BB lucra R$ 3 bi e CSN tem prejuízo de R$ 614,3 mi no 2° tri; veja mais 13 balanços

Confira os resultados que agitaram a noite após o encerramento do pregão desta quarta-feira e movimentam esta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com destaque para a Suzano, que viu seu lucro disparar mais de 300%, além do Banco do Brasil que viu seu lucro atingir R$ 3 bilhões, quinze resultados devem agitar a sessão desta quinta-feira (13). Confira os balanços divulgados entre ontem à noite e hoje de manhã:

CSN
A CSN (CSNA3) reportou prejuízo atribuído a sócios controladores de R$ 614,3 milhões no segundo trimestre, contra lucro líquido de R$ 19 milhões no mesmo período de 2014.

A receita líquida ficou em R$ 3,69 bilhões no período, menor 9% do que o registrado um ano antes, de R$ 4,05 bilhões. A média das estimativas compiladas pela Bloomberg apontava receita de R$ 3,98 bilhões. Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 801 milhões no período, representando uma queda de 39% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. 

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Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 3,008 bilhões no segundo trimestre, alta de 6,3% ante igual período de 2014. Em bases recorrentes, o lucro do maior banco do país em ativos somou R$ 3,04 bilhões, alta de 1,3% sobre um ano antes. 

No fim de junho, a carteira de crédito ampliada do BB somava R$ 776,799 bilhões, avanço de 8% sobre um ano antes, mas estável sobre março. Os destaques de alta foram o financiamento imobiliário e ao governo, enquanto as linhas de cheque especial e para compra de veículos encolheram ano a ano.

O índice de inadimplência acima de 90 dias fechou o trimestre a 2,04%, pouco acima do 1,99% de igual etapa de 2014. A despesa com provisão para perdas com calotes foi de R$ 5,53 bilhões de abril a junho, avanço de 21% no comparativo anual, mas recuo de 7,8%  na sequencial.

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O BB teve rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 14,1% no trimestre, queda de 2 pontos percentuais ante mesma etapa do ano passado. Na mesma comparação, a rentabilidade ajustada caiu 2,9 pontos, para 14,2%. O BB elevou a previsão para a margem financeira bruta em 2015, da faixa de 9 a 13% para a de 11 a 15%, e também a de provisão para perdas com inadimplência, da faixa de 2,7 a 3,1% da carteira para a de 3,1 a 3,5%. 

O Conselho de Administração do BB aprovou a distribuição de R$ 39 milhões em dividendos e R$ 347,3 milhões em juros sobre capital próprio aos acionistas, com pagamento em 1º de setembro.

Suzano
A Suzano Papel e Celulose (SUB5) registrou lucro líquido de R$ 455,6 milhões, frente a R$ 97,2 milhões no mesmo período do ano passado, alta de 368%, e a R$ 762,5 milhões de prejuízo líquido no primeiro trimestre do ano. O prejuízo registrado no primeiro trimestre foi reflexo da desvalorização do real na marcação a mercado da dívida em moeda estrangeira.

O Ebitda Ajustado também foi recorde no segundo trimestre, chegando a R$ 959 milhões, uma alta de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses do ano, o Ebitda Ajustado é de R$ 1,9 bilhão, 87% superior ao primeiro semestre de 2014. A alavancagem (relação entre a Dívida Líquida/Ebitda Ajustado) caiu pelo terceiro trimestre consecutivo, chegando a 3,3 vezes – em março era de 3,9 vezes.

O Itaú BBA espera reação ligeiramente positiva das ações hoje, enquanto o Bradesco BBI disse que o forte Ebitda de 2015 veio “em linha com os números e ligeiramente abaixo do consenso”. 

Oi 
A operadora de telecomunicações Oi (OIBR4) teve lucro líquido de R$ 671 milhões no segundo trimestre, recuperando-se de um prejuízo de R$ 217 milhões no segundo trimestre do ano passado, informou nesta quinta-feira.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,899 bilhão, alta de 5,4% na mesma base de comparação.

