Marfrig tem prejuízo de R$ 570,9 mi e lucro do Pão de Açúcar cai; veja mais 17 balanços

Além dos resultados, a Moody's rebaixou a incorporadora Viver, enquanto a Eletrobras informou seu plano de investimentos

Paula Barra

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SÃO PAULO – A temporada de resultados do primeiro trimestre deste ano esquenta, com a divulgação de números de diversas empresas entre a noite de quinta-feira (7) e manhã desta sexta-feira. Entre os destaques estão o Pão de Açúcar, Marfrig, a Magazine Luiza e a Cia. Hering. Confira os destaques:

Marfrig
A Marfrig (MRFG3) teve prejuízo líquido de R$ 570,9 milhões no primeiro trimestre, frente a resultado negativo de R$ 96,4 milhões no mesmo período do ano passado, informou nesta sexta-feira.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 438,5 milhões, avanço de 11,66% na mesma base de comparação.

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Pão de Açúcar
O Pão de Açúcar (PCAR4) viu seu lucro líquido cair 25,6% de janeiro a março, passando de R$ 338 milhões no início do ano passado, para atuais R$ 252 milhões. As despesas operacionais da empresa cresceram 18%, para R$ 3,2 bilhões no período. A margem Ebitda caiu 7%, para 5,5%, enquanto a receita líquida subiu 14,8%, para R$ 17,2 bilhões no primeiro trimestre.

Segundo o Itaú BBA, a companhia não foi capaz de apresentar crescimento no Ebitda e lucro líquido e é esperado resultado mais forte no segundo semestre deste ano.

A companhia destacou que as operações internacionais da empresa de vendas on-line Cnova passaram a entrar nos números grupo após o terceiro trimestre de 2014, ou seja, os números da empresa não estão incluídos no balanço do início de 2014. “Portanto, para melhor comparabilidade, foi excluído o resultado consolidado da Cnova dos primeiros trimestres de 2014 e de 2015”. Com isso, o lucro líquido do grupo todo teve alta de 7,3%, para R$ 387 milhões.

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Cetip
A Cetip (CTIP3) informou que teve lucro líquido de R$ 120,8 milhões no primeiro trimestre, alta de cerca de 20% ante igual etapa de 2014. O resultado veio pouco acima da previsão média de analistas ouvidos pela Reuters, de R$ 113 milhões. Em bases recorrentes, a maior central de liquidação e custódia de títulos privados da América Latina teve lucro líquido de R$ 152,6 milhões, aumento de 13,9% ante um ano antes. 

De janeiro a março, a receita líquida da Cetip subiu 11% sobre um ano antes, para R$ 266,8 milhões. O avanço foi liderado pela unidade de títulos, com avanço de 18,8%, diante do faturamento quase 32% maior nos serviços de custódia e de transações.

Segundo o Itaú BBA, a desaceleração dos custos foi o destaque positivo no balanço. Os analistas esperam reação positiva das ações neste pregão. Para o Bradesco BBI, os resultados foram robustos, com boas notícias vindas de receita e despesas. 

O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), ajustado somou R$ 190,9 milhões, alta anual de 12,5%. Incluindo efeitos extraordinários, o Ebitda cresceu 11,2%, para R$ 186 milhões. A margem Ebitda ajustada subiu 0,9 ponto percentual, a 71,5%.

Hering
A Hering (HGTX3), grupo empresarial que abrange marcas como Hering Kids, Dzarm e PUC, que em 2014 alcançou lucro líquido de R$ 64,578 milhões no primeiro trimestre, divulgou balanço com queda de 35,7% ao fechar com lucro de R$ 41,510 milhões entre janeiro e março deste ano. Segundo a empresa, o resultado foi afetado pela queda do resultado operacional e pelo aumento de 83,1% da despesa financeira líquida, a R$ 12,3 milhões, refletindo aumento dos juros.

“Os desafios de 2015, apesar de já esperados, causaram impacto significativo no resultado”, afirmou a empresa. “A deterioração do ambiente de consumo tem sido amplificada pela aversão ao risco dos canais franquia e multimarca.”

Com receita líquida de R$ 347,039 milhões, teve uma queda de 12% em relação ao mesmo período de 2014, quando foi de R$ 394,441. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia foi de R$ 47,141 milhões, 50% menor que os R$ 94,497 milhões de 2014.

Já as despesas operacionais subiram 3,2%, com adição líquida de oito lojas próprias nos últimos 12 meses e maiores investimentos em publicidade e marketing. Para 2015, a empresa espera continuidade do cenário difícil. “Acreditamos que as dificuldades devem persistir nos próximos trimestres a despeito das ações já implementadas para melhorar nossa oferta de produtos e recuperar crescimento de vendas”, disse a empresa.

Lojas Americanas
A Lojas Americanas (LAME4) registrou uma queda de 14,3% no lucro líquido, para R$ 22,208 milhões ante R$ 25,923 milhões do mesmo período do ano passado. Já a receita líquida da empresa ficou em R$ 4,095 bilhões no primeiro trimestre, alta de 20,7% ante os R$ 3,391 bilhões dos primeiros três meses do ano passado. 
O Ebitda ajustado foi de R$ 453,8 milhões, avanço de 18,1% na mesma base de comparação.

