Petrobras foca em vendas e mais 4 notícias e MMX revisa plano; confira mais 14 empresas

A estatal estaria acelerando o programa de desinvestimentos de blocos de exploração offshore e pretende completar o primeiro lote de venda nos próximos meses, disseram três fontes com conhecimento dos planos à Bloomberg

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário segue movimentado nesta sexta-feira, com destaque para a Petrobras, Souza Cruz e Embraer. Confira as principais notícias do dia:

Petrobras
No radar da Petrobras (PETR3PETR4) aparecem diversas notícias. A estatal estaria acelerando o programa de desinvestimentos de blocos de exploração offshore e pretende completar o primeiro lote de venda nos próximos meses, disseram três fontes com conhecimento dos planos à Bloomberg. A companhia teria convidado um grupo de pequenas empresas internacionais de petróleo com experiência em projetos da área para fazer proposta de compra de algumas de suas concessões, disseram as pessoas. O formato é de uma única rodada de propostas por fase. Os interessados poderão fazer propostas por ativos específicos em vez de por um pacote inteiro. 

E, segundo a agência, a estatal está acelerando o programa de desinvestimento de blocos de exploração offshore e pretende completar o primeiro lote de venda nos próximos meses, disseram 3 pessoas com conhecimento dos planos. 

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Por sua vez, o presidente da estatal, Aldemir Bendine, quer dividir a companhia em duas super diretorias “upstream” e downstream”, disseram fontes à Bloomberg. A divisão de operações “upstream” incluiria exploração e desenvolvimento de campos de petróleo e gás, enquanto a “downstream” incluiria refino de petróleo”, disseram três pessoas próximas às discussões que pediram anonimato porque as discussões são privadas. A nova estrutura seria equivalente à que Bendine utilizou quando era presidente do Banco do Brasil (BBAS3). Já foi pedido que as diretorias atuais, que hoje são sete, identifiquem posições de gerência que podem ser cortadas.

Ainda sobre a estatal, o Tribunal de Contas da União (TCU) investiga prejuízos em obras e compras de ativos da Petrobras que podem alcançar R$ 39 bilhões. O valor é a soma das perdas apuradas por conta de sobrepreço e má gestão de projetos em quatro dos principais empreendimentos da estatal, em muitos casos fatiados pelo clube de empreiteiras que são alvos da Operação Lava Jato.

Além disso, uma fonte disse que um reajuste da gasolina da Petrobras está mais difícil agora. A Petrobras voltou a sofrer com a defasagem dos preços da gasolina em relação ao mercado externo, ao mesmo tempo em que o momento de crise econômica no país, que colabora para a redução no consumo do combustível, dificulta um eventual reajuste no preço do produto, afirmou uma fonte da petroleira à Reuters. “Tem que olhar o mercado e preço. Não adianta passar para o mercado algo que o mercado não vai aceitar”, disse a fonte, preferindo ficar anônima.

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Embraer
A Embraer (EMBR3) vendeu cinco aviões A-29 Super Tucano à Força Aérea Gana, destacou a companhia em comunicado. “O contrato inclui apoio logístico para a operação destas aeronaves, assim como a instalação de sistema de treinamento de pilotos e mecânicos em Gana”, segundo comunicado.

O contrato entrará em vigor com cumprimento de determinadas condições, que deverão ser preenchidas durante o segundo semestre e o valor da transação não informado. Os aviões serão empregados em missões de treinamento avançado, vigilância de fronteiras e segurança interna.

MMX
A MMX Mineração (MMXM3), de Eike Batista, trabalha na revisão do plano de recuperação judicial da companhia com o objetivo de melhorar as condições de pagamento aos credores e, assim, garantir a adesão da maior parte deles ao plano, o qual precisa ser aprovado em assembleia sem data marcada. A empresa reconhece, no total, dívida de R$ 470 milhões com os credores, sendo que muitos contestam os valores listados, segundo o Valor

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Souza Cruz
O Bradesco BBI vê o fechamento de capital da Souza Cruz (CRUZ3) como improvável. A Aberdeen, que detém cerca de um terço do free float da Souza Cruz, somente aceitaria uma oferta de pelo menos R$ 30 por ação. Outros grandes investidores provavelmente não aceitarão oferta da BAT, segundo relatório do analista Gabriel Vaz de Lima.

“Dado que uma oferta no Brasil precisa da aceitação de pelo menos dois terços do free float para seguir com o cancelamento do registro, em nossa opinião, o fechamento de capital de CRUZ3 parece improvável”. Para o analista, o cenário mais provável é uma aquisição parcial do free float.

Os laudos de avaliação de Rothschild e Credit Suisse, de R$ 24,54 por ação e R$ 26,72 por ação, respectivamente, não ajudam muito os acionistas minoritários.

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Fras-le
A Fras-le (FRAS4) informou em comunicado ter registrado uma receita líquida consolidada de R$ 330,8 milhões entre janeiro e maio, alta de 2,2% na comparação anual. Já a receita bruta total de maio atingiu R$ 92,6 milhões, queda de 2,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior.  

