5 ações caem mais de 6%, Gol desaba 10% e small cap dispara 40% em 4 pregões

Confira abaixo os principais destaques de ações desta segunda-feira

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O Ibovespa afundou nesta segunda-feira (21), depois de exercício de vencimento de opções sobre ações. O dia também foi negativo por conta de incertezas políticas, que levaram o dólar a ultrapassar o patamar de R$ 3,99. Com a escalada da moeda americana, as empresas ligadas à exportação tiveram alta nesta sessão, enquanto aquelas com dívidas em dólar foram pressionadas, como Gol e Smiles.

Outra ação que caiu forte hoje foi a endividada Oi, que teve no radar ainda comunicado da empresa negando notícia de que teria contratado um banco para reestruturar sua dívida. Fora do Ibovespa, destaque para as ações da Rossi, que depois de dispararem 70% nos últimos dois pregões com notícia de que seus acionistas controladores elevaram posição na empresa, viu seus papéis caírem forte. 

Confira abaixo os principais destaques de ações desta segunda-feira (21):

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Vale (VALE3, R$ 19,93, +0,10%; VALE5, R$ 15,70, -0,57%)
As ações da Vale tiveram uma sessão volátil entre exercício de opções sobre ações, queda dos preços do minério de ferro e relatório mais pessimista do Credit Suisse. Acompanharam o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 9,74, -2,01%), holding que detém participação na Vale, além das siderúrgicas Usiminas (USIM5, R$ 4,26, -2,96%), CSN (CSNA3, R$ 5,66, 1,57%), Gerdau (GGBR4, R$ 6,22, -2,66%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 3,62, -2,16%).  

O banco suíço cortou em 12% a projeção do Ebitda da Vale para 2017. Segundo o relatório, os resultados da mineradora de 2016 e 2017 serão “desafiadores”. Nesta segunda-feira, o preço do minério do porto de Qingdao, na China, recuou 0,67%, para US$ 57,30 a tonelada. 

Sobre a CSN, a Fitch cortou nesta tarde o rating da CSN para “B+”, com perspectiva negativa. A principal consideração é visão mais negativa da agência em relação ao preço de longo prazo para o minério de ferro. 

Continua depois da publicidade

Petrobras (PETR3, R$ 8,62, -3,25%; PETR4, R$ 7,30, -3,95%)
As ações da Petrobras viraram para queda depois de operarem em alta pela manhã, descolando dos preços do petróleo no mercado internacional. O petróleo Brent, usado como referência pela estatal, subiu 1,87%, a US$ 48,36 o barril.

No radar, a estatal decidiu pela demissão de pelo menos 5 mil terceirizados, diante da necessidade de forte contenção de despesas, para fazer frente ao agravamento da sua situação financeira. Mesmo com os cortes já definidos, a companhia não descarta ampliar o número de demissões para reduzir ainda mais seus custos, conforme apurou o Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.

Oi (OIBR4, R$ 3,54, -8,29%)
As ações da Oi viraram para queda neste pregão, quebrando uma sequência de 7 altas, quando acumularam valorização de 56%. Segundo informações da Veja, a Oi teria contratado o banco Rothschild para reestruturar sua dívida. A empresa, no entanto, negou que tenha contratado algum banco e que não há discussão sobre reestruturação da dívida. De acordo com a companhia, o NM Rothschild foi contratado para avaliar a otimização da utilização dos recursos recebidos na venda da PT Portugal SGPS, com o objetivo de alongamento dos prazos e melhoria do perfil de endividamento da companhia.

Desde o dia 9 de setembro até sexta, os papéis da companhia subiram 56%, em um movimento que operadores atribuíram a “short squeeze” (pressão de vendidos), em meio à crescente demanda pelo aluguel do papel e falta de doadores no mercado. 

Operadores da XP Investimentos disseram hoje que a demanda pelo aluguel de Oi ainda segue crescente e não há doadores no BTC, devido ao programa de conversão de ações.

