Ibovespa Futuro vira para alta em 20 minutos com TCU e Fomc no radar; dólar cai

Dia sai do negativo com principais drivers sendo o cenário político e a reabertura das bolsas chinesas; ata do Fomc gera expectativa

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro vira para alta após abrir em baixa nesta quinta-feira (8) depois de uma sequência de sete altas consecutivas. No radar, o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou ontem as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, colocando mais tensão no cenário político. Lá fora, as bolsas chinesas reabriram depois de longo feriado e subiram, mas o restante dos mercados do continente caiu em meio a dados fracos no Japão. As bolsas europeias e futuros norte-americanos operam em leve baixa antes da ata do Fomc (Federal Open Market Committee). 

Às 9h23 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa para outubro tinha ganhos de 0,19%, a 48.950 pontos. Já o dólar futuro para novembro tem queda de 0,84% a R$ 3,883. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 sobe 2 pontos-base a 15,50% ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem alta de 1 ponto-base a 15,50%. 

Após 3 horas do início da sessão, o TCU decidiu, por unanimidade, rejeitar as contas do governo Dilma Rousseff em 2014. O relator do caso, Augusto Nardes, fez a leitura das conclusões do relatório recomendando a rejeição das contas, sendo seguido pelos outros ministros. Com isso, Dilma se torna a primeira presidente desde 1937, época do governo de Getúlio Vargas, a ter suas contas rejeitadas pelo TCU.

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Com isso, só ontem, o governo acumulou 4 derrotas seguidas. A primeira com o adiamento da análise dos vetos de Dilma a pautas bomba no Congresso. A segunda foi o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitando o pedido do governo contra o relator do processo das “pedaladas fiscais” no TCU, Augusto Nardes. A terceira foi a própria rejeição das contas de Dilma no TCU. E a quarta, por fim, foi o aumento da possibilidade de impeachment com o a aprovação da ação do PSDB no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pede a impugnação da chapa Dilma-Temer por irregularidades na campanha de 2014. 

Hoje, a presidente Dilma promove reunião ministerial. Os membros do Banco Central, Alexandre Tombini e Toni Volpon participam de evento do FMI (Fundo Monetário Internacional) no Peru. 

Cenário externo
As bolsas chinesas subiram nesta quinta após um feriado de uma semana acompanhando a recuperação com as altas globais, embora a maioria dos mercados regionais tenha recuado com as ações japonesas afetadas por dados fracos. O mercado fica de olho também na ata do Fomc (Federal Open Market Committee), o que leva os índices futuros norte-americanos a registrarem queda e as bolsas europeias oscilarem entre leves perdas e ganhos. Hoje, os presidentes do Federal Reserve de St. Louis – James Bullard -, de Mineapólis – Narayana Kocherlakota – e de São Francisco – John Williams – falam.

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O índice está a caminho de interromper a sequência de seis dias consecutivos de ganhos que o levou a uma máxima de um mês e meio nesta semana, impulsionado pelo aumento global do apetite por risco enquanto as expectativas de uma alta de juros pelo nos Estados Unidos ainda este ano diminuíam. O índice Nikkei do Japão caiu 1% após dados fracos das encomendas de maquinário e com o iene forte prejudicando a confiança. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,7%.

Os mercados acionários chineses, que foram muito afetados por fortes oscilações nos últimos meses devido às preocupações com o crescimento e com a política monetária, avançaram após reabrirem depois de um feriado prolongado nacional que começou no fim de setembro. O índice de Xangai subiu 3 por cento.

Entre os dados da economia europeia, destaque para a queda das exportações alemãs em agosto, que superou as previsões, com a Europa sentindo efeito da desaceleração chinesa na economia mundial. A maior economia da Europa teve superávit comercial de 19,6 bilhões de euros (US$ 22,1 bilhões) em agosto, menor que o saldo positivo de julho, que foi revisado para baixo a 22,4 bilhões de euros, segundo dados ajustados por fatores sazonais publicados hoje pela agência de estatísticas do país, a Destatis.

O resultado de agosto ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam superávit de 22,5 bilhões de euros. A redução do superávit veio em meio ao fraco desempenho das exportações alemãs, que caíram 5,2% em agosto ante julho, a 97,7 bilhões de euros, registrando a maior queda desde janeiro de 2009, de acordo com um economista da Destatis.

Além disso, o Banco da Inglaterra (BoE) decidiu hoje manter a taxa básica de juros na mínima histórica de 0,5% e o programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras após reunião de política monetária nesta quinta-feira, conforme previsto por analistas. Na ata da reunião, o BoE disse que oito integrantes do seu comitê de política monetária votaram a favor da manutenção da taxa básica, enquanto Ian McCafferty votou por uma elevação da taxa, para 0,75%.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

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