Da Europa ao dólar: os 5 recordes negativos que foram quebrados neste trimestre

Dólar, Ibovespa e outros ativos tiveram desempenhos radicais nos últimos três meses, mostrando o quanto investidores estão pessimistas com o atual cenário aqui e lá fora

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O terceiro trimestre de 2015 termina nesta quarta-feira (30) e ele provavelmente será lembrado durante muito tempo, já que foi o pior em muito tempo para muitos mercados. Desde 2013 a Bolsa não caía 15% em três meses, e historicamente o dólar só teve duas altas comparáveis à do atual trimestre desde que foi lançado o Plano Real e houve a estabilização da moeda.  

Veja os 5 ativos ou mercados que tiveram recordes negativos neste trimestre:

1. Ibovespa
O Ibovespa caiu 15,11% entre junho e este fim de setembro, sua maior queda trimestral desde o segundo trimestre de 2013, quando caiu 15,78%. O mercado brasileiro foi duramente atingido pela entrega do Orçamento de 2016 com R$ 30,5 bilhões de déficit primário, além do corte do rating soberano do Brasil pela Standard & Poor’s de “BBB-” para “BB+” e a piora no cenário externo com a desaceleração da economia chinesa.  

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2. Ptax
O trimestre foi marcado pela terceira maior alta trimestral do dólar Ptax desde a criação do Plano Real em 1994. Nos últimos três meses, o câmbio subiu 28,05%. Segundo levantamento da consultoria Economatica, desde o início do plano, a maior valorização da moeda norte americana em amostras trimestrais foi no primeiro trimestre de 1999, com 42,47%, enquanto a segunda maior valorização foi no terceiro trimestre de 2002, com 36,93%.

3. Europa
As ações europeias tiveram suas piores performances trimestrais desde a crise da dívida da zona do euro em 2011, com o índice das principais ações do continente, o FTSEurofirst 300 registrando perdas de 9% nos últimos três meses. Os mercados acionários que esboçaram uma recuperação com a trégua da crise na Grécia depois do país quase deixar a zona do euro no meio do ano, perderam terreno constantemente com os sinais de desaceleração na China, segunda maior economia do mundo. 

4. Ásia
As perdas no trimestre na bolsa do Japão foram de 14,1%, as piores desde 2010. Enquanto isso, Xangai registrou a maior perda trimestral desde o começo de 2008, recuando quase 30% com o aumento das preocupações de que a economia em desaceleração esteja comprometendo os lucros das companhias. Os dados cada vez mais fracos de indicadores como os PMIs (Índices Gerentes de Compras) de indústria e serviços fizeram, inclusive, com que a a bolsa da China tivesse 8,5% de queda no dia 24 de agosto, que ficou conhecido como a “Black Monday” chinesa. 

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5. Banco do Brasil
As preocupações com o aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) se somaram às vendas das ações do banco pelo fundo soberano para investir em títulos do Tesouro e o Banco do Brasil (BBAS3) teve sua maior queda trimestral desde o primeiro trimestre de 1995, quando recuou 36,93%. O BB caiu 35,94% nos últimos três meses. O mercado ainda penalizou o BB pelas novas linhas de crédito abertas por BB e pela Caixa ao setor automotivo. As interpretações do mercado foram de que o governo estava voltando a usar os bancos públicos para intervir na economia.  

Bônus: Petrobras 
As ações da petroleira recuaram forte em meio ao aumento do seu endividamento em dólares. Não bastasse a crise que a empresa passa com as investigações de corrupção, o dólar se tornou um dos principais fatores de pressão para a companhia, o que levou, inclusive, ao reajuste dos combustíveis que a salvou de uma queda ainda maior hoje. A Petrobras (PETR3; PETR4) caiu 43% no trimestre, sua maior baixa trimestral do ano. Embora não pareça tão significativo quanto os outros recordes, significou fazer com que a companhia opere nos mesmos níveis de 2004. 

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