Lucro da Braskem cai 50% e Oi tem prejuízo de R$ 401,3 mi no 1° tri; veja mais

Balanços de 18 empresas foram divulgados entre a noite de ontem e a manhã desta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – A temporada de balanços do primeiro trimestre segue aquecida na manhã desta quinta-feira (7). Somente na noite da véspera foram 14 empresas que soltaram seus números. Hoje, os destaques ficam com os balanços da Braskem, Oi, BB Seguridade e Anima referentes aos meses de janeiro e março de 2015. Confira os balanços abaixo:

Braskem
A Braskem (BRKM5) viu sua receita líquida cair 14% do primeiro trimestre de 2014 para 2015, indo para R$ 10,95 bilhões, pelos preços menores de petroquímicos, que seguiram com a dinâmica do mercado global, mas que foi suavizada pela depreciação média do real em 12% no período. Em dólares, a receita caiu 22%.  

O lucro líquido da empresa ficou em R$ 204 milhões, contra R$ 396 milhões no ano anterior, queda de 49%.  

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Oi
A operadora de telefonia Oi (OIBR4) encerrou o primeiro trimestre de 2015 com prejuízo líquido consolidado de R$ 401,3 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 228 milhões obtidos no mesmo período do ano passado, em um desempenho mais fraco que a média esperada pelo mercado. Analistas, em média, esperavam prejuízo líquido de 342 milhões de reais para a Oi, com Ebitda de 1,97 bilhão. 

O resultado do primeiro trimestre inclui os impactos contábeis da descontinuação das operações da PT Portugal SGPS desde que o ativo foi colocado à venda, disse a Oi. Nas operações continuadas, a Oi teve prejuízo de 414 milhões de reais. A receita líquida fechou o trimestre com leve baixa de 0,9% sobre o período de janeiro a março de 2014 e com recuo de 3,9% sobre os três últimos meses do ano passado, a cerca de R$ 7 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Oi totalizou R$ 2,011 bilhões no período, uma baixa de 34,6% na comparação anual. A margem Ebitda da Oi recuou no período de 43,3% para 28,6%. 

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BB Seguridade
A companhia de seguros BB Seguridade (BBSE3) teve lucro líquido de R$ 949 milhões no primeiro trimestre, alta de 46% sobre igual período do ano anterior, informou nesta quinta-feira. 

 O desempenho foi impulsionado pelo forte desempenho operacional e pelo resultado financeiro, com melhora nos negócios de distribuição e nas coligadas de seguros, resseguros, previdência e capitalização, disse.

PDG
A construtora PDG (PDGR3) encerrou o trimestre com prejuízo de R$ 161,7 milhões, revertendo o lucro de R$ 2,8 milhões no primeiros trimestre de 2014. A receita líquida foi de R$ 661 milhões no período, queda de 41% na comparação com o mesmo período ano passado. Já o Ebitda fechou o trimestre em R$ 47,650 milhões, 76% a menos que os R$ 195,047 milhões de 2014. A margem Ebitda teve queda de 10,2 p.p, para 7,2%. 

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Nos três primeiros meses do ano, a construtora lançou apenas um empreendimento com VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 23 milhões e 187 unidades. A companhia informou que o projeto já atingiu 70% de vendas até o momento. A companhia diminuiu seu volume de lançamentos no trimestre para dar foco à venda de estoque e conclusão das obras em andamento, dando continuidade ao ciclo de geração de caixa operação e desalavancagem. 

Anima
A Anima Educacional (ANIM3) teve lucro líquido de R$ 65,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, valor 45,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. A receita líquida totalizou R$ 218,5 milhões, crescimento de 58,5%. 

O Ebitda ficou em R$ 73,3 milhões, 66% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2014, enquanto a margem Ebitda foi de 33,6%, contra 32% no ano anterior.

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Cosan
A Cosan (CSAN3) registrou prejuízo líquido de R$ 43,7 milhões no primeiro trimestre, refletindo, entre outros fatoes, os efeitos da desvalorização cambial, além da desconsolidação dos resultados da Rumo a partir do quarto trimestre do ano passado. No primeiro trimestre de 2014, a companhia havia registrado lucro líquido de R$ 256,1 milhões. 

