Devolução de R$ 69 mi à Petrobras, 8 resultados e recomendações no radar

Confira os principais destaques corporativos na manhã desta sexta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece bem movimentado nesta sexta-feira (31), com a temporada de balanços ganhando força (foram 10 resultados entre ontem à noite e esta manhã), enquanto bancos revisaram recomendações de duas ações. Destaque também para a Petrobras, que vai ter de volta mais de R$ 69 milhões em propinas. Confira abaixo o que chama atenção nesta manhã:

Petrobras
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, a Justiça Federal determinou a devolução de mais de R$ 69 milhões à Petrobras (PETR3; PETR4). O valor é equivalente a 80% do montante de quase US$ 29 milhões repatriados em abril deste ano.

Ainda sobre a companhia, uma reportagem do Valor indica que a estatal iniciou ontem os preparativos para o IPO da BR Distribuidora, subsidiária com 7.797 mil postos de combustíveis em todo o país. Segundo a matéria, os bancos de investimentos que vão coordenar a operação são Citi, BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA, BB Investimentos e Bank of America Merrill Lynch, que reuniram-se em São Paulo para discutir a elaboração do propecto e a documentação que terá de ser enviada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A expectativa é que o pedido seja protocolado no dia 6. 

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Além disso, a estatal confirmou que foi cancelada a medida cautelar de bloqueio aplicada à empresa TKK Engenharia, devido ao arquivamento do processo administrativo contra a empresa por parte da Controladoria Geral da União (CGU). O bloqueio à companhia havia sido anunciado em 6 de março, junto com outras empresas citadas como participantes de cartel no âmbito da delação premiada do ex-gerente executivo de engenharia da Petrobras, Pedro Barusco. 

Educacionais
Os papéis das educacionais podem sofrer hoje após o governo detalhar o corte adicional no Orçamento na véspera. O setor de educação sofrerá um corte de R$ 1 bilhão. Ontem, as ações das educacionais caíram forte na Bolsa, dando sequência à derrocada dos últimos dias, sendo elas Kroton (KROT3, R$ 9,30, -3,92%), Estácio (ESTC3, R$ 14,96, -6,50%), Anima (ANIM3, R$ 15,50, -1,33%) e Ser Educacional (SEER3, R$ 10,82, -5,91%).  Estácio figurou como a maior queda do Ibovespa. 

HSBC
Ontem, após a divulgação dos resultados, um dos temas de destaque das teleconferências do Bradesco (BBDC4) e do Santander Brasil (SANB11) foi a possível compra do HSBC. 
O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabálza, disse na véspera que o banco espanhol segue na disputa pelo HSBC Brasil e tem interesse pela operação, no entanto, não esclareceu qual é sua condição no processo e se o ativo está sendo negociado com exclusividade com alguma instituição. Já o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, evitou falar sobre a negociação: “existe um processo em andamento. Não temos nada a comentar”. 

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Contudo, de acordo com o jornal Valor Econômico, o Bradesco está na frente nas negociações e já há um esforço em curso para concluir as negociações para a compra das operações brasileiras do HSBC para o banco ao longo do fim de semana. A expectativa do banco é que o fechamento do negócio ocorra a tempo da divulgação do seu balanço. O resultado ocorrerá por volta da 1h (horário de Brasília) da madrugada de segunda-feira (3). Procurados pelo jornal, Bradesco e HSBC não comentaram o assunto.

Lojas Renner
Entre a temporada, a Lojas Renner (LREN3) divulgou seu resultado do segundo trimestre ontem à notie. A varejista conseguiu ficar levemente acima das já otimistas projeções. Analistas estavam animados com os números da companhia, acreditando que mesmo com a crise econômica afetando fortemente o varejo, a Renner seria uma das poucas a se salvar de um mau resultado. E foi o que aconteceu.

A companhia registrou lucro líquido de R$ 158,17 milhões, uma alta de 33% ante o mesmo período de 2014. A média compilada pela Bloomberg com a opinião de 17 analistas indicava um lucro de R$ 147,50 milhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 326,20 milhões, ou 31,4% maior que um ano atrás. Enquanto isso, a receita líquida avançou 22,4%, atingindo os R$ 1,536 bilhão, ficando acima dos R$ 1,513 bilhão projetados pelos analistas. Já as “vendas em mesmas lojas” (estabelecimentos abertos a mais de 12 meses) tiveram evolução de 14,5%.

