Estrelas cadentes da Bolsa: derrocada leva 12 ações para mínimas de anos

Gerdau e Metalúrgica Gerdau aparecem como os piores casos do setor siderúrgico; em meio à queda registrada no ano, ações voltam para menores patamares de 1999 e 2003, respectivamente

Paula Barra

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SÃO PAULO – O mercado passa por dias ruins. O Ibovespa caiu pelos últimos quatro pregões, puxado principalmente pelas ações dos bancos, Petrobras e Vale. As siderúrgicas, embora com peso menor, também desabaram em meio a um cenário cada vez mais nebuloso para o setor.

Diante desse mau humor, não é difícil encontrar ações que renovam suas mínimas de muitos anos. Um compilado feito pelo InfoMoney mostra que 12 das 66 ações do Ibovespa estão nessa situação. 

Entre as siderúrgicas – um dos setores que mais vêm sofrendo no mercado – as piores são Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que acumulam no ano quedas de 38% e 67%, respectivamente, batendo hoje seus menores patamares desde janeiro de 1999 e julho de 2003 – desconsiderando os ajustes pelos dividendos. 

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As demais siderúrgicas também renovam mínimas nessa sessão: CSN (CSNA3), que bate o menor patamar desde agosto de 2003, com queda de 29% no ano; e Usiminas (USIM3, R$ 8,75, -28,74%; USIM5, R$ 3,73, -25,73%), cuja ação ordinária atinge sua mínima desde dezembro de 2014, enquanto as preferenciais batem o menor nível desde fevereiro deste ano. 

Mas a lista não para aí. Em meio à derrocada do minério de ferro, as ações preferenciais da Vale (VALE3, VALE5) atingiram hoje o menor nível desde junho de 2005 – desconsiderando os mesmo ajustes de dividendos. Em 2015, os papéis caem 25%. Acompanham a queda, as ações da Bradespar (BRAP4), holding que detém forte participação na Vale e já desaba 34%, renovando sua mínima histórica na Bolsa.

Outros destaques
Seguindo a lista das ações que estão renovando mínimas, mas têm baixa participação no Ibovespa, os papéis da Rumo (RUMO3) – antiga ALL Logística – afundam pelo quarto pregão seguido, atingindo sua mínima histórica. Também na mínima histórica aparece a empresa de concessão rodoviária Ecorodovias (ECOR3), que acumula no ano desvalorização de 35%.

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No setor de construção civil, Even (EVEN3) volta para mínima de junho de 2009, enquanto Cyrela (CYRE3) retoma nível de março de 2009. 

Das varejistas, Cia Hering (HGTX3), que segue em queda livre na Bolsa desde a divulgação do resultado do primeiro trimestre deste ano (em maio), atinge menor cotação desde maio de 2010. A companhia divulgará seu balanço do segundo trimestre após o fechamento do dia 5 de agosto.