Seguros, do banco BTG Pactual e 49% da Caixa Seguridade, da Caixa. Em seu parecer, o Cade concluiu que a operação não representa prejuízo à concorrência, pois não é capaz de gerar reflexos concorrenciais significativos.

(Com Reuters)