Já a receita líquida da companhia subiu 6%, para R$ 9,946 bilhões. Enquanto isso, o Ebitda caiu 6,1%, para R$ 876,5 milhões, assim como a margem Ebitda, que recuou 11,1 pontos percentuais, para 8,8%. 

Ultrapar
A Ultrapar (UGPA3) reportou lucro líquido de R$ 386,6 milhões no primeiro trimestre, 55% maior do que o registrado no mesmo período de 2014. O crescimento refletiu o resultado operacional e da receita em todas as unidades de negócio da companhia. 

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 receita líquida ficou em R$ 17,404 milhões, aumento de 9% no períodoJá o Ebitda aumentou em 41%, indo para R$ 987 milhões, enquanto a margem Ebitda foi de 5,7%, 1,3 p.p maior que os 4,4% do primeiro trimestre de 2014.

BTG Pactual
O BTG Pactual (BBTG11) encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 854 milhões, alta de 2,6% em relação ao mesmo período de 2014. O ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) caiu de 20,2% para 18%. Já as receitas totais do banco subiram 15% na comparação anual, para R$ 1,96 bilhão. 

O banco informou ter feito uma baixa de 25% do investimento inicial na Sete Brasil, que era de R$ 1,118 bilhão, com efeito negativo de R$ 280 milhões no resultado (antes de impostos) da área de “principal investments”. O banco é um dos principais sócios da empresa, que contratou sondas para fretar para a Petrobras, mas que tem tido dificuldades em financiar suas operações. 

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Via Varejo
A Via Varejo (VVAR3), maior grupo varejista de bens duráveis do País, registrou queda de 1,1% nas vendas líquidas de janeiro a março, para R$ 5,4 bilhões, com vendas de pontos em operação há mais de 12 meses em queda de 2,3% no período.

O lucro líquido da companhia teve alta de 33,7%, para R$ 239 milhões no primeiro trimestre deste ano. Já o Ebitda creceu 6,1%, para R$ 515 milhões no período. 

Arezzo
A Arezzo (ARZZ3), líder no setor de calçados, bolsas e acessórios femininos no Brasil, divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2015 hoje e encerrou o período com lucro líquido de R$ 18,1 milhões, crescimento de 4,1% na comparação com o mesmo período de 2014. 

A receita líquida totalizou R$ 236,2 milhões, alta de 10,7% utilizando a mesma base de comparação. Já Ebitda (Lucro antes impostos, juros, depreciação e amortização) somou R$ 28,1 milhões, 3% maior que o do ano passado. A companhia disse que todos os resultados vieram em linha com o projetado, com exceção da margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) que fechou em 11,9%, com uma diferença negativa de 0,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de 12,8%.

Aliansce
A Aliansce (ALSC3), empresa administradora de shoppings centers, divulgou balanço hoje e alcançou lucro líquido de R$ 1,787 milhões, uma queda de 45,1% comparados aos R$ 3,253 milhões lucrados no mesmo período de 2014.

A receita líquida foi de R$ 123,628 milhões, 5,4% maior que os R$ 117,266 milhões alcançados no primeiro trimestre de 2014. Seu Ebitda cresceu 5,3% em comparação ao ano passado, quando foi de R$ 79,581 milhões, fechando em R$ 83,807 milhões neste trimestre. Por fim sua margem Ebitda teve queda ao fechar em 67,8%, 0,1 p.p a menos que em 2014, de 67,9%.

Mills
A Mills (MILS3), fornecedora de equipamentos de construção, divulgou balanço nesta noite e comunicou que está procurando progressos nos resultados através de esforços internos. A empresa, no entanto, registrou um prejuízo líquido de R$ 14,5 milhões no trimestre, contra resultado negativo de R$ 6,2 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

A receita líquida ficou em R$ 163,9 milhões, R$ 43,9 milhões a menos que no primeiro trimestre de 2014 (-9,9%). Já o Ebitda caiu 55,9%, para R$ 47,4 milhões, enquanto a margem Ebitda recuou de 30,6% para 28,9% estre trimestre.

