Siderúrgicas sobem até 9%, Oi dispara 11% com conversão de ações e varejista salta 14%

Confira a atualização dos principais destaques de ações da Bovespa nesta segunda-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa subiu mais de 1% nesta segunda-feira (5), puxado pela alta das ações das empresas ligadas a commodities e bancos. Contribuiu para o desempenho positivo o otimismo dos investidores com o cenário internacional, em meio às expectativas de que o Federal Reserve leve mais tempo antes de elevar os juros nos Estados Unidos. Neste momento, 16 ações do índice subiam mais de 3%. 

Ganhou destaque as ações da Oi, que subiram forte após anúncio de conversão de ações. A empresa disse que vai converter 66,84% de suas ações preferenciais em ordinárias. A operadora estima que no dia 9 as ações PNs da empresa serão convertidas em ONs. 

Outra ação que subiu forte foi a do Pão de Açúcar, que teve alta depois de forte derrocada nos últimos meses. Na última segunda-feira, os papéis bateram o menor patamar desde outubro de 2009. Do começo de maio até o dia 28 de setembro, os papéis caíram 52%. De lá para cá (ou seja, nesses últimos cinco pregões) subiram 11%. 

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Confira abaixo os principais destaques de ações nesta segunda-feira:

Petrobras (PETR3, R$ 9,40, +2,73%; PETR4, R$ 7,82, +0,64%) 
As ações da Petrobras amenizaram um pouco os ganhos depois de ter subido 6,7% durante a manhã, no caso das ordinárias. Os papéis acompanharam o dia positivo na Bovespa e foram puxados pelos preços do petróleo no mercado internacional. O petróleo Brent, usado como referência pela estatal, subiu 2,2%, a US$ 49,19 o barril. Em cinco dias, as ações já disparam 25%. 

Oi (OIBR4, R$ 3,26, +10,88%)
A Oi comunicou que vai converter 66,84% de suas ações preferenciais em ordinárias. A companhia estima que em 9 de outubro os papéis preferenciais existentes na carteira de conversão serão convertidos em ordinários nas contas de custódia dos acionistas solicitantes mantidas na BM&FBovespa ou no Banco do Brasil; e a partir de 13 de outubro as ordinárias resultantes da conversão poderão ser negociadas na BM&FBovespa. 

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Segundo o Itaú BBA, é mais um acontecimento no plano da Oi para melhorar a governança corporativa. “A conversão de ações transfere liquidez às ações ON, que implica uma melhor governança e traz a Oi para mais perto de atender a regra ‘uma ação, um voto’ exigida pelo Novo Mercado”, disseram os analistas.

Vale e siderúrgicas
As ações da Vale (VALE3, R$ 18,14, +1,80%; VALE5, R$ 14,69, +1,59%), Bradespar (BRAP4, R$ 8,85, +0,57%), holding que detém participação na mineradora, e as siderúrgicas Usiminas (USIM5, R$ 3,30, +4,43%), CSN (CSNA3, R$ 4,09, +8,20%) e Gerdau (GGBR4, R$ 5,96, +5,30%) subiram hoje seguindo a alta dos preços das commodities nesta segunda-feira. 

O otimismo do mercado acompanha os dados da economia americana, com ênfase no Relatório de Emprego, consolidando a opinião de que o Federal Reserve deve ter mais paciência. 

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Smiles (SMLE3, R$ 31,50, -6,11%)
As ações da Smiles ficaram com o pior desempenho do Ibovespa depois de quatro pregões de respiro. Os papéis da empresa de programa de fidelidade caíram 51% do dia 16 de julho (quando bateram a máxima histórica) até o fechamento da última segunda-feira (28), em um cenário de incertezas econômicas que abalam sua controlada Gol (GOLL4, R$ 3,75, +2,46%) e colocam dúvidas sobre os próximos trimestres da companhia.

Pão de Açúcar e Via Varejo
Disparada também dos papéis do Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 53,52, +5,44%), que tiveram alta depois de forte derrocada nos últimos meses, assim como sua controlada Via Varejo (VVAR11, R$ 4,55, +16,37%). Na última segunda-feira, os papéis do Pão de Açúcar bateram o menor patamar desde outubro de 2009. Do começo de maio até o dia 28 de setembro, eles já caíram 52%. De lá para cá (ou seja, nesses últimos cinco pregões) subiram 11%.

Raia Drogasil (RADL3, R$ 39,35, -3,15%)
Outra ação depreciada que subiu forte hoje foi a Raia Drogasil, que depois de forte trajetória altista na Bolsa até julho passou a acumular perdas na Bolsa. Do dia 7 de julho (quando bateram máxima histórica) até a última segunda-feira (quando os papéis começaram a reagir no mercado), as ações acumulavam queda de 13%. 

