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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta sexta-feira (9), estendendo a sequência de ganhos que já dura 8 pregões e acumula uma alta de mais de 11%. No radar político, a oposição não esperará que o Congresso vote as contas de Dilma rejeitadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e tentará deflagrar o processo de impeachment já na terça voltando do feriado. Lá fora, as bolsas mundiais sobem em meio às expectativas de que o Federal Reserve não aumente os juros nos Estados Unidos em 2015, reforçadas pela ata do Fomc (Federal Open Market Committee).
Às 9h06 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para outubro subia 1,08%, a 49.560 pontos. Já o dólar futuro para novembro cai 0,69% a R$ 3,787. Com isso, o câmbio volta ao nível pré-rebaixamento de rating do Brasil pela Standard & Poor’s.
Segundo a Folha de S. Paulo, a oposição vai deflagrar o processo pelo afastamento de Dilma já na volta do feriado. De acordo com o jornal, a oposição se apressa por achar que após novembro dificilmente o impeachment vai adiante. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o julgamento das contas do governo só deverá ser concluído pelo Congresso no próximo ano.
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Também vale ficar de olho na participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em evento do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial em Lima, no Peru. Ontem, Levy e Tombini asseguraram a investidores que o Brasil vai superar a crise política que ameaça a permanência da presidente Dilma Rousseff no cargo. Em um comentário surpreendentemente franco, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reconheceu para uma plateia de investidores na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), no Peru, que não sabia se a presidente enfrentaria um processo impeachment.
Já entre os indicadores, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) registrou alta de 1,64% na primeira prévia de outubro, depois de subir 0,56% no mesmo período de apuração do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira. A expectativa mediana dos economistas segundo a pesquisa Bloomberg era de que o índice tivesse um avanço de 1%.
Cenário externo
As bolsas asiáticas e europeias sobem nesta sexta-feira, impulsionadas pelo salto nos preços do petróleo e pelos ganhos de Wall Street após a ata da última reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ter sufocado ainda mais as expectativas de uma elevação iminente da taxa de juros.
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A ata do Fed revelou a extensão das preocupações das autoridades do banco central de que uma desaceleração econômica global pode ameaçar a perspectiva econômica dos EUA. Embora elas tenham dito que as turbulências internacionais não “alteraram de forma material” as perspectivas econômicas, eles optaram por manter a taxa de juros no mês passado.
“A especulação sobre uma alta iminente dos juros norte-americanos foi um risco com o qual os investidores estiveram lidando por muito tempo. Como tais preocupações estão diminuindo agora, os investidores estão dispostos a assumir riscos”, disse o estrategista-chefe do Tokai Tokyo Research Center, Hiroyuki Nakai.
Já os preços do petróleo ampliavam os ganhos após o grupo de energia PIRA, entidade que faz prognósticos observados atentamente, prever que os preços do petróleo vão subir para 70 dólares o barril até o final de 2016.
No noticiário corporativo europeu, destaque para a alta de 11% dos papéis da Glencore, após o anúncio de que a companhia vai reduzir sua produção de zinco em 500 mil toneladas por ano, correspondendo a aproximadamente um terço do total, a fim de preservar o valor das reservas da companhia em um período de preços baixos. As bolsas europeias registram ganhos entre 1% e 1,5% nesta sessão.
O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.
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