Os números da Apple que falam por si só

Valor de mercado da Apple gira hoje em torno de US$ 772 bilhões, praticamente metade do PIB brasileiro

Paula Barra

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SÃO PAULO – A gigante de tecnologia Apple reportou nesta semana seus números do primeiro trimestre – uma leitura que no primeiro olhar já impressiona quem vê. As vendas da companhia chegaram a US$ 58 bilhões no segundo trimestre fiscal – correspondentes a praticamente três produtos: iPhone, iPad e Mac. Número muito superior ao registrado pela Petrobras (PETR3; PETR4), considerada a riqueza do Brasil. A petroleira reportou receitas de US$ 33,4 bilhões no quarto trimestre – referentes aos seus últimos dados atualizados. Na realidade, bastariam as vendas de iPhones (US$ 40,28 bilhões) para superar a brasileira.  

A Petrobras é uma das maiores empresas do Brasil. A Apple é a maior empresa dos Estados Unidos – e do mundo. E a história de não para por aí. Desde o ano passado, analistas projetam que a valorização de suas ações poderia levar a americana para valor de mercado de excepcional US$ 1 trilhão. A título de comparação, no mundo, apenas 15 países possuem um PIB (Produto Interno Bruto) nominal desta grandeza. Mas não é preciso ir tão longe.

Hoje, o valor de mercado da empresa está em torno de US$ 772 bilhões, o equivalente a R$ 2,3 trilhões, ou metade do PIB brasileiro. Isso representa 1% do valor de mercado de todas as bolsas do mundo somadas, que gira próximo a US$ 72 trilhões.

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Com toda a robustez dos seus resultados, com as vendas quebrando recordes atrás de recordes, a posição de caixa da Apple chegou a US$ 194 bilhões, gerando uma alocação de caixa que certamente muitas empresas, como a própria Petrobras, gostariam de ter. 

Para se ter uma ideia, segundo cálculos da casa de research Empiricus, a posição de caixa mais o equivalente de caixa de todas as empresas brasileiras listadas soma o equivalente a US$ 400 bilhões, ou seja, menos do que o caixa da Apple. 

E voltando à receita, o faturamento da companhia seria capaz atualmente de comprar quase que qualquer uma das empresas listadas na Bovespa, com exceção da Ambev, que vale US$ 99,87 bilhões, Itaú Unibanco (US$ 69,34 bilhões) e a Petrobras (US$ 61,75 bilhões). Usando-se o lucro como comparação, seriam 13 companhias que a Apple não conseguiria comprar. Parece que está na hora de começar a dizer que o petróleo é importante, mas não é o mais estruturante do futuro do que a tecnologia da informação.