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Alpargatas e CPFL Energia
Segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, o grupo Camargo Corrêa colocou à venda parte de seus negócios, entre eles a Alpargatas (ALPA4, R$ 7,36, +8,88%), dona da Havaianas, uma fatia da divisão de cimento InterCement e não descarta se desfazer da participação que tem na CPFL Energia (CPFE3, R$ 15,05, +0,07%). A participação da construtora na Alpargatas equivale, no mercado, a cerca de R$ 1,4 bilhão, enquanto na CPFL representa R$ 3,5 bilhões. 

De acordo com a reportagem, os recursos serão usados para reduzir seu endividamento e como reserva para pagamento de pesadas multas. A construtora, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, fechou acordo de leniência (espécie de delação premiada de empresas) para devolver R$ 700 milhões aos cofres públicos.

Em comunicado divulgado nesta manhã, a Alpargatas disse que a Camargo Corrêa analisa oportunidades estratégicas. Segundo a companhia, oportunidades podem envolver alteração no controle da empresa. 

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CCR (CCRO3, R$ 11,93, +1,00%)
A CCR anunciou a compra de 70% da empresa norte-americana de serviços aeroportuários Total Airport Services por US$ 21,7 milhões. Após o comunicado, a companhia aprovou redução de 35,5% no dividendo intermediário que havia sido anunciado pela companhia em agosto. Com a redução, o dividendo aprovado anteriormente de R$ 0,76 por ação cairá para cerca de R$ 0,49 por papel. O pagamento ocorre em 30 de outubro com base na posição acionária até esta sexta-feira. 

Segundo o Bradesco BBI, a decisão sobre dividendos sugere que alteração do contrato para NovaDutra (no valor de cerca de R$ 2,3 bilhões) pode ser anunciada em breve e que gestão está mantendo disciplina financeira. 

Após a compra da prestadora norte-americana de serviços aeroportuários TAS, na sexta-feira, a CCR segue à espreita para possíveis novas oportunidades de aquisições no Brasil e no exterior, afirmaram executivos da companhia. “Não estamos fechados para avaliar novos negócios fora do Brasil”, disse à Reuters o diretor de Novos Negócios da CCR, Leonardo Vianna.

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Inepar Telecomunicações (INET3, R$ 0,11, +22,22%)
Preparando para mudar completamente seu negócio, a Inepar Telecomunicações atingiu seu maior valor desde fevereiro do ano passado nesta segunda. Em recuperação judicial, a companhia concluiu no fim de setembro um processo de “transformação total”, que lhe tornará a primeira “proprietary trading” (mesa proprietária, na tradução livre) com ações listadas na Bovespa. A empresa de telecomunicações passará a se chamar Atom Participações, formada apenas por traders que operam no mercado financeiro, e terá um detalhe interessante: seus diretores não terão remuneração fixa.

O processo de entrada da Atom na Bolsa foi diferente dos tradicionais IPOs (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês). Ao invés disso, a mesa proprietária anunciou a OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações das ações da Inepar Telecomunicações, que está em recuperação judicial. A compra foi fechada em 26 de maio pelo valor R$ 5 milhões, quantia que foi paga por 69,24% das ações que estavam sob posse da Inepar SA – cada ação saiu a apenas R$ 0,023034.

Veja mais: “Mesa de traders” está pronta para estrear na Bovespa; presidente terá salário de R$ 1

Anima (ANIM3, R$ 10,19, +4,84%)
A Anima viu suas ações dispararem após a companhia aprovar a recompra de até 3,65 milhões de ações ordinárias no período de 12 meses. O montante representa o equivalente a cerca de 10% das ações da companhia em circulação no mercado.     

Natura (NATU3, R$ 20,67, +3,35%)
As ações da Natura subiram forte apesar de ter no radar um corte de preço-alvo pelos acionistas do Citi, de R$ 29 para R$ 21, devido ao crescimento mais lento da companhia e aumento do risco Brasil. A recomendação foi mantida em neutra.  

Souza Cruz (CRUZ3, R$ 26,87, +0,34%)
A Souza Cruz informou nesta manhã que a British American Tobacco renunciou cláusula que condicionava à continuidade da OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações da companhia somente se dois terços dos acionistas aceitassem a operação. Pelo contrato atual, a BAT pode dar continuidade à oferta mesmo se atingir apenas um terço de aceitação dos acionistas.

A data do leilão da OPA segue no dia 15 de outubro. Em 22 de setembro, a Souza Cruz disse que o novo preço da OPA passa a ser de R$ 27,20 por ação. 

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