Petrobras “perde” R$ 6 bi com Braskem, Tesouro vende ações do BB e mais 6 notícias no radar

Tractebel, Hypermarcas, Petrobras e Eletrobras no radar desta sexta-feira pós pregão

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A noite desta sexta-feira (24) vem com resultados da Tractebel, Hypermarcas e Souza Cruz, enquanto a Petrobras teve um prejuízo de R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos com a venda de nafta para a Braskem, segundo o Ministério Público. Confira os destaques desta noite:

Tractebel
A geradora de energia elétrica Tractebel (TBLE3) divulgou hoje seu resultado trimestral e obteve lucro líquido de R$ 209,3 milhões, com alta de 183,8% superior ao mesmo período do ano passado, quando alcançou R$ 73,7 milhões. Em comparação ao primeiro semestre de 2014, o lucro líquido da companhia aumentou 52,6% ao fechar em R$ 554 milhões ante R$ 363 milhões.

A dívida líquida da companhia caiu de R$ 2,409 bilhões para R$ 2,079,1, mostrando queda de 13,7%. Já a receita líquida do segundo trimestre mostrou alta de 13,2% ao sair de R$ 1,364 para R$ 1,544. 

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Hypermarcas
A Hypermarcas (HYPE3) teve lucro líquido de R$ 110,9 milhões no segundo trimestre deste ano, recuo de 9,3% na comparação anual com o segundo trimestre de 2014 ao fechar em R$ 122,2 milhões. Neste primeiro semestre teve queda de 5,1%, alcançando R$ 201 milhões ante R$ 212 milhões em 2014.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 297,2 milhões, alta anual de 3,3% em relação aos R$ 287,6 milhões do ano passado.

Petrobras
Em um dos escândalos mais comentados dos últimos dias, o Ministério Público Federal afirmou nesta sexta-feira (24) que a Petrobras (PETR3PETR4) teve um prejuízo de R$ 6 bilhões entre 2009 e 2014 com a venda de nafta para a Braskem (BRKM5), petroquímica do grupo Odebrecht. As informações são da Folha de S. Paulo.

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Segundo a denúncia apresentada hoje, o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, agiu para fechar um acordo de negociação de nafta com a Braskem, em 2009, a preços abaixo do preço internacional. Antes, a nafta (principal insumo da indústria petroquímica) era vendida pelo mesmo valor do ARA (valor de referência internacional), mais US$ 2 por cada tonelada do produto.

Após a intervenção de Costa foi estabelecida uma fórmula que permitiu à Braskem comprar nafta com desconto de até 8% em relação ao preço internacional. Segundo a denúncia, em troca o ex-diretor passou a receber US$ 5 milhões por ano, valor que era dividido com o PP e o ex-deputado José Janene (PP-PR).

Em depoimento, Costa afirma ter tratado do “pagamento de vantagens ilícitas” com o empresário Bernardo Gradin, acionista do grupo Odebrecht, na época presidente da Braskem. Gradin nega.

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Souza Cruz
A Souza Cruz (CRUZ3) divulgou resultados operacionais do segundo trimestre hoje reportando um lucro líquido de R$ 831,3 milhões no primeiro semestre, uma queda de 2% na comparação anual. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,245 bilhão no período, queda de 7,1% sobre o primeiro semestre de 2014.

IMC
A International Meal Company Alimentação (MEAL3), dona das redes de restaurantes Viena e Frango Assado, informou hoje que foram eleitos novos presidente do conselho de administração e membro independente do colegiado, Patrice Etlin e Dilson Santos, em assembleia realizada no dia 17 de julho.

Os cargos antes eram ocupados, respectivamente, por Juan Carlos Torres Carretero e Humberto Eustáquio César Mota, que renunciaram em 26 de junho. 

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Eletrobras
O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, disse em sua delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato que empreiteiras, incluindo sua empresa e a Odebrecht, realizaram reuniões para discutir o pagamento de propinas a dirigentes da Eletrobras (ELET3;ELET6) em agosto de 2014, quando as investigações já estavam em andamento e eram públicas.

A revelação aparece em despacho divulgado nesta sexta-feira, em que o juiz Sérgio Moro pede a continuidade da prisão preventiva de executivos da Odebrecht, incluindo o presidente da empresa, Marcelo Bahia Odebrecht.

A Eletrobras afirmou que “já se manifestou sobre este tema em comunicados ao mercado”.

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Após a citação da Eletrobras durante as investigações, o escritório de advocacia Rosen Law Firm anunciou nesta semana que entrou com ação contra a estatal nos Estados Unidos, para reparar prejuízos a investidores que compraram ações da empresa no mercado americano entre fevereiro de 2014 e abril de 2015.

Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) em resposta à matéria publicada pelo InfoMoney disse que não tem conhecimento de qualquer ato ou fato relevante que não sejam públicos ocorridos ou relacionados aos seus negócios.

A companhia celebrou com a Cardif um contrato de aliança estratégica pelo prazo de 10 anos, com o objetivo de distribuir garantias estendidas aos seus clientes por meio de uma joint venture. Além disso, a companhia celebrou com a Cardif um acordo operacional para comercialização de seguros em geral, que também vencerá em dezembro de 2015. “Ressaltamos que a Cardif é um parceiro importante para a companhia e, neste sentido, é nossa intenção renovar o contrato ou firmar um novo contrato até o final do ano, mas que o estágio dessa avaliação ainda é preliminar e não há medidas concretas até o momento sobre o tema.” afirmou a Magazine em nota divulgada ao mercado hoje.

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Banco do Brasil
A venda de ações do Banco do Brasil (BBAS3) que estavam em poder do Fundo Soberano do Brasil (FSB) somou R$ 134 milhões, divulgou há pouco o Tesouro Nacional. Em nota, o órgão informou que a operação foi executada entre os dias 29 de junho e 15 de julho, com a comercialização de 5,625 milhões de ações ordinárias do banco.

De acordo com o Tesouro, o dinheiro arrecadado foi integralmente reinvestido no fundo, na compra de títulos públicos que compõem a rubrica Carteira Doméstica Efetiva. O valor da venda representa uma pequena fatia do total de ações do Banco do Brasil nas mãos do Fundo Soberano, que representam R$ 2,534 bilhões no fim de março, segundo os dados mais recentes.

No comunicado, o Tesouro explicou que a venda de ações foi necessária para readequar a carteira de investimentos do Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE), braço privado do Fundo Soberano administrado pelo Banco do Brasil.

Em 2008, o Tesouro Nacional constituiu o Fundo Soberano com excedente do superávit primário em torno de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das reservas). De lá para cá, o fundo foi usado para financiar a capitalização da Petrobras, em 2010, e teve parte dos recursos sacados em 2012 e 2014 para reforçar o caixa do governo em tempos de crise.

Com Agência Brasil e Reuters

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.