Lucro do Pão de Açúcar desaba, Eletrobras comenta Lava Jato e S&P revisa bancos; veja mais

Confira as principais notícias da noite desta terça-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados começa a ganhar mais força e a noite desta terça-feira (28) conta com o balanço do Pão de Açúcar. Além disso, a agência de risco S&P repetiu o movimento que fez mais cedo com o Brasil e cortou sua perspectiva de rating dos principais bancos do País. Confira os destaques: 

GPA
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) divulgou seus resultados operacionais do segundo trimestre nesta terça-feira (28) e encerrou o período com receita líquida de R$ 16,1 bilhões, uma alta de 6% em comparação ao segundo trimestre de 2014. Por outro lado, o lucro líquido caiu 77%, passando de R$ 264 milhões um ano antes para atuais R$ 60 milhões.

O resultado consolidado, que inclui o prejuízo atribuível aos acionistas não controladores, somou prejuízo de R$ 30 milhões, ante um lucro de R$ 358 milhões do segundo trimestre do ano passado. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 39%, para R$ 665 milhões, enquanto a margem Ebitda caiu 3,1 pontos percentuais, para 4,1%.

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No segmento alimentar de ‘mesmas lojas’ houve um crescimento de 3% nas vendas líquidas, estável em relação ao primeiro trimestre deste ano, levando em conta o cenário macroeconômico ruim, disse a companhia.

S&P corta perspectivas de bancos
Após rebaixar sua perspectiva de rating do Brasil no início da tarde desta terça-feira, agora a agência de classificação de risco Standad & Poor’s anunciou o mesmo movimento para os maiores bancos do País. Assim como a nota soberana, Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), além do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), tiveram suas perspectivas cortadas para negativas.

No total foram 11 instituições financeiras com suas perspectivas pioradas, incluindo a Caixa Econômica e a BM&FBovespa (BVMF3), além dos bancos citados acima. Todas as instituições estavam com expectativa “estável”, passando agora para “negativa”. Completam a lista: Itaú Unibanco Holding, Citibank, Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), Santander Brasil e Banco do Nordeste.

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Segundo a S&P, as classificações das empresas de serviços financeiros poderão se estabilizar na sequência de uma ação similar sobre o rating soberano, “caso melhorem as condições para a execução de políticas consistentes em todas as áreas do governo para estancar a deterioração fiscal”.

Eletrobras
A Eletrobras (ELET3ELET6), esclareceu por meio de comunicado divulgado ao mercado em geral que os trabalhos de investigação interna independente conduzidos pelo escritório Hogan Lovells, que incluem o empreendimento da Usina Nuclear de Angra 3, desenvolvidos pela Eletronuclear, ainda não foram concluídos.

Com relação à operação “Radioatividade” – 16ª fase da Operação Lava Jato que teve início hoje-, a Eletrobras “está buscando obter as informações necessárias à defesa de seus interesses e de seus investidores e manterá o mercado informado oportunamente.”

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A Operação “Radioatividade”, culminou na prisão temporária de Othon Luiz Pinheiro, diretor presidente da controlada Eletrobras Termonuclear.

Indústrias Romi
A Indústrias Romi (ROMI3) reportou hoje em seu balanço trimestral um prejuízo líquido de R$ 13,8 milhões. O prejuízo alcançado é 14 vezes maior que os R$ 892 mil do segundo trimestre do ano passado. No acumulado do semestre, o prejuízo atribuído aos sócios da empresa controladora somou R$ 15,5 milhões, contra R$ 2,1 lucrado no igual período de 2014.

Sua receita operacional líquido caiu 17% para R$ 118,9 milhões e seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu de R$ 10,1 milhões para R$ 8,9 milhões do segundo trimestre do ano passado para este.

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Usiminas
A Usiminas (USIM5) adiou a divulgação dos resultados no segundo trimestre, antes previstos para amanhã, 30 de julho, para uma data ainda a ser divulgada.

“Em função da alta volatilidade dos preços de minério de ferro no mercado internacional, a administração da companhia decidiu reavaliar os testes de impairment da Mineração Usiminas, o que pode vir a impactar os resultados da companhia”, disse a Usiminas em comunicado.

Esta é a segunda vez este ano que a Usiminas adia a publicação dos números trimestrais sem informar nova data de divulgação. Em fevereiro, a empresa decidiu não publicar o balanço de 2014 em meio à guerra travada entre seus acionistas controladores, Ternium e Nippon Steel, pelo comando da maior produtora de aços planos do Brasil.

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Pela regra vigente, companhias de capital aberto têm prazo de 45 dias para divulgarem seus números após o término de cada trimestre, com isso, a Usiminas tem até 14 de agosto para apresentar seu resultado.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.