Bolsas mundiais sobem à espera de fala do BCE e dados nos EUA; China fechada

Bolsas europeias e americanas estendem ganhos pós-Livro Bege e ficam de olho no noticiário econômico em dia de bolsas da China fechadas por feriado

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As bolsas mundiais têm um dia de alta nesta quinta-feira (3), estendendo os ganhos da véspera, quando subiram em meio a indicações do Livro Bege do Federal Reserve de que os juros não vão subir tão cedo nos Estados Unidos. O mundo também fica à espera de fala de Mário Draghi ao fim da reunião do BCE (Banco Central Europeu), para a qual alguns agentes do mercado esperam mais indicações acerca do programa de estímulos conhecido como Quantitative Easing. Nos EUA, os futuros dos índices Dow Jones e S&P 500 registram ganhos antes da divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego semanais às 9h30 (horário de Brasília). Na China, as bolsas estão fechadas para feriado pelo restante da semana. 

Na Europa, o índice alemão DAX, sobe 1,49%, enquanto o FTSE 100 da Inglaterra tem alta de 1,46%. Ainda no radar dos europeus. O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir suas projeções de inflação nesta quinta-feira, mas não deve chegar a tomar ações concretas de política monetária, prometendo apenas reforçar seu programa de compra de títulos se as perspectivas enfraquecerem mais.

A expectativa é que o BCE deixe as taxas de juros inalteradas e argumente que a chance de não atingir sua meta de inflação no médio prazo cresceu devido aos preços baixos de petróleo e ao crescimento mais fraco na China. No entanto, o banco central provavelmente também dirá que seu programa de compra de ativos de mais de 1 trilhão de euros está funcionando, ainda que lentamente, e que o momento ainda não é certo para que adote mais ações de política.

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Ainda na Europa, o Banco Central da Suécia manteve sua taxa de juros e seu programa de compra de bônus inalterados, dizendo que as políticas existentes apoiam a economia e devem levar a inflação mais perto da meta de 2%. O BC sueco, conhecido como Riksbank, informou que manterá sua principal taxa de recompra no recorde de baixa, em -0,35%. A meta do programa de compra de bônus foi mantida em 135 bilhões de coroas suecas (US$ 16,12 bilhões).

Já as ações asiáticas tiveram dificuldades para se recuperar nesta quinta-feira com a volatilidade permanecendo alta, com moedas ligadas a commodities e economias emergentes enfraquecendo conforme investidores preocupam-se com as repercussões globais do crescimento mais lento na China.

O índice japonês Nikkei encerrou a sessão em alta pela primeira vez em quatro dias, com um ganho de 0,5%. Muitas bolsas regionais também avançaram, mas a fraqueza na Austrália e quedas nas moedas asiáticas levavam o índice o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão a cair 0,15 por cento às 7h16 (horário de Brasília).

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O Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul cresceu 2,2% no segundo trimestre, na comparação com igual período de 2014, de acordo com dados oficiais revisados divulgados nesta quinta-feira. O PIB avançou 0,3%, na comparação com o primeiro trimestre. Os dois resultados coincidiram com os números divulgados anteriormente.

A Coreia do Sul confirma, desse modo, uma tendência de crescimento fraco, o que pode levar o Banco da Coreia a decidir cortar sua taxa de juros. No primeiro trimestre, o crescimento havia sido de 0,8% ante o trimestre anterior, portanto houve uma desaceleração. Na comparação anual, o crescimento do segundo trimestre foi o mais fraco no país em mais de dois anos.

Os operadores foram poupados por enquanto de observarem com nervosismo os voláteis mercados acionários da China, que ficarão fechados por feriado pelo resto da semana.

(Com Agência Estado e Reuters)