Ibovespa Futuro sobe 1,5% seguindo futuros dos EUA apesar de tensão política

TSE deixa cenário mais tenso para a presidente Dilma, mas exterior novamente é o principal driver no pregão

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quarta-feira (26) seguindo os futuros dos índices dos Estados Unidos, que sobem depois do Dow Jones e do S&P 500 reverterem ganhos perto do fim da última sessão. Na China, o governo fez uma injeção de 140 bilhões de yuans (US$ 22 bilhões) no sistema financeiro com operações de liquidez de curto prazo, mas mesmo assim a bolsa de Xangai caiu 1,28%, estendendo perdas para 16% na semana até agora. Por aqui, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) colocou mais incerteza no cenário político depois de adiar decisão sobre a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) com maioria dos votos a favor de prosseguir com ação de impugnação do mandato.  

Às 9h08 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa para outubro subia 1,58%, a 45.405 pontos. Já o dólar futuro para setembro caía 0,50% a R$ 3,606. 

Hoje algumas das commodities sobem apesar da nova queda de Xangai, com o barril do petróleo Brent registrando ganhos de 0,37% a US$ 43,34. Ao mesmo tempo, o minério de ferro spot com 62% de pureza com entrega no porto de Qingdao subiu 0,37% a US$ 53,67. 

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Além da questão do TSE, o quadro político no Brasil ainda tem a notícia do Valor Econômico e da Folha de S. Paulo de que parlamentares consideram que houve uma queda no risco de impeachment da presidente, com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o DEM vendo 200 votos em favor do impedimento contra 342 necessários. 

Estímulos na China
Se ontem, o anúncio do corte de compulsório e das taxas de juros deram alívio para as bolsas mundiais até o final do pregão, quando começaram a diminuir os ganhos, o cenário de volatilidade deve se manter na sessão desta quarta. Os turbulentos mercados acionários da China recuaram novamente hoje, uma vez que o estímulo duplo do banco central chinês fracassou em convencer investidores de que Pequim tem capacidade para catapultar a segunda maior economia do mundo da recente desaceleração.

Após observar os preços de ações desabarem cerca de 25% em pouco mais de uma semana, o banco central da China entrou novamente em ação na noite de terça-feira, cortando taxas de juros e a de compulsório. A reação dos dois principais índices acionários da China — que nunca são termômetros confiáveis da economia doméstica – foi tipicamente errática, oscilando entre ganhos e perdas de mais de 3% antes de encerrar o dia com recuo modesto.

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O índice CSI300, que reúne as maiores ações listadas em Shenzhen e Xangai caiu 0,57%, a 3.025 pontos. O índice de Xangai recuou 1,3%, a 2.926 pontos. “O humor do mercado ainda é de aversão a risco. Por isso os mercados não reagiram tão fortemente às últimas medidas de Pequim e acreditam que é necessário fazer mais para restaurar a confiança de investidores’, disse Grace Tam, estrategista de mercados globais da JP Morgan Asset Management. 

Por sua vez, o japonês Nikkei conseguiu se recuperar e fechou com ganhos de 3,20%, quebrando uma sequência de seis baixas. 

Nos demais mercados, os principais índices da Europa caem cerca de 1% em meio às preocupações com a China e após fecharam com expressiva alta na sessão anterior, não acompanhando o movimento de Wall Street no final da sessão. Enquanto isso, o dia é de alta expressiva nos mercados futuros dos EUA. Ontem, o forte rali no mercado acionário dos Estados Unidos evaporou no fim da sessão, com os principais índices fechando em queda na medida em que as preocupações com a economia chinesa voltaram a pesar e se sobrepuseram aos preços mais baixos que alguns viram como barganhas mais cedo.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.