Randon
A Randon (RAPT4) teve lucro líquido de R$ 274 mil, queda de 99,6% ante os R$ 67,4 milhões do mesmo período de 2014. No acumulado do primeiro semestre, o resultado ficou em R$ 832 mil, contra R$ 129,6 milhões nos seis primeiros meses do ano passado, informou a companhia. A receita líquida recuou 27,6% no segundo trimestre, para R$ 734,7 milhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou 61,4% no segundo trimestre em comparação com o trimestre do ano passado, de R$ 140,7 milhões para R$ 54,3 milhões. A margem Ebitda (receita/Ebitda) recuou 6,5 pontos percentuais ao cair de 13,9% para 7,4%.

O Itaú BBA espera reação neutra ao fraco segundo trimestre, dado que o resultado já era esperado pelo mercado. 

Cosan
A Cosan (CSAN3) viu seu lucro trimestral cair 52,5% na comparação com o período de abril a junho de 2014, de R$ 104,1 milhões para R$ 49,4 milhões. Em relação ao trimestre, reverteu o prejuízo de R$ 43,7 milhões. Na receita líquida, teve aumento de 7,4% ao sair de R$ 9,4 bilhões para R$ 10,1 milhões.

O Ebitda da companhia cresceu 5,6% do trimestre de 2014 para este trimestre, R$ 827,4 milhões para R$ 873,9 milhões.

Segundo o Santander, os resultados foram “pouco inspiradores”, em linha com o esperado. Para os analistas, o principal catalisador para a ação continua sendo a habilidade da empresa de entregar resultados operacionais consistentemente sólidos e atingir seu guidance operacional de 2015. Já o Bradesco comentou que os resultados foram fracos “como esperado”, parcialmente compensados pela Comgás, Raízen Combustíveis e Lubs, enquanto a Raízen Energia foi o destaque negativo.

Banco Pine
O Banco Pine (PINE4) teve queda no lucro líquido contábil de R$ 35 milhões para R$ 10 milhões no segundo trimestre deste ano. O banco também viu o ROAE (Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio, na sigla em inglês) cair de 11,6% para 3,3% na comparação trimestral.

A carteira de crédito expandida caiu de R$ 10 milhões no período do ano passado para R$ 8,6 neste trimestre.

Tupy
A metalúrgica Tupy (TUPY4) teve lucro de R$ 61,4 milhões, alta de 163,1% comparado com o ganho apurado um ano antes, de R$ 23,3 milhões. No período, a América do Norte foi responsável por 56,2% das receitas da Tupy, ao passo que a Europa respondeu por 18,2%. Já no mercado doméstico, as vendas caíram 13,4%, somando R$ 179,2 milhões, ou 19,7% do total. O Ebitda foi de R$ 190 milhões entre abril e junho, com alta de 85,1% em um ano.

Senior Solution
A Senior Solution (SNSL3), teve receita líquida recorde de R$ 19,1 milhões, 7,5% de crescimento sobre o mesmo período do ano anterior. O lucro bruto alcançou R$ 6,8 milhões, aumento de 1,2%, com importante contribuição da aquisição. O Ebitda somou R$ 2,1 milhões, redução de 18,1% sobre o trimestre do ano passado, impactado por gastos extraordinários com M&A e rescisões. Sem tais efeitos, esse indicador teria ficado em linha com o período de 2014. 

Prumo
A Prumo (PRML3) teve prejuízo de R$ 23,5 milhões, contra lucro líquido de R$ 2,1 milhões no trimestre de 2014. A companhia teve despesa operacional de R$ 41,5 milhões, com leve queda ante o igual período do ano passado, quando alcançou despesa de R$ 45,6 milhões.

