Ibovespa Futuro cai com compra do HSBC pelo Bradesco e dados fracos na China

Índice recua e dólar sobe em meio a grandes notícias no cenário macro e no noticiário corporativo; Relatório Focus mostra piora nas perspectivas para câmbio e inflação

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em baixa nesta segunda-feira (3) com o principal evento do dia sendo a aquisição do HSBC Brasil pelo Bradesco por um valor bem acima do esperado. No noticiário macro fica o fim do recesso parlamentar por aqui e a reabertura da bolsa da Grécia, que recua 23% depois de ficar fechada por um mês dentro da estratégia de controle de capitais do governo grego antes de firmar acordo com seus credores internacionais. Na China, o PMI (Índice Gerente de Compras, na sigla em inglês), caiu para o menor nível em dois anos. 

Às 9h10 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para agosto caía 1,03%, a 50.620 pontos. Já o dólar futuro para setembro subia 0,84%, a R$ 3,486. 

O Bradesco (BBDC3; BBDC4) confirmou o favoritismo e, no início da madrugada desta segunda, teve oficializada a compra da operação brasileira do HSBC, conforme destacou o HSBC em seu relatório de resultados. A compra foi feita por US$ 5,2 bilhões, ou R$ 17,6 bilhões. O Banco Central foi avisado ontem à noite do desfecho da transação. Assim, o valor a ser pago pela operação nacional do banco foi bem acima do já aventado, de US$ 4 bilhões. Nas últimas semanas, as estimativas para o negócio variavam para algo entre R$ 10 e R$ 12 bilhões.

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Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 oscilou de uma retração de 1,76% para uma de 1,80%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções são de que haja um avanço de 9,25% este ano. Por fim, os economistas aumentaram as projeções para o câmbio, apostando agora em um dólar a R$ 3,35 no fim de 2015, contra os R$ 3,25 previstos na semana passada. 

Grécia e China têm fortes emoções
A semana começa com fortes emoções para os mercados chinês e grego. O índice que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caiu para perto das mínimas deste ano nesta segunda-feira, acompanhando as persistentes perdas nos mercados de commodities e reagindo a novos receios sobre desaceleração da economia da China.

Na Europa, o destaque fica com a bolsa da Grécia, que reabriu após cinco semanas fechada. E, como já esperado, os primeiros minutos de negociação foram de fortes quedas para o mercado grego. Numa sessão com poucas negociações, a bolsa chegou a cair 23%.

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O Banco Nacional da Grécia, maior banco comercial do país, atingiu o limite diário com queda de 30%. Investidores já esperavam grandes perdas devido ao temor em relação à possível piora na economia da Grécia. Enquanto o Governo grego chegou a um acordo com os credores, este ainda não foi concretizado, levando a medo de que haja ainda sobressaltos políticos e econômicos. Por outro lado, o dia é de leve alta para as principais bolsas europeias. 

Voltando para a Ásia, os papéis que mais perdiam eram dos setores financeiro e aqueles cuja performance tem ligação próxima com o crescimento econômico. A mínima do índice neste ano foi marcada em 8 de julho. O índice de Xangai apresentou queda de 1,11%, enquanto Hang Seng teve queda de 0,91%. O japonês Nikkei teve perdas mais leves, de cerca de 0,18%. Em um golpe contra o ânimo nos mercados, a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da Caixin mostrou que a atividade industrial da China caiu mais que o estimado inicialmente em julho, a maior contração em dois anos, com queda em novas encomendas.

“Acreditamos que o pânico no mercado acionário no começo de julho esfriou a atividade econômica, que é o que os PMIs da indústria indicaram”, disse o economista da ING Tim Condon em nota a clientes antes da divulgação do PMI da Caixin.

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.