TCU irá fiscaliza Petrobras, demissão de presidente da Eletronuclear e 7 resultados no radar

Fique por dentro das novidades do mercado depois do encerramento do pregão desta quarta-feira

Marília Kazmierczak

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SÃO PAULO – A noite desta quarta-feira (3) começou animada com divulgação de resultados trimestrais de sete empresas e mais comunicados ao mercado da Petrobras, Vale, Eletrobras e Petro Rio. Veja mais: 

Hering
A Hering (HGTX3) divulgou seu resultado trimestral nesta quarta-feira (3) após o pregão e os números vieram em linha com o esperado pelo Credit Suisse. A companhia alcançou lucro líquido de R$ 58,8 milhões, registrando queda de 20,7% em relação aos R$ 74,183 milhões alcançados no segundo trimestre de 2014. Na comparação semestral, a empresa perdeu 27,7% ao encerrar os primeiros seis meses de 2015 com R$ 100,30 milhões contra R$ 138,76 milhões em 2014.

A receita líquida foi de R$ 380,82 milhões, 9,3% abaixo dos R$ 419,68 milhões do período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 31,3% ao encerrar esses três meses em R$ 66,55 milhões. A margem Ebitda (receita/Ebitda) caiu 5,6 pontos percentuais ao ir de 23,1% em 2014 para 17,5% este trimestre.

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Totvs
A empresa brasileira de software Totvs (TOTS3) divulgou seus resultados hoje e apresentou uma receita de R$ 451,4 milhões, aumento de 2,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, que foi de R$ 439,30. O lucro líquido caiu 5,6%, para R$ 60,4 milhões este trimestre e na comparação semestral teve alta de 10,6% ao encerrar estes seis meses com R$ 268,49 milhões. 

Em uma média compilada pelo jornal Valor Econômico com projeções dos analistas do Morgan Stanley, Itaú BBA e Credit Suisse, a expectativa era de uma receita de R$ 464,3 milhões (avanço de 5,77%) e de um lucro de R$ 72,3 milhões (alta de 13%).

Ultrapar
A Ultrapar (UGPA3) anunciou seu balanço trimestral nesta quarta-feira e mostrou lucro líquido de R$ 331,1 milhões com aumento de 10% na comparação trimestral com 2014, quando encerrou o período com R$ 301,4 milhões. Comparando os primeiros seis meses de 2015 com 2014, houve crescimento de 30% ao sair dos R$ 550,7 milhões para R$ 717,7 milhões.

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A receita líquida da companhia fechou em R$ 18,51 milhões, contra R$ 16,66, uma alta de 11%. O crescimento foi de 10% de um semestre para outro. Já o Ebitda da empresa foi de R$ 846 milhões, crescendo 13% em cima dos R$ 751 milhões.

Teve influência no resultado o incêndio ocorrido em Santos (SP) em abril, que afetou o terminal da Ultarcago, unidade de logística. Além disso, as despesas financeiras líquidas subiram 29%, para R$ 127,2 milhões. A dívida líquida da Ultrapar terminou o mês de junho em R$ 5 bilhões, 22% a mais do que um ano antes.

Mills
A Mills (MILS3) anunciou seu balanço do segundo trimestre e mostrou prejuízo líquido de R$ 8,2 milhões contra o lucro líquido de R$ 33,4 milhões de 2014. A receita líquida da companhia alcançou R$ 147,9 milhões, queda de 30,6% em comparação ao segundo trimestre do ano passado, de R$ 213 milhões.

O Ebitda da empresa caiu 50,8% ao encerrar o trimestre em R$ 52,1 milhões contra R$105,9 milhões em 2014. Na comparação anual houve crescimento de 9,9%. A margem Ebitda teve queda de 14,4p.p. ao ir de 49,7% para 35,3%.

Eletrobras
O almirante da reserva Othon Luiz da Silva, preso na operação Lava Jato na semana passada, pediu demissão do cargo de presidente da Eletronuclear, informou nesta quarta-feira a Eletrobras.

Ele estava licenciado do cargo desde abril quando surgiram as primeiras denúncias de pagamento de propina a dirigentes da empresa controlada pela Eletrobras (ELET3, ELET6). Na última sexta-feira, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, prorrogou a prisão temporária do almirante, acusado de receber 4,5 milhões de reais em propina.

Tereos
A Tereos (TERI3) divulgou seu balanço trimestral equivalente aos meses de abril a junho e teve prejuízo de R$ 219 milhões, contra R$ 59 milhões no período de 2014. A receita líquida da empresa alcançou R$ 1.950, aumento de 8% contra o resultado de R$ 1.805 do segundo semestre do ano passado.

Petrobras
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira, 05, fiscalizar aquisições e alienações de ativos feitas pela Petrobras (PETR3PETR4). Em 60 dias, a área técnica da corte vai elaborar um plano de ação para que essas transações sejam acompanhadas.

Entre 2009 e 2014, segundo relatório do tribunal, a Petrobras fez 149 operações de compra e venda de ativos, sendo 51 aquisições, 48 alienações e 33 incorporações.

Os auditores constataram que, com a crise financeira da empresa e a necessidade de investimentos para a exploração no pré-sal, tem crescido a quantidade de operações de venda. Desde 2012, por exemplo, a estatal levantou R$ 23,4 bilhões com a venda de participação em diversas empresas.

O ministro Vital do Rêgo, relator do processo, justificou, com base nos números, que os valores levantados nas operações são insuficientes para recuperação da estatal e indicam que haverá novas alienações. Ele citou a intenção da estatal, anunciada recentemente, de abrir o capital da BR Distribuidora, considerada por analistas uma das joias da coroa da companhia. Especula-se que a operação poderá aportar R$ 25 bilhões para o caixa da empresa.

Ao justificar a necessidade de fiscalizar os negócios, o relator explicou que, recentemente, a companhia reavaliou ativos, tendo em vista o superfaturamento detectado na Operação Lava Lato, da Polícia Federal. “Só por conta dos empreendimentos da Diretoria de Abastecimento (que foi comandada por Paulo Roberto Costa, delator da operação), foram lançadas perdas de US$ 14 bilhões. Para agravar a situação, a companhia viu-se obrigada a realizar os prejuízos do esquema de corrupção investigado”, escreveu Vital do Rêgo em seu voto.

Petro Rio
A Petro Rio (PRIO3) comunicou hoje que em reunião do Conselho de Administração, depois do pedido de renúncia apresentado por Ricardo Wagner Carvalho de Oliveira foi aprovada, por unanimidade, a eleição de Blener Braga Cardoso Mayhew para desempenhar o cargo de Diretor de Novos Negócios e de Relações com Investidores e Roberto Bernardes Monteiro para desempenhar o cargo de Diretor de Operações.

CVC
A CVC (CVCB3) maior operadora de turismo das Américas apresentou crescimento de 25,2% no lucro líquido do trimestre que foi de R$ 8,2 milhões em 2014 para R$ 10,3 milhões neste trimestre. Na comparação anual a alta foi de 31,7% contra os R$ 47,5 milhões nos seis primeiros meses de 2014 para R$ 62,6 milhões em 2015.

Houve aumento de 14,2% na receita líquida que pulou de R$ 130,7 milhões para R$ 149,3 milhões na comparação trimestral. O Ebitda da companhia subiu 23,4% e foi para R$ 52,4 milhões. O crescimento da margem Ebitda de 2,6p.p., saindo de 32,5% para 35,1%. 

O Ebitda da companhia encerrou o trimestre em R$ 123 milhões, queda de 29% em comparação aos meses de 2014 que foram de R$ 173. A margem Ebitda foi de 6,3% contra 9,6%, queda de 3,3p.p..

 As reservas confirmadas totalizaram R$ 1,24 milhões no segundo trimestre deste ano,representando um aumento de 12,9% em comparação com o período de 2014.

Anima
A Anima (ANIM3) divulgou seu balanço trimestral e teve prejuízo líquido de R$ 24,2 milhões, por conta de uma despesa não recorrente no valor de R$ 56,8 milhões referente à multa paga pelo cancelamento da aquisição da Whitney Brasil. A receita líquida da companhia foi de R$ 222,4 milhões, crescimento de 100,0% ante os R$ 141 milhões de 2014. O Ebitda encerrou o período com valor negativo de R$ 14,4 milhões. A margem Ebitda teve resultado negativo de 6,5%.

Vale
A Vale (VALE3;VALE5) submeterá à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), em 6 de agosto, pedido de registro de oferta pública de distribuição de 1 milhão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em até duas séries, da 9ª emissão da companhia, com valor nominal unitário de R$ 1 mil no dia 15 de agosto, totalizando, na data de emissão, o valor de R$ 1 bilhão. O prazo de vigência das debêntures da 1ª série serão de 5 anos contados da data de emissão, vencendo-se em 15 de agosto de 2020 e da 2ª série serão de 7 anos, vencendo-se em 15 de agosto de 2022 .

Os recursos líquidos obtidos pela Companhia com a Oferta serão integralmente destinados ao uso com ou ao reembolso de gastos, despesas e/ou dívidas relacionadas ao projeto de investimento em infraestrutura da Companhia, denominado Projeto Expansão Estrada de Ferro Carajás.

(com Reuters e Agência Estado)