10 ações disparam mais de 5% em novo dia de alta na Bolsa; Vale sobe 20% em 8 pregões

Confira os principais destaques da Bolsa nesta quinta-feira

Thiago Salomão

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SÃO PAULO – Mesmo com o clima político cada vez mais nublado no Brasil e com a piora no humor das bolsas internacionais, o Ibovespa conseguiu fechar em forte alta pelo 2º pregão consecutivo, acumulando ganhos de 4,1% nos dois últimos dias. Das 66 ações que fazem parte do índice, 10 subiram mais de 5%, com elétricas, sucroalcooleiras, Vale e Itaú puxando o bonde das maiores altas. Na ponta debaixo, aparecem siderúrgicas, Petrobras, Oi e Hypermarcas.

Fora do Ibovespa, destaque para a disparada de 33% da Tereos, além da forte alta de Valid, que anunciou aquisição de uma empresa dinamarquesa, e da Iochpe-Maxion, que vem ganhando com o dólar nos últimos pregões. No lado negativo, aparece a MMX, que cai 14% desde a disparada pós-aprovação da recuperação judicial, e a empresa do setor de educação Anima, que renova sua mínima histórica na Bolsa com queda de 19% nos últimos 5 pregões.

Confira abaixo os principais destaques da Bovespa nesta quinta-feira:

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Vale
O feriado chinês até o final desta semana não tirou a Vale de foco. As ações da mineradora seguiram em forte alta, acompanhando a recuperação no preço do cobre, as perspectivas positivas da concorrente australiana Rio Tinto em relação à produção de aço na China e também pelo baixo nível de estoques nos portos puxa empresas do setor. 

A Vale viu suas ações ordinárias (VALE3, R$ 18,73, +3,42%) e preferenciais (VALE5, R$ 15,20, +4,25%) subirem até 7% na máxima desta quinta-feira. Desde o fundo formado em 24 de agosto (no dia que ficou conhecido como “black monday” chinês), as ações ON e PNA da Vale já subiram 21,6% e 22,4%, respectivamente.

Na mesma toada, aparece a Bradespar (BRAP4, R$ 9,80, +1,77%), holding que detém participação no capital da Vale.

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Siderúrgicas
Após operarem em alta no começo do dia, as siderúrgicas viraram para o negativo, com a (
GGBR4, R$ 5,93, -1,50%) e Usiminas (USIM5, R$ 3,20, -1,54%) caindo cerca de 1,5%. Ambas tiveram forte valorização nos 6 últimos pregões, tendo chegado a subir 30% no período. No ano, porém, elas ainda aprecem entre as maiores perdas do Ibovespa, com quedas na faixa de 35%.

Petrobras (PETR3, R$ 10,24, +0,39%; PETR4, R$ 8,76, -0,68%)
Outra que teve uma manhã positiva mas fechou em sinais opostos foi a Petrobras. O movimento volátil acompanhou o sobe-e-desce da cotação do barril de petróleo, que acabou fechando com leves ganhos em Nova York. Os preços da commodity têm tido grande correlação com as ações da Petrobras nos últimos dias

Iochpe-Maxion (MYPK3, R$ 16,75, +5,02%)
A virada do dólar para o negativo nesta quinta-feira não inibiu uma das maiores “vencedoras” da Bolsa com a alta da moeda americana. Em seu sétimo pregão seguido de ganhos, a ação da Iochpe-Maxion acumula ganhos de 22% e alcançou seu maior patamar desde novembro do ano passado.

Em relatório divulgado nesta semana, o BTG Pactual destacou a visão positiva para a ação, que embora sofra com a deterioração da indústria no Brasil, ganha com o dólar mais alto, já que 70% de suas receitas são atreladas à moeda americana. Ele ainda elogiou a troca de dívidas da empresa que estavam em CDI para a moeda americana.

Sucroalcooleiras
Também beneficiadas com o dólar, o setor sucroalcooleiro subiu forte nesta sessão. Dentro do Ibovespa, a Cosan (R$ 18,60, +5,08%) teve alta de mais de 5%. Fora do índice, destaque para a Tereos, que disparou 37,50%, para R$ 0,33. 

MMX Mineração (MMXM3, R$ 0,71, -5,33%)
Após disparar 22,86% na segunda logo depois de comunicou que seus credores aprovaram o plano de recuperação judicial, a MMX já caiu 14%, indo de R$ 0,43 para R$ 0,37 nestes 3 pregões.

Valid (VLID3, R$ 49,47, +6,96%)
As ações da Valid disparam depois que a empresa anunciou a compra da fabricante dinamarquesa de SIM CardsFundamenture por US$ 90 milhões. Em comunicado, a Valid informou que a compra se dará por meio de sua subsidiária Valid Espanha. Com a compra, a Valid passa da 13ª para a 5ª posição no ranking mundial de fornecedores de SIM Cards. O Itaú BBA destacou em relatório que a aquisição era positiva para a empresa. O valor pago representa 13% do valor de mercado da Valid

Light (LIGT3, R$ 12,34, +1,15%)
O Citi elevou a recomendação das ações da Light para compra, depois de já ter caído 26% no acumulado do ano em meio ao aumento da alavancagem e queda dos lucros (déficit tarifário na distribuição e menor produção hidrelétrica). Para os analistas, a “tempestade perfeita” no papel fez com que ele se tornasse atrativo contra seus concorrentes e a ação descontasse um cenário extremamente negativo.   

Educacionais
O setor de educação também chama a atenção por conta do orçamento do Fies para 2016. Conforme noticiou o Broadcast no início da semana, o Ministério da Educação tem dito, em conversas com o setor, que acredita numa continuidade na criação de vagas novas no Fies no patamar de 2015, com até 330 mil vagas novas em 2016. Essa hipótese é vista como possível, porque o desembolso por aluno tem caído com novas regras que reduzem o gasto necessário, como o financiamento de apenas uma parcela das mensalidades. 

Apesar da visão mais positiva para o setor, os papéis das educacionais fecharam no negativo: Kroton (KROT3, R$ 8,52, -1,27%), Estácio (ESTC3, R$ 12,42, -0,56%), Ser Educacional (SEER3, R$ 9,11, +0,00%) e Anima (ANIM3, R$ 10,31, -4,18%).

Cesp (CESP6, R$ 15,51, +2,65%)
A Cesp teve sua recomendação elevada de venda para neutra pelo BTG Pactual, com preço-alvo passando de R$ 15,50 para R$ 16,00. 

Qualicorp (QUAL3, R$ 16,61, +2,03%)
A Qualicorp informou que está oferecendo alternativas para 160 mil beneficiários da Unimed Paulista que adquiriram planos de saúde coletivos por adesão por meio da empresa. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) determinou um prazo de 30 dias para que a Unimed Paulista transfira toda sua carteira de clientes, composta por 744 mil beneficiários, para outras operadoras de saúde. 

Segundo o BTG Pactual, a leitura é negativa para a companhia, mas os papéis já precificaram a “má notícia” na véspera – ontem, os papéis da companhia caíram 3,6% e renovaram a mínima na Bolsa desde agosto de 2013. Para o Bradesco e o Itaú BBA, a ação da Qualicorp está barata demais para ser ignorada, mesmo com a possível volatilidade que o noticiário recente possa trazer à empresa.

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Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers