Venda de ativos da Petrobras, siderúrgicas, Braskem e mais 8 notícias no radar

Confira abaixo os principais destaques corporativos desta manhã e que podem mexer no pregão desta quinta-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa, às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo começa bastante movimentado nesta quinta-feira (2), com a Petrobras (PETR3; PETR4) seguindo entre os principais destaques. A Polícia Federal lançou nova etapa da operação Lava Jato nesta quinta-feira, tendo como foco das investigações o recebimento de vantagens ilícitas no âmbito da diretoria internacional da Petrobras, informou a PF em nota. Na 15ª fase da Lava Jato, denominada Conexão Mônaco, policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva no Rio de Janeiro e quatro mandados de busca e apreensão no Rio e em Niterói.

Além disso, a Petrobras informou, por meio de fato relevante, que sua Diretoria Executiva, em reunião ocorrida em 30 de junho, autorizou a elaboração de estudos com o objetivo de analisar alternativas estratégicas para a sua subsidiaria integral Petrobras Distribuidora, incluindo a possibilidade da realização de um IPO.

Segundo o Bank of America Merryll Lynch, a Petrobras pode levantar de US$ 2 bilhões a US$ 3,6 bilhões com a venda da BR Distribuidora. Para o banco, a lei antitruste deve impedir ofertas da Raizen e Ipiranga e que a oferta deve atrair companhias estrangeiras.

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A estatal assinou ainda, com a PetroRio (PRIO3), ex-HRT, os contratos para a venda de sua participação de 20% nas concessões dos campos de Bijupirá e Salema, atualmente operados pela Shell. Conforme o comunicado divulgado à noite, o valor da transação é de US$ 25 milhões, sujeito a ajustes comuns nesse tipo de operação.

Além disso, acionistas da Petrobras aprovaram na quarta-feira, em AGE (Assembleia Geral Extraordinária), mudança no estatuto social da companhia que permitiu a criação de vagas de suplentes para os membros do Conselho de Administração por dois anos, informou um acionista minoritário.

CSN (CSNA3)
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s revisou a perspectiva da nota de crédito em escala global da CSN de estável para negativa, mantendo o rating em “BB”. Além disso, a S&P rebaixou a nota de crédito da companhia em escala nacional de “brAA-” para “brA+”. Segundo a agência, a revisão de perspectiva reflete as fracas condições de mercado para siderúrgicas brasileiras, à medida em que a demanda doméstica em queda pressiona as métricas financeiras da CSN.

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A desvalorização do real em relação ao dólar aumenta a já elevada dívida da companhia e as despesas com juros, limitando sua capacidade de reduzir a alavancagem com a própria geração de caixa, disse a S&P.

Usiminas (USIM5)
A S&P decidiu rebaixar os ratings da Usiminas de “BB” para “BB-”, refletindo o enfraquecimento da performance operacional da companhia, em meio à piora das condições do mercado de aço brasileiro. Apesar disso, a perspectiva do rating é estável, devido à expectativa da agência de que a companhia vai conseguir negociar um perdão das cláusulas relativas a sua dívida.

Ainda sobre a empresa, uma reportagem de O Estado de S. Paulo aponta que a Usiminas planeja retomar a venda de ativos para enfrentar as dificuldades que virão pela frente. Segundo o jornal, a proposta de venda de ativos deverá ser feita na reunião do conselho de administração da companhia, prevista para 27 de agosto. 

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Braskem (BRKM5)
Em comunicado enviado para a Bloomberg, a Braskem disse que não irá comentar a denúncia envolvendo a companhia divulgada hoje porque, segundo a empresa, ainda não foi notificada. Um acionista, nos EUA, alega que a Braskem pagou pelo menos US$ 5 milhões por ano para a Petrobras entre 2006 e 2012 para comprar matéria-prima mais barata. “Os controles internos da Braskem foram grosseiramente ineficazes”, mostram os documentos.