Sonae Sierra
A Sonae Sierra (SSBR3), uma das maiores incorporadoras, proprietárias e administradoras de shopping centers do país, anunciou seu balanço hoje e no release dos resultados destacou o aumento de 27,8% de seu lucro líquido, que foi de R$ 19,3 milhões este trimestre contra R$ 15,1 milhões no primeiro trimestre de 2014.

Sua receita líquida também aumentou, um crescimento de 9,3% influenciado pelo crescimento orgânico e menores descontos nos contratos de aluguel, e foi de R$ 74,3 no primeiro trimestre do ano passado para R$ 81,2 milhões neste trimestre. O Ebitda teve aumento de 14,4% e foi de R$ 20,5 milhões para R$ 57,8 milhões. A margem Ebitda aumentou 3,2 p.p ao sair de 68% no primeiro trimestre de 2014 e fechar agora com 71,2%.

TOTVS
A Totvs (TOTS3) teve lucro líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 71,057 milhões, aumento de 15,5% na comparação com o mesmo período de 2014. O resultado refletiu  o crescimento da receita líquida (+6,3%), que atingiu R$ 458.971 milhões, assim como o resultado financeiro positivo de R$ 14,657 milhões, além do menor crescimento das despesas com depreciação e amortização.

O Ebitda fechou em R$ 114,941 este trimestre, 0,6% maior que os R$ 114,231 do mesmo período do ano passado. A margem Ebitda teve queda de 1,5 p.p, indo para 25%.

Energias do Brasil
A Energias do Brasil (ENBR3) teve lucro líquido de R$ 83,6 milhões no primeiro trimestre, queda de 16,1% na comparação anual. O resultado foi pressionado pela piora no resultado líquido de Pecém I, com maiores despesas financeiras no período, além do resultado negativo em R$ 2,3 milhões da usina Santo Antônio do Jari e do resultado negativo da Ceja, de R$ 10,6 milhões, disse a empresa nesta quarta-feira.

A receita líquida ficou praticamente estável na comparação anual, com leve alta de 0,5%, a R$ 2,1 bilhões. O Ebitda teve leve alta de 0,5%, a R$ 408,55 milhões.

Locamérica
A Locamérica (LCAM3), locadora de veículos e gestora de frotas terceirizadas, anunciou lucro líquido de R$ 6,4 milhões, 28,6% maior que os R$ 4,9 milhões do primeiro trimestre de 2014.

A receita líquida atingiu R$ 173,9 milhões, crescimento de 23,7% na comparação com o ano passado. O Ebitda cresceu 30,2%, para R$ 53,8 milhões, enquanto a margem Ebitda também teve alta de 6,7 p.p, indo para 55,7% este trimestre. 

SLC
A SLC (SLCE3), uma das maiores produtoras agrícolas em termos de plantação de algodão, soja e milho do país, apresentou seus resultados hoje e obteve lucro de R$ 33,208 milhões, com uma queda de 24,7% em relação aos R$ 44,091 milhões lucrados no mesmo período do ano passado.

A receita líquida também teve queda ao fechar em 9,1%, 3,5 p.p a menos que os 12,6% de 2014. Acompanhando as quedas dos índices acima, o Ebitda da empresa também foi menor e fechou em R$ 49,798 milhões, 36,1% mais baixo que os R$ 77,940 milhões do período de 2014. A margem Ebitda do trimestre foi de 18,4%, 12 p.p menor que 30,4% alcançada em 2014.

Eucatex
A Eucatex (EUCA4), produtora de painéis de madeira, que também atua nos segmentos de tintas, vernizes, pisos laminados, divisórias e portas, anunciou nesta quarta-feira o balanço deste primeiro trimestre. A empresa encerrou o período com lucro líquido de R$ 2,1 milhões, queda de 81,7% quando comparado com 2014. O lucro líquido recorrente, no entanto, caiu 75,6%, para R$ 4,2 milhões no trimestre.

Já a receita líquida subiu 5,5% ao fechar o trimestre em R$ 278 milhões. O Ebitda ajustado recorrente fechou estável, em R$ 47,8 milhões, enquanto a margem Ebitda ajustada recorrente teve queda de 0,9 p.p, para 17,2%. 

(Com Reuters)