PDG Realty
Já a construtora e incorporadora PDG Realty (PDGR3) teve prejuízo no segundo trimestre acima de estimativas de analistas, pressionada por queda nas vendas e por ajustes em sua estrutura administrativa. A empresa teve prejuízo de R$ 231 milhões no segundo trimestre, ante resultado negativo de R$ 135 milhões no mesmo período do ano passado. A média de estimativas de analistas apontava para prejuízo de R$ 145,8 milhões. Hoje, o Bradesco rebaixou a recomendação da companhia para underperform (desempenho abaixo da média). 

No período, a companhia não realizou lançamentos, preferindo dar foco nas obras em andamento e na redução de estoques, que caíram 20,8% ano a ano. Ainda assim, as vendas contratadas líquidas caíram 81,5%, a R$ 71 milhões. Os distratos atingiram R$ 279 milhões no trimestre, 1,5% acima do segundo trimestre de 2014 e crescimento de 10% sobre os três primeiros meses do ano.

BRF
A empresa de alimentos BRF (BRFS3) divulgou que seu lucro líquido teve alta de 46,6%, passando de R$ 249 milhões no segundo trimestre de 2014 para R$ 364 milhões de abril a junho deste ano. Ante o primeiro trimestre de 2015, houve queda de 21%.

Os resultados consideram somente as operações continuadas, sem a atividade de lácteos, cuja venda foi anunciada em dezembro do ano passado e concluída em 1 de julho.

A geração de caixa medida pelo Ebitda avançou 43,6%, passando de R$ 906 milhões de abril a junho do ano passado para R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre deste ano. Ante o primeiro trimestre de 2015, o Ebitda teve alta de 45,1%. A margem Ebitda dos segundo trimestre de 2015 foi de 17,4% ante 13,7% do mesmo período do ano passado e 13,5% do primeiro trimestre deste ano.

Já a receita líquida da companhia ficou em R$ 7,913 bilhões, alta de 12,8% na comparação com a de R$ 7,015 bilhões do segundo trimestre de 2014 e de 12,3% frente ao primeiro trimestre deste ano (R$ 7,048 bilhões).

Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) registrou queda de 88,6% no lucro líquido do segundo trimestre, em relação a igual período de 2014, atingindo R$ 3 milhões. Segundo a companhia, a queda do lucro líquido foi influenciada pela menor diluição das despesas fixas e pelo aumento das despesas financeiras, em função da alta de juros no período. A despesa financeira líquida da companhia foi de R$ 104,7 milhões, aumento de 31,6% em relação aos R$ 79,5 milhões de um ano antes.

Enquanto isso, a receita líquida caiu 10,1%, para R$ 2,11 bilhões. De acordo com a companhia, a queda é explicada pela base de comparação elevada de igual período de 2014, pelo efeito das vendas da categoria de imagem em decorrência da Copa do Mundo e pelo cenário macroeconômico mais desafiador.

Multiplan
A administradora de shoppings centers Multiplan (MULT3) teve alta de 3,2% no lucro líquido do segundo trimestre, na comparação anual, a R$ 96,3 milhões. “A entrega bem sucedida de expansões, as mudanças no mix de lojistas e a consolidação dos novos shoppings centers levou a Multiplan a registrar um crescimento de 4,8% nas vendas, sobre um dos maiores aumentos já registrados, no trimestre anterior de 15,2%, chegando R$ 3,2 bilhões”, disse a Multiplan, em seu relatório de resultados.

As vendas mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses) subiram 1,2%, ante avanço de 9,4% um ano antes, quando teve efeito positivo da Copa do Mundo. A receita líquida no período caiu 5,1% para R$ 258,4 milhões, diante de expectativa média de analistas de R$ 271 milhões.