Gol e Smiles
As ações da Gol (GOLL4, R$ 4,09, -10,31%) e de sua controlada Smiles (SMLE3, R$ 33,99, -7,08%) afundaram novamente na Bovespa nesta segunda-feira, em dia de forte escalada do dólar e alta dos preços do petróleo. A companhia, que tem 55% dos seus custos e 80% de sua dívida exposta à moeda americana, vê nessa combinação seu pesadelo. Aliado a isso, o cenário de deterioração econômica fez a companhia reduzir suas estimativas de capacidade este e no próximo ano.

Em meio a perspectivas nada animadoras, o mercado vem penalizando também sua controlada de programa de milhagens Smiles, que desde 13 de agosto (quando fecharam na sua máxima histórica) já viu suas ações caírem 40%. Hoje, os papéis da Smiles batem o menor patamar desde junho de 2014.  

Como o cenário econômico virou uma “tempestade perfeita” para a Gol 

Bancos
As ações dos bancos intensificaram as perdas após o vencimento de opções sobre ações e em meio à tensão política. Entre as maiores quedas do Ibovespa ficaram as ações do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 27,23, -2,23%), Bradesco (BBDC3, R$ 25,16, -1,83%; BBDC4, R$ 22,61, -3,09%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 16,29, -3,21%)

Educacionais
As ações das educacionais voltaram a cair forte pelo segundo pregão e apareceram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta segunda-feira. São elas: Kroton (KROT3, R$ 8,30, -3,60%), Estácio (ESTC3, R$ 13,00, -3,70%), Ser Educacional (SEER3, R$ 8,06, -7,89%) e Anima (ANIM3, R$ 9,68, -2,22%). 

Rossi (RSID3, R$ 0,87, -10,31%)
As ações da Rossi caíram após dispararem 70,5% nos últimos dois pregões. A companhia informou na semana passada que seus acionistas controladores elevaram fatia para 23,4% no total de ações ordinárias emitidas pela companhia, ante 17,17%. 

Sabesp (SBSP3, R$ 16,08, -2,55%)
A Sabesp está em “negociação avançada” com a prefeitura de Santos para equacionar a situação de débitos do município. Em comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal paulista informou que o contrato objeto de negociações também prevê prestação de serviços. 

“A assinatura do contrato e do acordo está prevista para ocorrer nas próximas semanas, após autorização da Câmara Municipal de Santos”, informa a companhia. O comunicado não detalha quais serviços serão prestados, tampouco o valor dos débitos da prefeitura santista.

Concessionárias de ferrovias
Segundo matéria de O Estado de S. Paulo, o governo tem conversado com as atuais concessionárias para prorrogação dos contratos que começam a vencer em 2026. A ideia seria que as concessionárias façam investimentos na rede e, em troca, renovem suas concessões por mais tempo. Embora a reportagem não fale em valores, é positivo para o setor. Na bolsa, destaque para Rumo (RUMO3, R$ 6,87, -7,16%) e Log-In (LOGN3, R$ 1,71, -5,52%).  

Eletropaulo (ELPL4, R$ 12,24, +0,74%)
As ações da Eletropaulo conseguiu reverter a queda de mais cedo, evitando um atingir o terceiro pregão negativo seguido. No radar da empresa, a Eletrobras (ELET3, R$ 5,34, +1,71; ELET6, R$ 8,81, +0,69%) disse na sexta-feira esperar receber R$ 2,23 bilhões da AES Eletropaulo em uma disputa legal envolvendo empréstimos não pagos, segundo comunicado divulgado ao mercado.  

Na quinta-feira passada, a Eletropaulo informou que uma primeira perícia sobre a disputa concluiu que a responsabilidade pelo pagamento do empréstimo era da empresa, e não da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (TRPL4). Contudo, a empresa informou que a dívida estimada era de R$ 1,7 bilhão.

Contax (CTAX11, R$ 3,15, +5,00%)
A small cap Contax viu suas units dispararem 40% em 4 pregões, após a empresa ter informado, semana passada, que convocou seus debenturistas para deliberar sobre a alienação de até 100% da participação da Stratton Spain, visando a redução do endividamento, segundo nota da companhia. A assembleia ocorrerá dia 22 de outubro.    

Insira seu melhor email e receba dicas e conteúdos exclusivos sobre como investir com sucesso