CEO da Vale fala sobre minério; Petrobras e mais 9 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos da manhã desta sexta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece mais movimentado nesta sexta-feira (4). Nos destaques, o presidente da Vale (VALE3; VALE5), Murilo Ferreira, disse, em entrevista ao Valor, que está “mais confiante” sobre os preços do minério de ferro. 

Segundo ele, a commodity não voltará aos patamares anteriores, entre US$ 150 e US$ 200 a tonelada, mas a situação agora é bem melhor do que há quatro meses. “Nos últimos 24 meses, agora é quando estou com meu maior ânimo”. 

Petrobras
A queda abrupta do preço do petróleo intensificou a crise na Petrobras (PETR3; PETR4), que agora estendeu o arrocho financeiro aos empregados. Com o argumento de que o momento é de “esforços”, a direção divulgou comunicado interno, em 26 de agosto, informando que alguns “gastos operacionais gerenciáveis” serão reduzidos ou suspensos. Pelas contas da empresa, serão cortados, até 2019, US$ 12 bilhões (o equivalente a R$ 45 bilhões) com despesas com funcionários, como cursos e viagens. 

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A estatal não explicou como chegou ao valor de US$ 12 bilhões. No comunicado, lista apenas as “principais medidas imediatas” de corte de gastos e orienta os funcionários a buscar mais informações com os superiores. O valor do corte se aproxima da receita estimada com o plano de venda de patrimônio até o ano que vem, de US$ 15,7 bilhões, que está emperrado por causa da crise mundial na indústria do petróleo. A Petrobras nega relação entre os cortes e a dificuldade na venda de ativos.

Além disso, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) agendou para o próximo domingo a greve geral dos funcionários da Petrobras e subsidiárias. O comunicado sobre a paralisação foi protocolado nesta quinta-feira, 3, na estatal e também na Transpetro, segundo nota da entidade sindical. Agora, empresa e sindicalistas negociam a operação de contingência nas unidades de produção, com efetivo mínimo de operação e cota de produção, de acordo com a atual legislação.

Sucroalcooleiras
As ações do setor sucroalcooleiro dispararam ontem com a volta de discussões sobre a volta da Cide. Uma medida que seria bem vista pelo setor de etanol. Segundo o BTG Pactual, Cosan e São Martinho, após fortes quedas recentes, poderiam oferecer um “ótimo” ponto de entrada para surfar o rali de preços. Se o aumento da Cide for de R$ 0,05 por litro, o banco vê um impacto de 4% no Ebitda consolidado da São Martinho (SMTO3); 4%, no da Cosan (CSAN3); e 2%, no da Tereos (TERI3). Ontem, essas ações subiram 10,18%, 5,08% e 37,50%, respectivamente. 

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CSN
A siderúrgica CSN (CSNA3) anunciou na quinta-feira que concluiu acordo com a Caixa Econômica Federal para alongamento de parte de sua dívida com o banco, no valor de R$ 2,57 bilhões, e está perto de acordo semelhante com o Banco do Brasil, informaram fontes com conhecimento direto do assunto. O vencimento da dívida com a Caixa passou de entre 2016 e 2017 para entre 2018 e 2022, em “parcelas igualmente distribuídas”, informou a companhia em comunicado ao mercado.

A conclusão da negociação com o BB de montante próximo ao acertado com a Caixa deve ser divulgada já na próxima semana, segundo afirmaram as fontes.

Eletrobras
A Eletrobras (ELET3; ELET6) informou nesta quinta-feira que reapresentou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pedido de indenização de rede de transmissão da Eletronorte no valor de R$ 2,926 bilhões, abaixo dos R$ 3,547 bilhões pleiteados à autarquia no ano passado.
 

A indenização a ser paga pelo governo federal refere-se a investimentos não amortizados em ativos de transmissão que tiveram concessões renovadas em 2012.

JBS
A JBS (JBSS3) foi processada em R$ 73 milhões pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná por danos morais coletivos devido a irregularidades trabalhistas no frigorífico Big Frango, localizado no município paranaense de Rolândia. O Big Frango foi adquirido no início deste ano pela JBS, por R$ 430 milhões.  

Linx
A Linx (LINX3) assinou a compra de Chaordic e Neemu por R$ 78,6 milhões. A plataforma das duas empresas combinadas respondem por cerca de 60% do total de volume de e-commerce transacionado no Brasil. O Santander espera reação neutra dos papéis ao anúncio. Já o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para o papel, apontando sólida base de crescimento, negócio não cíclico, com posicionamento único e posição de caixa ainda confortável (o que permite estratégia de fusão e aquisição). 

Fleury
A Fleury (FLRY3) comunicou ao mercado em geral que celebrou contrato de compra e venda da totalidade das quotas da empresa Cruzeiro do Sul Medicina Diagnóstica, que estabelece a venda de 100% das quotas representativas do capital social da Cruzeiro do Sul Medicina Diagnóstica Ltda. pelo valor de R$ 16 milhões. 

Qualicorp
Após ter reunião adiada por falta de quórum no dia 6 de agosto, a Qualicorp (QUAL4) realizou hoje outra AGE (Assembléia Geral Extraordinária) para deliberar a proposta da administração da companhia de redução de capital social, que será no valor de R$ 400 milhões, passando de R$ 2.005.453.703,73 para R$ 1.605.453.703,73, sem cancelamento de ações. A redução de capital ora deliberada somente se tornará efetiva após o transcurso do prazo de 60 dias para oposição de credores.

Estácio
A Estácio (ESTC3) informou que sua controlada indireta Sociedade Educacional Atual da Amazônia concluiu a aquisição do Centro Educacional Nossa Cidade, mantenedor da Faculdade Nossa Cidade (FNC). A compra da instituição, sediada em Carapicuíba (SP), foi anunciada em 7 de julho, por R$ 90 milhões. A FNC possui cerca de 8,7 mil alunos, 16,6 mil vagas totais autorizadas, com 24 cursos superiores em fase de maturação e 11 de pós-graduação, além de cursos técnicos. A faculdade tem nota 3 pelo MEC, numa escala de 1 a 5.

Alupar
A Alupar (ALUP11) cancelou o plano de construir linha de transmissão em Boa Vista.  

(Com Reuters)