Apesar da queda na receita líquida, as despesas e custos caíram mais, 15,2%, devido à queda no custo de imóveis combinada com a redução nas despesas de shopping centers, disse a Multiplan. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 0,6 por cento na comparação anual, a R$ 186 milhões.

Raia Drogasil
A Raia Drogasil (RADL3) registrou aumento no lucro de 74,2%, para R$ 108,2 milhões de abril a junho (valor não ajustado). A receita líquida subiu 22,7% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 2,18 bilhões. As vendas “mesmas lojas” registraram alta de 14,7%, acima da taxa de cerca de 11% do mesmo intervalo de 2014. Já o Ebitda atingiu R$ 217,1 milhões, aumento de 57,3%.

Fleury
A Fleury (FLRY3) registrou no segundo trimestre um lucro líquido de R$ 33 milhões, o que representa mais do que o dobro do valor apurado no mesmo período do ano passado. O desempenho é resultado da reestruturação iniciada na empresa de medicina diagnóstica em 2013 que previa fechamento de unidades não rentáveis, cancelamento de contrato com a Unimed-Rio e maior foco nas unidades com a bandeira Fleury.

A receita líquida do Fleury cresceu 17,4% para R$ 479 milhões entre abril e junho deste ano. Em paralelo, a companhia conseguiu controlar todos seus custos de serviços prestados, que somaram R$ 351,6 milhões, representando 73,3% da receita líquida. No mesmo período do ano passado, esse percentual foi de 78,5%.

SulAmérica
A SulAmérica (SULA11) teve lucro líquido de R$ 123,5 milhões no segundo trimestre, uma alta de 130,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia apurou R$ 4,278 bilhões em receitas com seguros, uma evolução de 13,2% na comparação com igual termo de 2014.

Oi
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu nesta quinta-feira anuência prévia ao processo de reorganização societária e de redução do capital proposto pela Oi (OIBR4). A reestruturação consiste na incorporação, pela Oi, da Telemar Participações e é uma etapa importante para os planos da empresa de ir para o segmento Novo Mercado da Bovespa.

O relator do caso, conselheiro Rodrigo Zerbone, explicou que a reestruturação aprovada nesta quinta-feira é uma alteração de parte do processo de reorganização que a agência já havia aprovado no ano passado, mas com a Oi incorporando a Telemar Participações.

Frigoríficos
O Credit Suisse iniciou cobertura no setor dos frigoríficos com recomendação de compra. Para os analistas, deve ser um dos poucos setores beneficiados pelo momento atual da economia e que gradualmente deve ter uma diminuição do receio que alguns investidores tem em dedicar tempo e consequentemente investir no setor de frigoríficos. Segundo eles, o momento é bastante favorável para exportação tanto de frangos quanto de carne, principalmente em função da limitação da exportação tanto da Austrália quando dos Estados Unidos. Eles têm recomendação outperform (desempenho acima da média) para Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3). 

Embraer
A Embraer (EMBR3) teve sua recomendação elevada pelo HSBC após balanço do segundo trimestre, que provocou ontem uma queda de 5,46% nos papéis. O mercado puniu ontem as ações da empresa depois de corte na projeção da receita líquida para esse ano em US$ 300 milhões, para faixa entre US$ 800 milhões e US$ 950 milhões. 

Hoje, o HSBC elevou a recomendação da companhia de manutenção para compra, com preço-alvo de R$ 32,00 por ação. 

Aliansce
Outra companhia que teve sua recomendação revisada foi a Aliansce (ALSC3), mas de compra para manutenção pelo HSBC.  

Iguatemi
Já a Iguatemi (IGTA3) foi elevada de manutenção para compra pelo HSBC. 

Itaú Unibanco
O conselho de administração do Itaú Unibanco (ITUB4) autorizou renovar o limite de recompra para 11 milhões de papéis ordinários e 55 milhões de papéis preferenciais. Segundo o Credit Suisse, a notícia é um sinal claro que o banco vê as ações do Itaú como um bom investimento nos preços atuais. De maio para cá, os papéis caíram 15% na Bolsa. 

Forjas Taurus
A Forjas Taurus (FJTA4) teve aprovação preliminar a acordo para encerrar ação judicial nos Estados Unidos.