Bolsas mundiais despencam em meio a temores com China; Xangai afunda 8,5%

As bolsas asiáticas e europeias despencam em meio ao sell off global, agravado pelo tombo dos papéis chineses, que intensificou a fuga de ativos mais arriscados em meio a temores de desaceleração econômica global encabeçada pela China

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A segunda-feira já começou bastante negativa para os mercados globais. As bolsas asiáticas e europeias despencam em meio ao sell off global, agravado pelo tombo dos papéis chineses, que intensificou a fuga de ativos mais arriscados em meio a temores de desaceleração econômica global encabeçada pela China. Xangai teve baixa de 8,46%, a maior queda percentual diária desde 2007.

O índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico exceto Japão caía 5,46%, abaixo da mínima de três anos. Hang Seng teve queda de 5,17%, enquanto Nikkei despencou 4,61%. 

Ativos vistos como um porto-seguro, como títulos de governo e o iene, apresentaram ganhos em meio à instabilidade nos mercados financeiros. O gatilho para as turbulências veio sob a forma da forte desvalorização do iuan chinês, que alimentou temores sobre o estado da segunda maior economia do mundo.

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“Os mercados estão em pânico. As coisas estão começando a parecer com a crise financeira asiática no fim da década de 1990. Especuladores estão vendendo ativos que parecem ser os mais vulneráveis”, disse o chefe de pesquisa do Shinsei Bank, Takako Masai.

Bolsas de valores em todo o mundo, do Japão à Indonésia, foram duramente atingidas pela queda das ações chinesas desde a abertura nesta segunda-feira, após Pequim não anunciar nenhum grande estímulo no fim de semana para sustentar as ações, como era amplamente esperado após a queda de 11 por cento da semana passada.

O sell off se estendeu pela Europa, que vê as principais bolsas do continente caírem cerca de 3%. Por outro lado, a Alemanha vê consequências limitadas da desaceleração econômica da China para sua economia, a maior da Europa, disse uma porta-voz do Ministério da Economia nesta segunda-feira.

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“Estamos monitorando os desdobramentos na China com muita atenção. As consequências imediatas para a economia da Alemanha, no entanto, devem ser limitadas”, disse a porta-voz.

No cenário do continente, líderes da oposição grega fizeram progresso zero neste domingo nos esforços para tentar formar uma nova coalizão, apesar dos apelos internos e externos por eleições rápidas para que o país possa lidar com crises econômica e humanitária simultâneas.

O sell off se estende no mercado de commodities: o minério de ferro negociado no porto de Qingdao tem baixa de 5,02%, a US$ 53,08, enquanto o brent é negociado com queda de 3,78%, a US$ 43,74. 

(Com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.