Bancos, seguradoras e Ambev caem forte com pressão de aumento de tributos; veja mais

Confira os principais destaques da Bolsa nesta quarta-feira (12)

Lara Rizério

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11h56: Gerdau (GGBR4, R$ 5,84, -0,34%)
As ações da Gerdau têm leve queda hoje embora balanço tenha vindo em linha com o que o mercado esperava. No setor, seguem o desempenho as ações da Usiminas (USIM5, R$ 3,74, -1,32%) e CSN (CSNA3, R$ 3,81, -1,04%), pressionadas também por conta da desvalorização da moeda chinesa, que traz impacto hoje nos mercados globais. 

A companhia viu o lucro líquido consolidado do período cair 32,6%, para R$ 265 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da siderúrgica teve ligeira alta de 1,2% na mesma base de comparação, totalizando R$ 1,18 bilhão, enquanto a receita líquida cresceu 3%, para R$ 10,8 bilhões. 

Apesar dos números em linha, analistas destacaram que o bom desempenho observado na América do Norte, favorecido pela variação cambial, não foi suficiente para contrabalancear a performance fraca de Brasil. A Concórdia Corretora comentou que, na operação brasileira, apesar do avanço expressivo das exportações, a redução do volume vendido no mercado interno, aliado à menor diluição de custos, pressionou as margens do trimestre. 

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Já a XP Investimentos comentou que, embora o resultado tenha vindo em linha com o esperado, o cenário segue extremamente desafiador para o curto e médio prazo, enquanto alto índice de alavancagem e, principalmente, questões de governança corporativa, trazem incertezas para o case de investimentos. 

11h53: Vale (VALE3, R$ 18,47, -0,70%; VALE5, R$ 14,50, -1,09%)
As ações da Vale operam voláteis nesta quarta-feira. Os papéis até tentaram virar para alta nesta manhã mas logo viraram para queda, junto com as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 9,50, -1,96%), holding que detém participação na mineradora, que seguia em queda. Segundo o gerente de mesa Bovespa da H.Commcor, Ari Santos, as quedas muito fortes na abertura podem ter deixado o mercado atrativo e puxaram essa rápida recuperada, mas o vencimento de opções de Ibovespa e contrato futuro do índice ajudava a trazer volatilidade aos papéis de maior peso no índice, enquanto as noticias da China ainda traziam pressão ao mercado. 

A China permitiu que o yuan se desvalorizasse consideravelmente pelo segundo dia consecutivo, forçando investidores a buscar refúgio no porto-seguro em títutos de dívida governamental. O dia também era de forte baixa para os mercados europeus em meio ao cenário chinês. No mercado de commodities, o minério de ferro spot no porto de Qingdao subiu 0,16% a US$ 56,31 a tonelada.

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11h22: Kroton (KROT3, R$ 9,07, +2,72%
A Kroton vê as suas ações subirem depois de divulgar resultado. A companhia registrou crescimento de 94,7% na receita líquida no segundo trimestre, para R$ 1,4 bilhão, enquanto o lucro líquido ajustado avançou 79,6%, para R$ 513,7 milhões. Segundo a companhia, o crescimento da receita deve-se à incorporação dos números da Anhanguera, como também ao crescimento orgânico de alunos no ensino superior.

Para o BTG Pactual, o resultado veio forte, acima do esperado pelo mercado, com crescimento de 4,4% na base presencial de alunos, levando a forte avanço da receita. Os analistas destacaram também bom controle das despesas gerais e administrativas, que contribuiu para o crescimento do Ebitda. 

A XP Investimentos, embora também tenha ressaltado bons números da companhia, salientou que é importante ficar de olho nas sinalizações que podem ser dadas sobre o processo de renovação de alunos no Fies no segundo semestre, quando é esperado uma queda. 

11h14: Marfrig (MRFG3, R$ 5,82, +1,39%)
A Marfrig (MRFG3) vê suas ações subirem após o balanço. A companhia teve prejuízo líquido de R$ 6,1 milhões no segundo trimestre, ante resultado negativo de R$ 55,1 milhões em igual período do ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia totalizou R$ 465,7 milhões de abril a junho, avanço de 68,3% na comparação anual.