O Ebitda foi de R$43,0 milhões, principalmente devido ao aumento da receita com o início do contrato de take-or-pay com a Anglo no último trimestre e com o aumento de receita de aluguel de área dos clientes, disse a empresa em seu ‘press release’.

Brasil Pharma
A Brasil Pharma (BRPH3) divulgou prejuízo de R$ 80,1 milhões no trimestre e R$ 168,7 no primeiro semestre deste ano. O Ebitda ficou negativo em R$ 15 milhões e sua margem subiu de -8,7% no trimestre de 2014 para 0,5% neste trimestre. 

SLC
A SLC Agrícola (SLCE3) teve lucro líquido de R$ 43,1 milhões e mostrou crescimento de 610,1% em relação aos R$ 6 milhões nos meses de 2014. A receita da companhia foi de R$ 470,9 milhões, alta de 19,1% em cima dos R$ 395,6 milhões do ano passado.

O Ebitda aumentou 5,8% e foi de R$ 88,1 milhões para R$ 93,2 milhões em 2015. A margem Ebitda teve queda de 0,4p.p. ao cair de 24,1% para 23,7%.

Segundo o Bradesco BBI, os resultados vieram em linha com o esperado. Os analistas comentaram que o desempenho do ativo biológico sinaliza o segundo semestre forte e que a companhia deve se beneficiar da depreciação do real à frente.

Light
A Light (LIGT3) teve prejuízo líquido de R$ 57 milhões e receita líquida de R$ 2,23 milhões, com alta de 39,4% em relação ao segundo trimestre de 2014, quando alcançou R$ 1,60 milhão. No semestre, a companhia teve lucro de 71 milhões, queda de 63,6% ante R$ 196 milhões no ano passado. O Ebitda foi de R$ 132 milhões, queda de 44,8% contra R$ 239 milhões. A margem Ebitda caiu 9 p.p. de 14,9% para 5,9%.

Segundo o Santander, os resultados foram “fracos como esperado” e não devem mexer com o mercado, dado o recente enfraquecimento nos preços das ações. Os analistas comentaram que os volumes foram parcialmente fracos, compensados por reajustes de tarifas nos trimestres anteriores.

CPFL Renováveis
A CPFL Renováveis (CPRE3) fechou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 93,1 milhões, uma alta de 41,3% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o resultado foi influenciado principalmente pelas despesas com o déficit de geração hídrica e dos maiores gastos com pagamento de juros, em meio ao aumento do custo de capital no país. 

Enquanto isso, a receita líquida cresceu 20,6%, para R$ 295,6 milhões, refletindo a expansão de 20,5% na capacidade em operação e a antecipação do parque Morro dos Ventos II, que entrou em operação oito meses antes do esperado e está vendendo energia no mercado de curto prazo, a preços mais elevados. Já o Ebitda avançou 33,2%, para R$ 155,9 milhões. 

Uma provisão de R$ 12 milhões por conta de problemas em uma usina de biomassa também contribuiu para aumentar o prejuízo no período. A unidade de BioPedra teve uma turbina desligada em maio, que precisará ser substituída e houve baixa do ativo.

Rumo
A empresa de logística Rumo ALL (RUMO3) teve lucro líquido de R$ 33,2 milhões no segundo trimestre, queda de 36,4% na comparação anual. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 8,8% na mesma base e fechou junho em R$ 586,9 milhões. 

Vigor
A Vigor (VIGR3) teve um lucro líquido consolidado de R$ 27,839 milhões no segundo trimestre, uma alta de 16,5% na comparação anual. Segundo a companhia, excluído o efeito do ganho do ágio da aquisição de 50% restantes da Dan Vigor, o lucro ajustado é de R$ 19 milhões.

A receita líquida ficou em R$ 1,191 bilhão, 11,8% acima do mesmo trimestre do ano passado, em meio a alta do faturamento na categoria de lácteos. O Ebitda consolidado ajustado ficou em R$ 78,671 milhões, queda de 6,1%.