Ibovespa Futuro sobe após notícia de que a Grécia aceitará acordo; dólar vira para alta

Índice tem alta de olho em um possível acordo para resgate dos gregos, que deram ontem um calote ao FMI

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quarta-feira (1) seguindo a tendência das bolsas internacionais, que sobem em meio a notícia de que o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, está disposto a aceitar os termos da proposta enviada ao país pelos seus credores internacionais no fim de semana. Ontem, a Grécia tornou-se a primeira economia avançada a não honrar pagamento ao FMI (Fundo Monetário Internacional). No cenário doméstico o mercado reage ao reajuste de servidores do Judiciário, que deve elevar os gastos do governo em R$ 25 bilhões em 4 anos. 

Às 9h09 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para agosto subia 0,38%, a 53.985 pontos. Enquanto isso, o dólar futuro para julho sobe 0,37%, a R$ 3,150. O câmbio zerou perdas depois da divulgação do ADP Employment, o relatório que revela o número de postos de trabalho no setor privado nos EUA. Foram criados 237 mil novos empregos contra uma estimativa de 217,5 mil de pesquisa Bloomberg com 44 economistas. Um número maior do que o esperado aumenta a chance de uma elevação dos juros pelo Federal Reserve mais cedo. 

Por aqui, além do reajuste do Judiciário, fica no radar a aprovação da emenda da Medida Provisória 670 que prevê isenção de PIS/Cofins ao diesel. A emenda deve ser vetada pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT), já que custaria R$ 13,8 bilhões por ano às contas públicas. 

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Às 10h00 o Ibope divulgará pesquisa sobre a aprovação do governo Dilma. A rejeição da sua gestão havia subido de 41% em dezembro para 78% em março. 

Em destaque no noticiário corporativo, a Petrobras adiou os campos de Carcará e Júpiter para depois de 2020, disse a companhia em e-mail em resposta à Bloomberg. Segundo relatório de ontem do Bank of America Merrill Lynch sobre a Petrobras, a companhia poderia vender estes dois campos. Ainda no radar da empresa, a Seadrill fará aporte de US$ 1,2 bilhão na Sete Brasil, fornecedora da Petrobras, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Sobrevida da Grécia
As bolsas mundiais disparam nesta quarta-feira com uma notícia de que o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, irá aceitar os novos termos dos credores internacionais para um acordo de resgate. Ontem, os gregos deram um calote na parcela de 1,6 bilhão de euros que deviam para o FMI (Fundo Monetário Internacional). Com isso, o país se tornou o primeiro das economias avançadas a não honrar pagamento com a instituição.

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No fim da manhã no horário europeu (meio da manhã em Brasília), o BCE deve realizar reunião para avaliar a evolução da linha de liquidez emergencial, operação conhecida pela sigla “ELA”. Com o agravamento da crise, o volume de saques bancários cresceu rapidamente e o caixa dos bancos diminuiu ainda mais. Por isso, Atenas solicitou há alguns dias o aumento do montante oferecido ao sistema financeiro grego. O BCE, porém, negou o aumento da linha de crédito que atualmente empresta cerca de 89 bilhões de euros às casas bancárias da Grécia.

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a Grécia não cumpriu suas obrigações, mas que a porta para negociações permanece aberta.

O índice FTSE 100 sobe 1,37%, enquanto o DAX avança 2,07%, o CAC 40 tem alta de 2,46%, o FTSE MIB dispara 2,79%, o IBEX 35 vê valorização de 1,71% e o Stoxx 600 registra ganhos de 1,75%. Além das bolsas europeias, os futuros dos índices acionários norte-americanos também têm alta. O futuro do Dow Jones sobe 0,82% e o futuro do S&P tem alta de 0,77%.

Amanhã será divulgado o relatório de emprego (nonfarm payrolls) nos Estados Unidos, indicador acompanhado de perto por investidores, já que ele é usado de referência pelo Federal Reserve para medir a força da recuperação da economia dos EUA depois do fim do Quantitative Easing. Um número melhor do que o esperado pode indicar altas dos juros por lá.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.