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SÃO PAULO – O Ibovespa dispara 700 pontos em meia hora nesta terça-feira (28), operando às 12h46 (horário de Brasília) em uma alta de 1,98%, a 49.698 pontos, ao mesmo tempo em que o dólar comercial sobe 0,75%, chegando a R$ 3,3876 na compra e a R$ 3,3893 na venda. Na máxima do dia a Bolsa chegou a bater 2,20% de alta, chegando a 49.808 pontos. Já o dólar futuro para agosto sobe 0,73%, a R$ 3,393.
O índice tem desde o início da manhã um movimento de correção forte somado ao cenário externo depois de cair por 7 pregões consecutivos. A disparada da última hora acompanhou também as bolsas internacionais. Lá fora, os índices norte-americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq sobem entre 0,24% e 0,51%, operando nas máximas do dia. Na Europa as bolsas também registram fortes ganhos antes do fechamento.
Dentre os cinco analistas ouvidos pelo InfoMoney, nenhum disse ter ouvido qualquer notícia diferente no pregão, de modo que o motivo para a alta agora continua a ser o mesmo da manhã. Apesar de não terem visto notícias que expliquem a arrancada da Bolsa, os analistas destacaram que após sucessivas quedas, os investidores passam a buscar oportunidades. Vale lembrar ainda que após o meio-dia a Bolsa tende a ficar mais volátil com o horário do almoço.
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Outra explicação que ajuda a entender esta avaliação dos investidores “voltando” para a Bolsa é a alta do dólar, que faz com que o índice fique ainda mais barato na visão do estrangeiro, o que pode ajudar na recuperação do mercado no curto prazo. Dólar e DI seguem a alta dos últimos dias, após chegarem a cair pela manhã, em meio ao cenário político tenso, que se torna um empecilho ainda maior diante do corte na meta fiscal de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) para 0,15% do PIB.
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 11,15, +7,01%; PETR4, R$ 10,09, +6,10%) ficam entre as maiores altas, subindo 6%. Sobre Petrobras, as ações sobem depois de terem caído 20% pelos últimos sete pregões (sem pausa para alta). O movimento hoje se intensifica com a virada do preço do petróleo para alta no mercado internacional. O petróleo WTI, negociado no Texas, registrava alta de 0,7%, a US$ 47,72, neste momento.
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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A Vale (VALE3, R$ 17,82, +6,32%; VALE5, R$ 14,66, +4,71%) também registram fortes ganhos. Desde o começo do pregão os papéis da mineradora têm alta, em meio à valorização registrada pelo minério de ferro. A commodity spot no porto de Qingdao subiu 2,10%, a US$ 53,45. Do lado dela, siderúrgicas como CSN (CSNA3, R$ 4,03, +6,05%) e Usiminas (USIM5, R$ 4,03, +7,75%) disparam.
As ações da Braskem (BRKM5, R$ 11,82, +9,14%) também disparam e figuram como a maior alta do Ibovespa, depois de derrocada de 10% ontem (pior desempenho diário do índice). Em relatório de hoje, o BTG Pactual comentou que, embora a empresa tenha uma história de tipicamente ir bem no ambiente econômico atual, graças a suas vantagens competitivas, força estrutural e receita em dólar, os desdobramentos da Operação Lava Jato são impossíveis de se prever, sendo, no momento, melhor ficar à margem da ação.
Ontem, os papéis desbaram com informações de que o contrato de nafta firmado com a Petrobras entre 2009 e 2014 trouxe prejuízo de R$ 6 bilhões à estatal. Conforme denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa teria recebido propina da Odebrecht para manter os preços da matéria-prima favoráveis à Braskem.
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são: