Os 4 eventos que farão o último pregão do mês pegar fogo na Bolsa

Sexta-feira de fechamento mensal, rebalanceamento do MSCI, PIBs do 1° trimestre do Brasil e EUA

Paula Barra

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SÃO PAULO – O último pregão de maio deverá ser marcado por alta tensão na Bovespa, em meio à quatro eventos importantes que prometem trazer forte volatilidade ao mercado. 

Além de ser fechamento de semana e mês, que normalmente já traz mais volatilidade para a Bolsa, a sexta-feira (29) trará divulgação do esperado PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro do 1° trimestre, a segunda prévia do PIB americano e o rebalanceamento do MSCI (Morgan Stanley Capital International).

Confira abaixo o que esperar de cada um desses eventos:

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1°) Fechamento mensal

Seguindo o ritmo do pregão desta quinta-feira, o Ibovespa caminha para seu segundo pior mês no ano, perdendo apenas para janeiro (-6,2%). Até agora, acumula queda de 4,3%, sendo pressionado principalmente pelos papéis dos grandes bancos – Itaú Unibanco (ITUB4, -8,61%), Banco do Brasil (BBAS3, -10,46%) e Bradesco (BBDC3, -9,47%; BBDC4, -9,80%) -, que nos últimos nove pregões caíram em sete, além de Petrobras (PETR3, -4,49%; PETR4, -2,91%) e Vale (VALE3, -9,32%; VALE5, -5,23%). 

2°) MSCI 

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Além disso, amanhã trará também o rebalanceamento semianual do MSCI, índice que serve como referência para muitos fundos estrangeiros. A nova carteira do MSCI Brazil, já antecipada na metade de maio, excluirá as ações da Bradespar PN (BRAP4), Eletrobras ON (ELET3) e Gerdau Metalúrgica PN (GOAU4). A expectativa do Credit Suisse é que a Bovespa registre um saída de US$ 200 milhões com o rebalanceamento do MSCI devendo trazer diminuição de peso para o Brasil.

No dia em que o MSCI antecipou sua nova carteira, 13 de maio, os papéis da Bradespar, Eletrobras ON e Gerdau Metalúrgica desabaram na Bolsa. As quedas naquele pregão foram de 4,08%, 8,9% e 6,09%, respectivamente. 

3°) PIB (Brasil)

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O PIB do primeiro trimestre do Brasil será reportado amanhã às 9 (horário de Brasília) pelo IBGE e deve mostrar que a economia brasileira teve a primeira queda acumulada em 12 meses desde 2009. As expectativas para o segundo trimestre também não são nada boas.

Os motivos que mostram por que o PIB do 1º tri deve ser o pior em 6 anos

A estimativa é de que o PIB tenha contraído 0,6% no primeiro trimestre, de acordo com a média da projeção de 36 economistas consultados pela Bloomberg. O Itaú Unibanco está um pouco menos pessimista e prevê uma contração de  0,4% na economia em comparação ao quarto trimestre de 2014, e de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Se a projeção se confirmar, será a sétima queda consecutiva do PIB nacional, divulgado pelo IBGE. 

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4°) PIB (EUA)

Por fim, o mercado também acompanhará a divulgação da 2° prévia do PIB americano para o primeiro trimestre, que será divulgado às 9h30 (horário de Brasília). O dado é bastante seguido por investidores já que é usado para projeções sobre quando o Federal Reserve irá elevar os juros. O resultado anterior mostrou crescimento de 0,2%, mas a mediana das estimativas de mercado apontam que ele deve ser corrigido agora para contração de 0,9%. 

Nesta quinta-feira, o presidente do Fed de San Francisco afirmou que o banco central americano deve começar a elevar a taxa de juros ainda neste ano e que vai levá-la a níveis mais normais ao longo dos próximos anos.