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SÃO PAULO – O Ibovespa opera em baixa nesta sexta-feira (29) mesmo após resultados macroeconômicos brasileiros melhores do que o esperado no PIB (Produto Interno Bruto) e no consolidado das contas públicas. Desempenho da economia dos Estados Unidos fica dentro das expectativas. Dentro da carteira do índice da Bolsa, quase todas as ações caem. Lá fora, as bolsas europeias e os índices acionários norte-americanos operam em queda.
Às 12h49 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira tinha queda de 0,70%, a 53.598 pontos. Já o dólar comercial opera em alta de 0,73%, a R$ 3,1863 na compra e a R$ 3,1868 na venda.
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro teve queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2015 na comparação com o quarto trimestre do ano passado, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (27). Na base de comparação anual, a queda foi de 1,6%. Analistas estimavam retração de 0,5% no primeiro trimestre de 2014 frente o quarto trimestre, levando em conta as estimativas das medianas. Na base de comparação anual, era esperada queda de 1,8%.
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Já nos EUA, a queda do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 0,7%, na comparação anual de acordo com a segunda prévia divulgada nesta sexta-feira (29). O crescimento foi, portanto, abaixo dos 2,2% de expansão registrados no trimestre anterior e também menor do que a primeira prévia, na qual mostrou avanço de 0,2%. A expectativa do mercado era de que a retração fosse realmente de 0,7%.
O setor público consolidado registrou superavit primário de R$13,4 bilhões em abril. O Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais apresentaramsuperavits, na ordem, de R$10,6 bilhões, R$2,6 bilhões e R$208 milhões.
Para o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, disse que mesmo o número do PIB vindo melhor, o agregado ruim dos dados, que mostraram recuo nos serviços e uma força maior apenas no agronegócio, não foi um motivo para comemorar. O PIB brasileiro foi ruim, o norte-americano veio acima do esperado e a questão do BC e da CMN aumentando os compulsórios prejudicaram os bancos.
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Ações em destaque
Os bancos caem depois de notícia de que o Conselho Monetário Nacional tenta aumentar a oferta de crédito ao setor imobiliário ao mesmo tempo em que o Banco Central aumenta a alíquota do compulsório sobre depósitos a prazo de 20% para 25%, tentando compensar os efeitos em termos de política monetária. Caíam as três maiores instiruições financeiras brasileiras, Bradesco (BBDC3, R$ 26,67, -1,88%; BBDC4, R$ 28,58, -1,41%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 34,82, -1,08%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 23,19, -0,90%).
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 13,56, -0,37%; PETR4, R$ 12,65, -0,16%) abriram em alta, mas viraram para queda. No radar da estatal está a notícia de que não há qualquer decisão de desinvestimento na BR Distribuidora. A companhia estuda cortar US$ 75 bilhões em investimento de 2015 a 2019.
Na mesma direção, caem as ações da Vale (VALE3, R$ 20,52, -0,10%; VALE5, R$ 17,14, -0,35%) junto com o minério de ferro, que caiu 0,77%, a US$ 61,85 no mercado spot do porto de Qingdao, na China.
Hoje também ocorre o rebalanceamento semianual do MSCI (Morgan Stanley Capital International), índice que serve como referência para muitos fundos estrangeiros. A nova carteira do MSCI Brazil, já antecipada na metade de maio, excluirá as ações da Bradespar PN (BRAP4, R$ 11,47, +1,77%), Eletrobras ON (ELET3, R$ 6,54, -2,10%) e Gerdau Metalúrgica PN (GOAU4, R$ 7,94, -0,13%). A expectativa do Credit Suisse é que a Bovespa registre um saída de US$ 200 milhões com o rebalanceamento do MSCI devendo trazer diminuição de peso para o Brasil.
No dia em que o MSCI antecipou sua nova carteira, 13 de maio, os papéis da Bradespar, Eletrobras ON e Gerdau Metalúrgica desabaram na Bolsa. As quedas naquele pregão foram de 4,08%, 8,9% e 6,09%, respectivamente.
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