De acordo com o BTG Pactual, o balanço bateu as estimativas, o Ebitda ajustado veio em R$ 560 milhões (incluindo Moy Park), a margem expandiu 0,90 ponto percentual (veio 8,7%), geração de caixa no trimestre foi de R$ 136 milhões e houve a expansão de margem em todas as linhas de negócio.

Já o Credit Suisse comentou que o resultado veio forte, com expansão de margem Ebitda, beneficiada por um real desvalorizado e melhorias operacionais. Eles ressaltaram que as aberturas dos mercados da China e Estados Unidos tiveram pouco efeito nesse trimestre, deixando como principal destaque a geração de caixa de cerca de R$ 140 milhões, bem acima das expectativas e melhor do que a Minerva, que teve uma queima de caixa por conta do capital de giro. 

11h02: Rodobens (RDNI3)
A Rodobens, que não vê suas ações negociarem na Bolsa desde segunda-feira, viu seu lucro líquido cair 89% no segundo trimestre, para R$ 2,1 milhões. Segundo a Planner Corretora, os resultados das incorporadoras evidenciam o momento altamente negativo para o setor, que convive com retração nos lançamentos e vendas, estoques elevados, aumento de distratos e cancelamentos e em alguns casos, endividamento elevado das empresas. Para os analistas, o cenário para o setor deverá permanecer negativo pelo menos até o final deste ano e na dependência de uma melhora da economia para tentar retomar o crescimento. 

10h53: Profarma (PFRM3, R$ 9,02, -6,04%)
As ações da Profarma afundam após balanço. A companhia teve queda de 94,1% no lucro líquido, para R$ 100 mil no segundo trimestre. Já a receita líquida da companhia sofreu queda de 4,4%, para R$ 840,4 milhões no período quando comparado a um ano antes. 

Segundo o Brasil Plural, os resultados apontam que a companhia continua entregando melhoras consistentes nas suas operações, mostrando resiliência na deterioração do ambiente macroeconômico, apesar da baixa geração de fluxo de caixa livre.

10h43: Bancos e seguradoras
Os bancos e seguradoras caem forte com os mercados de olho na apresentação pela senadora Gleisi Hoffman (PT) do projeto que pretende a elevação da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de empresas do setor financeiro. Hofmann deve propor o fim do benefício fiscal dos juros sobre capital próprio e a alta da CSLL para os bancos de 15% para 22,5%, não 20% como antes esperado. 

Com isso, os bancos caem mais de 1%, com destaque para o Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 27,90, -1,23%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 20,95, -1,55%), Bradesco (BBDC4, R$ 25,15, -1,64%). Do lado das seguradoras, recuam as ações da Porto Seguro (PSSA3, R$ 34,78, -2,00%), BB Seguridade (BBSE3, R$ 31,92, -1,78%) e SulAmérica (SULA11, R$ 17,55, -0,68%). 

10h38: Ambev (ABEV3, R$ 19,12, -2,20%)
As ações da Ambev caem reagindo ao expectativa de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresente hoje relatório da Medida Provisória, que além de elevar impostos sobre os bancos, deve mexer na tributação da indústria de bebidas na Zona Franca de Manaus de forma que empresas, como a Ambev, paguem mais impostos. A senadora quer reduzir os créditos tributários gerados na produção de refrigerantes na região. Hoje, a alíquota do IPI é de 20%, mas – como as indústrias da Zona Franca são isentas desse tributo – podem usar esse valor para abater outros recolhimentos. Gleisi quer diminuir essa alíquota para algo em torno de 17%, ou seja, menos créditos para as empresas e mais recursos para a Receita Federal.

10h33: Petrobras (PETR3, R$ 9,84, 0,0%; PETR4, R$ 9,84, +0,10%)
As ações da Petrobras, que abriram em queda seguindo o movimento do mercado, amenizaram as perdas e tentam operar no positivo, seguindo o desempenho dos preços do petróleo. A cotação do Brent, negociado em Londres, avançava 0,43%, a US$ 49,39, reagindo a sinais de aumento da demanda. A Agência Internacional de Petróleo elevou sua projeção do crescimento na demanda por petróleo em 2015 em 200 mil barris por dia, e estima que a demanda global por petróleo cresça 1,6 milhão de barris por dia em 2015 e 1,4 milhão barril por dia em 2016. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.