Para o BTG Pactual, a companhia segue como uma de suas top picks, com margens definidas para melhorar no segundo trimestre. 

B2W Digital
O prejuízo da B2W Digital (BTOW3) caiu 12,5% no primeiro trimestre, passando de R$ 57,615 milhões para R$ 50,408 milhões. A receita líquida, por sua vez, subiu 23,5% na mesma base de comparação e atingiu R$ 2,137 bilhões.  
O custo de vendas subiu 27% na comparação anual e passou de R$ 1,311 bilhão para R$ 1,665 bilhão. 

O BTG Pactual destacou que a companhia teve crescimento forte de vendas e revelou iniciativas para melhorar seu desempenho.

Gafisa
A incorporadora Gafisa (GFSA3) encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 31,65 milhões, revertendo prejuízo de R$ 39,79 milhões em igual período do ano anterior, informou na noite de quinta-feira. O Ebitda ajustado da empresa foi de R$ 96,36 milhões, avanço de 264% na mesma base de comparação.

Segundo o BTG Pactual, os números foram ligeiramente melhor do que o esperado, principalmente estimulado pelo “ramp-up” das operações da Tenda. Para os analistas, a companhia, provavelmente, continuará enfrentando desafios para melhorar o ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido).

Suzano
A Suzano (SUZB5), empresa que opera nos segmentos de papel e celulose de mercado, reverteu lucro de R$ 201 milhões do primeiro trimestre de 2014 para prejuízo de R$ 762 milhões nestes primeiros três meses de 2015. A receita líquida fechou em R$ 2,147 bilhões, 53,4% maior que a do ano passado quando foi de R$ 1,400 bilhão. O Ebitda neste primeiro trimestre foi de R$ 932 milhões, uma diferença de R$ 443 milhões em relação ao ano passado, aumento de 90,5%. Por fim, a margem Ebitda foi de 43,4%, com diferença de 8,4 pontos percentuais em relação aos 35% do primeiro trimestre de 2014.

Segundo o Itaú BBA, a companhia continua apresentando melhora nos resultados e processo de desalavancagem está em curso. A ação segue como top pick do banco. Para o Bradesco BBI, o “momentum” positivo no lucro continua, destacando que o desempenho operacional robusto de custos compensou a deterioração pior do que o esperado na divisão de papel. 

Iochpe-Maxion
A Iochpe (MYPK3), empresa de auto-peças, divulgou resultado do primeiro trimestre de 2015 e atingiu lucro líquido de R$ 62,978 milhões, uma diferença positiva de 92% em relação aos R$ 35,926 milhões de 2014. A receita fechou em R$ 1,51 bilhão, 9,1% acima dos R$ 1,38 bilhão do ano passado. Com um Ebitda 27,8% maior que o do mesmo período de 2014, que fechou em R$ 115,017 milhões, agora em R$ 147,048 milhões.

Segundo o Itaú BBA, os resultados foram fracos, com endividamento elevado, sendo a grande preocupação, o que, provavelmente, continuará reduzindo o desempenho da ação. Para o Bradesco BBI, é esperado uma reação negativa do mercado, destacando que o desempenho operacional continuou sendo afetado negativamente pelas operações no Brasil. 

Eztec
A Eztec (EZTC3) teve lucro líquido de R$ 133,1 milhões no primeiro trimestre, com receita líquida de R$ 231,7 milhões. 

Para o BTG Pactual, a companhia mais uma vez manteve a lucratividade, apesar da demanda menor e estoques maiores, enquanto manteve o endividamento em níveis baixos. 

Even
A Even (EVEN3), construtora e incorporadora, divulgou resultados do primeiro trimestre de 2015 esta noite e mostrou lucro de R$ 31,058 milhões, uma queda de 42% em relação aos R$ 53,813 milhões de 2014. Sua receita foi de R$ 467,638 milhões,R$ 7,851 milhões a menos em comparação ao período de 2014. O Ebitda encerrou em R$ 71,699 milhões, 12% abaixo do ano passado quando foi de R$ 81,747. A margem Ebitda foi de 15,3%, 1,9 p.p a menos que em 2014.

O Itaú BBA espera reação negativo do mercado após os números, com dados mais fracos em função de margens operacionais menores. A companhia foi rebaixada para market perform (desempenho em linha com a média) pelo Bradesco BBI. O banco diz acreditar que o setor agora precisa de prêmio de risco ainda mais elevado, dado o cenário macroeconômico e restrições de crédito em curso. “A ação tem superado o desempenho do setor nas últimas semanas e estes resultados trimestrais devem inverter essa tendência”, disseram os analistas.

Estácio
A Estácio (ESTC3), rede de educação, mostrou lucro de R$ 130,6 milhões, uma variação positiva de 3,8% em relação aos R$ 125,8 milhões do período semelhante em 2014. Sua receita foi de R$ 722,3 milhões, com 34,2% a mais que 2014, uma diferença de R$ 184,1 milhões. Seu Ebitda foi de R$ 195,9 milhões, em relação aos R$ 129,4 milhões, um aumento de 51,4%. A margem fechou em 27,1%, 3,1 p.p a mais que 24% de 2014.