Lojas Renner
A Lojas Renner (LREN3) quer que suas ações saíam da casa dos R$ 100,00, patamar que são negociadas atualmente na Bovespa. A companhia informou o mercado nesta quinta-feira (18) que irá propor, em assembleia geral extraordinária, desdobramento de suas ações na proporção de uma para cinco ações.

Com a operação, a ação da companhia, que fechou no pregão desta quinta-feira a R$ 112,60, passará a valer R$ 22,52 na Bovespa, considerando esse valor de fechamento. A reunião com acionistas ocorrerá no dia 3 de agosto, conforme informado em comunicado divulgado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta noite. Se aprovado, a companhia passará a ser representada por 639.197.825 ações ordinárias.

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Segundo a empresa, o desdobramento visa aumentar a liquidez das ações da companhia no mercado, assim como facilitar o acesso a pequenos investidores, dado que hoje para comprar um lote padrão da empresa (100 ações), o acionista precisa desembolsar praticamente R$ 11,2 mil. 

Bic Banco 
A CCB Brazil informou o Bic Banco (BICB4) que ajustou condições de pagamento da opção I na OPA, para R$ 8,3213 por ação.  

Oi
A operadora de telecomunicações Oi (OIBR4) passará a ter capital pulverizado a partir de agosto, disse nesta quinta-feira o presidente da companhia, Bayard Gontijo. 
“Em agosto, passamos a ser empresa de capital pulverizado”, disse Gontijo, durante palestra em evento da Febraban. O executivo disse ainda que a empresa deverá abrir um prazo para preferencialistas poderem converter ações em ordinárias. 

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Em março, a Oi propôs à Telemar Participações uma conversão voluntária de ações preferênciais em papéis com direito a voto, como alternativas para lidar com o atraso gerado na migração da companhia de telecomunicações ao Novo Mercado, da BM&FBovespa.

Kroton
O leilão da Uniasselvi, rede de faculdades controladas pela Kroton (KROT3), está na fase final, com três ofertantes (Acon, Carlyle e Cruzeiro do Sul), segundo reportagem da revista Exame, que não diz como obteve a informação. O resultado deve sair em julho e pode custar mais de R$ 1 bilhão. 

CCR
Após as recentes quedas e apesar do cenário macroeconômico negativo, o Santander elevou a recomendação para a CCR (CCRO3) de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para manutençãoe introduziu o preço-alvo de R$ 15 para 2016. Apesar de esperar números fracos para o segundo trimestre, com queda de 30% do lucro líquido na comparação anual, o analista Bruno Amorim destaca que os números já estão precificados no papel. 

Equatorial
A Equatorial (EQTL3) informou que o Opportunity passou a ter 5,56% das ações ordinárias da companhia. 

TIM
A TIM (TIMP3) disse na última noite que desconhece qualquer informação acerca de uma possível intenção da Vivendi com relação à compra de mais ações da Telecom Italia. Há dois dias, uma reportagem da Reuters apontava que o grupo de mídia francês Vivendi planejava aumentar fatia na companhia italiana para entre 10% e 15%.

Na sessão desta quinta-feira, as ações da TIM dispararam 5,7% em meio à notícia de que a Vivendi, que é a maior investidora da Telecom Italia, apoia a ideia de que o grupo italiano avalie a possibilidade de vender a TIM, segundo pessoas próximas ao assunto disseram à Bloomberg. À tarde, a companhia disse, no entanto, que não possuía qualquer informação com relação aos rumores mencionados, tendo ainda reiterado que a TIM é um ativo estratégico para o Grupo Telecom Italia. 

Cyrela
A Cyrela (CYRE3) aprovou programa de recompra de até 20 milhões de ações, equivalentes a 7,61% do total das ações ordinárias da companhia, pelo prazo máximo de um ano, iniciando-se em 19 de junho. O objetivo do programa é adquirir as ações para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação, com vistas à aplicação eficiente de recursos disponíveis para investimentos, com o fim de maximizar valor para os acionistas, disse a empresa, em comunicado ao mercado.

Cosan
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s revisou a perspectiva dos ratings da holding Cosan e da Cosan Indústria e Comércio de “em desenvolvimento” para “estável”, ao mesmo tempo em que afirmou a nota “BB” para as duas companhias. A perspectiva estável reflete a expectativa de que a Cosan vai integrar as operações da ALL com sucesso, após a fusão, ao mesmo tempo em que vai manter sua liquidez adequada e a capacidade financeira sólida.  

Gol 
A Gol (GOLL4) informou que o grupo australiano Macquarie, em nome de sua afialiada, Delaware Management, gestora de carteiras com clientes fora do Brasil, aumentou sua participação na companhia para 9.482.198 ações preferenciais, representando 6,8% do total de ações preferenciais da empresa. 

BR Properties
Segundo o jornal Valor Econômico, o BTG Pactual (BBTG11) busca novos investidores para OPA (Oferta Pública de Aquisição) da BR Properties (BRPR3), destacando que há grande chance do banco retirar o BC Fund da OPA da companhia. 

(Com Reuters e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.