O processo aponta que funcionários da Braskem fizeram falsas e enganosas declarações à SEC (Securities and Exchange Commission) sobre os controles internos da empresa.

JBS (JBSS3)
A JBS anunciou uma nova aquisição. Utilizando sua controlada indireta, Swift Pork Company, a companhia adquiriu bens, propriedades, direitos e obrigações de titularidade da Cargill Meat relacionados à criação, compra e abate de suínos e ao processamento e venda de carne suína, por US$ 1,45 bilhão, livre de dívidas, podendo ser ajustado no fechamento da Operação, pela variação do capital de giro líquido e dos passivos de longo prazo da Cargill Pork.

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Rumo (RUMO3)
A Rumo informou que realizará um grupamento de suas ações na proporção de 10 para 1 – sem mudança em seu valor de mercado -, fazendo com que seu capital social passe a ser representado por 299.015.898 ações ordinárias. As ações passam a ser negociadas grupadas em 3 de agosto. Considerando o valor de fechamento do pregão da véspera, após a operação, as ações da companhia passariam de R$ 1,30 para R$ 13,00. 

BRF (BRFS3)
A BRF comunicou que concluiu a alienação da sua divisão de lácteos para a Lactalis do Brasil, incluindo a alienação de 100% das ações de emissão da Elebat Alimentos. O valor da Transação foi de aproximadamente R$ 2,1 bilhões, segundo a companhia. “Os efeitos no resultado financeiro relacionados a essa Transação estão em fase de apuração pela Companhia e serão registrados nas suas demonstrações financeiras do 3º trimestre de 2015”, disse a BRF em comunicado.

Braskem (BRKM5)
A Braskem informou ontem que não foi notificada de processo nos Estados Unidos. Na véspera, as ações da companhia desabaram quase 5% após notícia de que um acionista da companhia processou a Braskem, acusando-a de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras que causou fortes vendas de ações da petroquímica negociadas nos Estados Unidos. 

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O autor do processo, Douglas W. Peters, quer fazer uma ação coletiva. O processo foi aberto em um tribunal federal de Manhattan em nome de indivíduos ou instituições que compraram recibos de ações da Braskem entre 1o de junho de 2010 e 11 de março de 2015, segundo documentos da corte.

Ser Educacional (SEER3)
A Ser Educacional fechou financiamento de R$ 120 milhões com a IFC (International Finance Corporation), braço do Banco Mundial, para expansão e recomposição do caixa devido aos atrasos de pagamento do Fies, financiamento estudantil do governo. A maior parte dos recursos será destinada à construção de novos campi da Faculdade Maurício de Nassau, em Aracaju e Fortaleza, além da reforma e modernização das unidades existentes em outros estados.

Caixa Econômica
A Caixa Econômica Federal anunciou na quarta-feira mais um passo na preparação para a planejada oferta inicial de ações da sua unidade de seguros, a Caixa Seguridade. 
O banco estatal anunciou a cisão parcial de seu braço de participações Caixapar, cujos ativos de seguros, capitalização, previdência complementar, consórcio e corretagem de seguros, serão incorporados pela Caixa Seguridade. 

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Os ativos mencionados incluem 48,21% da Caixa Seguros; 49% da Pan Seguros e 49% do capital da Pan Corretora.

Eneva (ENEV3)
A empresa de energia Eneva, em recuperação judicial, resolveu cancelar na véspera a assembleia geral extraordinária em que seus acionistas deliberariam sobre um aumento de capital de até R$ 3,65 bilhões. Segundo a empresa, o problema é que até o momento não foram alcançadas as condições necessárias para implementar a capitalização, de acordo com o plano de recuperação. Entre as exigências, está a postergação do vencimento do empréstimo-ponte de Parnaíba II em dois anos. 

Abril Educação (ABRE11)
A Abril Educação elegeu Daniel Cordeiro Amaral como vice-presidente administrativo e diretor de relações com investidores, em substituição a Guilherme Mélega, que assumiu a posição de CEO do Red Balloon.

(Com Reuters)