Possível mudança de estratégia da China eleva aversão ao risco e bolsas mundiais caem

Ações asiáticas caminham para pior queda mensal em 3 anos com Fed e China na agenda; segundo FT, China desiste de compras de ações em larga escala e intensificará os esforços para localizar e punir os suspeitos de "desestabilizarem o mercado"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os mercados financeiros globais deram sinais nesta segunda-feira de que caminham para outra semana difícil, com as ações e commodities caindo antes de dados que podem dar pistas sobre quando os Estados Unidos vão elevar a taxa de juros e pesquisas que devem apontar mais fraqueza na China.

A confusão sobre a direção da política nas duas maiores economias do mundo causaram turbulências nos mercados no começo da semana passada, com as variações mais fortes de preços levando investidores a buscarem portas de saída.

Chama atenção ainda a notícia de que o governo da China decidiu abandonar a estratégia de sustentar as bolsas locais por meio de compras de ações em larga escala e, em vez disso, vai intensificar os esforços para localizar e punir os suspeitos de “desestabilizarem o mercado”, informou hoje o jornal britânico Financial Times em sua página na internet, citando autoridades seniores de Pequim.

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Com relação aos EUA, o mercado ainda repercute a fala do vice-presidente do Federal Reserve Stanley Fischer indicando que o Federal Reserve ainda poderá elevar os juros em setembro. 

Às 7h21 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,47 por cento, rumando para uma queda de cerca de 10 por cento neste mês, a pior queda mensal desde maio de 2012.

As vendas se intensificaram conforme os mercados chineses ampliaram suas perdas. A bolsa em Xangai, o epicentro do terremoto deste mês, chegou a cair mais de 3% durante a sessão, mas diminuiu as perdas, fechando com baixa de 0,78%. O índice acumula perdas de mais de 40% desde meados de junho. O índice japonês Nikkei e a bolsa australiana chegaram a cair 2% antes de reduzir um pouco as perdas. O primkeiro recuou 1,28% e o segundo, 1,07%. 

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O dia também é de leves quedas para os índices futuros das bolsas americanas e para os principais índices europeus, de olho na China. A bolsa de Londres, por sua vez, está fechada por conta de um feriado local. 

Entre os dados econômicos europeus, destaque para os dados de inflação. O CPI da zona do euro sobe 0,2% na comparação anual de agosto, assim como o da Itália. 

(Com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.