IPO da BR Distribuidora, rating de Usiminas e CSN, grupamento e mais 3 notícias no radar

Noite agitada no mercado, com Braskem comentando denúncia e Rumo informando a realização de um grupamento de ações

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Noite agitada nesta quarta-feira (1), principalmente com empresas que fazem parte do Ibovespa, caso da Petrobras, siderúrgicas, BRF, Braskem, entre outras. Confira os destaques deste after hours:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou, por meio de fato relevante, que sua Diretoria Executiva, em reunião ocorrida em 30 de junho, autorizou a elaboração de estudos com o objetivo de analisar alternativas estratégicas para a sua subsidiaria integral Petrobras Distribuidora, incluindo a possibilidade da realização de um IPO.

“Dentre as possibilidades que serão exploradas, encontram-se a atração de um sócio estratégico e a abertura de capital, tornando esta subsidiária uma companhia listada no segmento especial do mercado de ações da BM&FBovespa denominado Novo Mercado e aderente às melhores práticas de governança corporativa”, disse a estatal.

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“Esta iniciativa faz parte do Plano de Desinvestimento da Petrobras e, caso a abertura de capital venha a ocorrer, se dará através de oferta pública secundária de ações da referida companhia”, explicou a companhia no comunicado.

A Petrobras ainda afirmou que “todos os atos necessários para realização da oferta estarão sujeitos à aprovação dos órgãos internos da Petrobras e da Petrobras Distribuidora S.A., bem como à análise e à aprovação dos respectivos entes reguladores, supervisores e fiscalizadores, nos termos da legislação aplicável”.

Por fim, a companhia deixou claro que o comunicado “não deve ser considerado como anúncio de oferta e a realização da mesma dependerá de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional”.

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CSN (CSNA3)
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s revisou a perspectiva da nota de crédito em escala global da CSN de estável para negativa, mantendo o rating em “BB”. Além disso, a S&P rebaixou a nota de crédito da companhia em escala nacional de “brAA-” para “brA+”. Segundo a agência, a revisão de perspectiva reflete as fracas condições de mercado para siderúrgicas brasileiras, à medida em que a demanda doméstica em queda pressiona as métricas financeiras da CSN.

A desvalorização do real em relação ao dólar aumenta a já elevada dívida da companhia e as despesas com juros, limitando sua capacidade de reduzir a alavancagem com a própria geração de caixa, disse a S&P.

Usiminas (USIM5)
A S&P decidiu rebaixar os ratings da Usiminas de “BB” para “BB-”, refletindo o enfraquecimento da performance operacional da companhia, em meio à piora das condições do mercado de aço brasileiro. Apesar disso, a perspectiva do rating é estável, devido à expectativa da agência de que a companhia vai conseguir negociar um perdão das cláusulas relativas a sua dívida.

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Segundo a S&P, a Usiminas tem menor flexibilidade para melhorar seus produtos e sua posição no mercado. Como resultado do enfraquecimento da performance da siderúrgica, sua habilidade de gerar fluxo de caixa livre e reduzir o endividamento vai permanecer limitada. A agência ainda aponta ainda que a Usiminas vai descumprir as cláusulas restritivas de dívidas que estão para vencer.

Braskem (BRKM5)
Em comunicado enviado para a Bloomberg, a Braskem disse que não irá comentar a denúncia envolvendo a companhia divulgada hoje porque, segundo a empresa, ainda não foi notificada. Um acionista, nos EUA, alega que a Braskem pagou pelo menos US$ 5 milhões por ano para a Petrobras entre 2006 e 2012 para comprar matéria-prima mais barata. “Os controles internos da Braskem foram grosseiramente ineficazes”, mostram os documentos.

O processo aponta que funcionários da Braskem fizeram falsas e enganosas declarações à SEC (Securities and Exchange Commission) sobre os controles internos da empresa.

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JBS (JBSS3)
A JBS anunciou uma nova aquisição. Utilizando sua controlada indireta, Swift Pork Company, a companhia adquiriu bens, propriedades, direitos e obrigações de titularidade da Cargill Meat relacionados à criação, compra e abate de suínos e ao processamento e venda de carne suína, por US$ 1,45 bilhão, livre de dívidas, podendo ser ajustado no fechamento da Operação, pela variação do capital de giro líquido e dos passivos de longo prazo da Cargill Pork.

O valor ajustado do preço de aquisição deverá ser pago à vista em dinheiro e em dólares norte americanos no fechamento da Operação. Estão incluídas na operação: duas fábricas de processamento de carne em Ottumwa, Iowa e Beardstown, Illinois; cinco fábricas de ração em Missouri, Arkansas, Iowa e Texas; e quatro granjas de suínos em Arkansas, Oklahoma e Texas.

“Essa Operação está alinhada com a estratégia da JBS de longo prazo de crescimento em produtos com maior valor agregado, ampliando a base de clientes, tanto no mercado interno quanto em exportações”, afirmou a companhia em comunicado.

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A Operação foi aprovada pelo Conselho de Administração da JBS e está sujeita às aprovações de praxe, incluindo aprovação pelas autoridades de defesa da concorrência dos Estados Unidos da América. “Adicionalmente, tendo em vista que a Operação não envolve aquisição de sociedade mercantil, a Companhia esclarece que o artigo 256 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada, não se aplica ao caso”, concluiu a JBS.

Rumo (RUMO3)
A Rumo informou nesta quarta que realizará um grupamento de suas ações na proporção de 10 para 1 – sem mudança em seu valor de mercado -, fazendo com que seu capital social passe a ser representado por 299.015.898 ações ordinárias. “Os acionistas da Companhia poderão, no prazo de 01 de julho de 2015 até 31 de julho de 2015, a seu livre e exclusivo critério, ajustar suas posições de ações em lotes múltiplos de 10”, disse a empresa. As ações passam a ser negociadas grupadas em 3 de agosto.

BRF (BRFS3)
A BRF comunicou que concluiu a alienação da sua divisão de lácteos para a Lactalis do Brasil, incluindo a alienação de 100% das ações de emissão da Elebat Alimentos. O valor da Transação foi de aproximadamente R$ 2,1 bilhões, segundo a companhia. “Os efeitos no resultado financeiro relacionados a essa Transação estão em fase de apuração pela Companhia e serão registrados nas suas demonstrações financeiras do 3º trimestre de 2015”, disse a BRF em comunicado.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.