Bovespa pode reduzir distância para bolsas estrangeiras em 2016, diz Lacan

"Há uma oportunidade clara na bolsa brasileira em 2016", disse Candiota, que é ex-presidente do Banco Central

Reuters

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BRASÍLIA – Após vários anos operando longe de suas máximas históricas, ações de empresas brasileiras negociadas na Bovespa podem ter um repique em 2016, diminuindo a distância em relação a bolsas estrangeiras, como as dos Estados Unidos, que tiveram valorização, disse nesta quinta-feira o sócio-fundador da Lacan Investimentos e ex-diretor do Banco Central, Luiz Augusto Candiota.

“Há uma oportunidade clara na bolsa brasileira em 2016”, disse Candiota durante apresentação em congresso anual da Abrapp, entidade dos fundos de pensão fechados.

Os comentários vão na contramão do que têm sinalizado os gestores de alguns dos maiores fundos de pensão do país, como Petros (dos funcionários da Petrobras) e Funcef (dos empregados da Caixa Econômica Federal), que planejam reduzir ainda mais a exposição a ativos mais arriscados nos próximos anos.

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Entre os segmentos que o executivo considera mais promissores para o ano que vem estão as produtoras de papel e celulose e as empresas que pagam maiores percentuais do lucro em dividendos aos acionistas.

No caso da celulose, Candiota considerou que a resiliência internacional dos preços nos últimos meses, ao contrário do que aconteceu com a maioria das demais commodities, tende a persistir nos próximos anos. E o Brasil vem progressivamente ganhando mercado de outros grandes produtores globais por deter um conjunto de fatores naturais que o tornam mais competitivo no setor.

Segundo o executivo, que administra cerca de 1 bilhão de reais em recursos, há também boas oportunidades nos setores imobiliário e de infraestrutura, embora nestes casos os ganhos tendem a aparecer em prazos mais longos, à medida que a economia do país se recuperar.

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Para Candiota, a chance de uma forte valorização adicional do dólar frente ao real é menos provável, dado que a moeda norte-americana acumula valorização de cerca de 45 por cento neste ano. Com isso o fluxo de recursos para a bolsa, especialmente de estrangeiros, tende a fluir para papéis de empresas consideradas atrativas, como as de baixo endividamento.

“Há um grupo de cerca de 30 empresas na Bovespa que são boas apostas”, disse, evitando citar nomes.

(Por Aluísio Alves)