Votações no Congresso e PIB do Brasil e EUA agitam a próxima semana na Bolsa

Maio termina com mercado de olho nos dados dos EUA tentando antecipar a alta de juros e acompanhando o ajuste fiscal no Brasil

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A semana termina bastante negativa para a Bolsa, que encerra estes cinco pregões com queda acumulada de 5,02%, aos 54.377 pontos. Muito desse desempenho se deve às fortes perdas que os bancos sofreram nestes dias com os rumores – e a confirmação – do aumento da CSLL. Enquanto isso, o dólar, que caminhava para patamares próximos de R$ 3,00, subiu forte nesta sexta-feira (22), terminando a semana a R$ 3,0951.

A última semana do mês deve se manter focada nas discussões no Congresso e no andamento dos ajuste fiscais do governo. Enquanto isso, no cenário externo, o foco deve ficar para a divulgação da segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, que decepcionou na primeira amostragem, e para a continuidade das discussões na zona do Euro sobre a ajuda à Grécia.

Logo na segunda-feira, o mercado “perde” uma de suas grandes referências com as bolsas norte-americanas ficando fechadas por conta do feriado de Memorial Day. Com isso, o volume da Bovespa deve ficar abaixo do normal, combinado ainda com uma agenda mais fraca, onde se destaca o Relatório Mensal da Dívida Pública.

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No dia seguinte, os EUA voltam ao radar com uma série de indicadores, com destaque para os dados de vendas de novas moradias, confiança do consumidor e encomenda de bens duráveis, que combinados ajudam a entender o andamento do crescimento da economia local, que tem deixado a dúvida no mercado de quando os juros devem ser elevados no país.

Por aqui, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, falará na CMO (Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização) da Câmara dos Debutados. O momento é importante não só pelos recentes anuncios do governo sobre o ajuste, mas também sobre o futuro do câmbio e dos juros, já que especialistas aguardam novidades sobre os passos do BC em relação à rolagem de swaps de julho.

Ainda na terça-feira, está agendada para ocorrer a votação da medida provisória 665, que muda os critérios para o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso, consideradas essenciais pelo governo para o futuro do ajuste fiscal.

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Resultado Fiscal e PIBs encerram a semana
Apesar de uma quinta-feira recheada de indicadores pelo mundo, o mercado deve ficar mais atento aos dados do resultado primário do Governo Central aqui no Brasil, enquanto nos EUA os números de pedidos de auxílio-desemprego podem trazer alguma novidade sobre o mercado de trabalho por lá, fato importante para o calendário da alta de juros.

A semana termina com o resultado do PIB aqui no Brasil, e a segunda prévia do crescimento econômico dos EUA, o que deve guiar o rumo dos mercado durante toda a sessão de sexta-feira. Vale ainda destacar que no dia 29 ocorre o rebalanceamento do índice MSCI (Morgan Stanley Capital Internacional), que na semana passada agitou a Bolsa com suas perspectivas de mudanças em sua composição.

Essas revisões costumam ter impacto direto no desempenho das ações, tendo em vista que os papéis que fazem parte desses índices ganham maior atratividade de fundos de investimentos internacionais – que movimentam grande quantia de capital.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.