Segundo o Itaú BBA, os resultados foram bons, com a companhia reduzindo o cancelamento entre trimestres para 2,9% da sua base de alunos, contra 3,6% no quarto trimestre. Para os analistas, controlar as desistências parece ser o foco em 2015 com menor disponibilidade de contratos do Fies. O Bradesco BBI destacou crescimento sólido da base de alunos, apontando que a companhia deve seguir mostrando bons resultados durante o ano.

Tegma
A Tegma (TGMA3), uma das maiores empresas de logística do brasil, fechou o trimestre com lucro de R$ 7,5 milhões, R$ 0,7 milhões a mais que ano passado, diferença de 10,2%. Seu Ebitda foi de R$24,4, enquanto em 2014 atingiu R$ 33,4, uma diferença negativa de 26,7%. Sua margem Ebitda fechou em 8,6%, com 1,6 p.p de diferença negativa. Por fim, sua receita líquida foi de R$ 284,9 milhões, 13% menor que em 2014, quando foi de R$ 327,4 milhões.

Após balanço, a companhia foi rebaixada para market perform pelo Bradesco BBI. Para o banco, os resultados negativos indicam que o plano de corte de custos não tem sido suficiente para manter margens na faixa de 13% a 15% para o segmento automotivo. 

Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) encerrou o trimestre com lucro de R$ 2,9 milhões, queda de 86,1% em relação aos R$ 20,5 milhões de 2014. Sua receita também foi mais baixa este trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado, fechando em R$ 2,252 bilhões, diferença de 0,7% negativos aos R$ 2,268 milhões. O Ebitda encerrou em R$ 127 milhões, 5,5% a mais que em 2014, contra R$ 120,8 milhões. A margem Ebitda foi de 5,7%, um aumento de 0,4 p.p.

Segundo o BTG Pactual, a receita segue melhorando gradualmente apesar dos resultados financeiros afetarem o resultado líquido. “A lucratividade está em níveis decentes”, disseram analistas do banco.

CPFL Renováveis
Mesmo com um aumento da produção e da energia contratada, a CPFL Renováveis (CPRE3teve prejuízo de R$ 64,6 milhões no primeiro trimestre do ano, refletindo, principalmente, as despesas causadas pelo elevado déficit de geração hídrica no período. O prejuízo representa alta de 19% na comparação com a perda registrada nos primeiros três meses de 2014.

O Ebitda avançou 48,9%, para R$ 177,5 milhões, e a margem Ebitda cresceu 7,4 pontos percentuais, para 48,7%. A geração de caixa cresceu 49% no trimestre, para R$ 178 milhões. Segundo a companhia, desconsiderando “gastos extraordinários”, teria registrado prejuízo de R$ 10,3 milhões no período, ante um lucro de R$ 17,8 milhões do mesmo intervalo do ano passado. A receita líquida da companhia cresceu 26,1% no período.

São Carlos
A São Carlos (SCAR4) registrou um lucro líquido de R$ 
62,7 milhões, considerando o ganho na venda de ativos. O lucro líquido recorrente fecha o trimestre em R$ 27,9 milhões, queda de 9,7%, com margem líquida de 38%.

A receita bruta com locações aumentou 9,4%, atingindo R$ 78,9 milhões, enquanto o Ebitda recorrente subiu 11%, para R$ 65,2 milhões. 

ABC Brasil
O banco ABC Brasil (ABCB4) atingiu um l
ucro líquido de R$ 80,3 milhões no primeiro trimestre, apresentando crescimento de 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 70,7 milhões. O ROAE (Retorno anualizado sobre o Patrimônio Líquido) atingiu 14,5% ao ano no primeiro trimestre deste ano, apresentando redução de 0,1 ponto percentual em relação aos três primeiros meses de 2014.

A carteira de Crédito Expandida encerrou o período com saldo de R$ 21,3 bilhões, apresentando crescimento de 16,2% nos últimos 12 meses e de 3,6% no trimestre. No segmento Corporate, o crescimento foi de 16,2% nos últimos 12 meses e de 4,1% no trimestre, e no segmento Empresas, cresceu 16,5% nos últimos 12 meses e permaneceu estável no trimestre.

Equatorial
A Equatorial revelou uma receita operacional líquida de R$ 1,679 bilhão no primeiro trimestre deste ano, contra R$ 1,325 bilhão no mesmo período de 2014. O lucro líquido da empresa passou de R$ 15 milhões para R$ 85 milhões nos primeiros meses de 2015. 

Após balanço, o Bradesco BBI rebaixou a recomendação da companhia para market perform (desempenho em linha com a média). 

Linx 
A Linx (LINX3) registrou lucro líquido de R$ 15 milhões no primeiro trimestre, contra estimativa de R$ 14,8 milhões de analistas consultados pela Bloomberg.

Segundo o Itaú BBA, a companhia mostrou resultados resilientes em meio à cenário econômico fraco. Para os analistas, novos contratos com grandes varejistas devem gerar receita adicional nos próximos trimestres.