Em semana histórica, Petrobras traz alívio, Vale dispara 30% e dólar afunda

Índice fecha no maior patamar do ano com altas expressivas de Petrobras e Vale; China e Grécia estiveram no radar dos investidores

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa teve uma forte alta de 4,89% nesta semana, a terceira alta semanal em 4 períodos e com isso o índice fechou hoje no maior patamar do ano. A última vez que o benchmark da Bolsa brasileira esteve acima do nível atual foi em 14 de outubro de 2014. Os grandes responsáveis foram a Petrobras e a Vale, os papéis mais famosos e mais líquidos do mercado, que ressurgiram depois de uma forte tendência de quedas. 

Já o câmbio, aproveitando o otimismo com o mercado brasileiro, teve uma forte apreciação, ou seja, o dólar comercial caiu 2,84%, de R$ 3,0414 no fechamento da sexta-feira passada para R$ 2,9550 o fim do pregão de hoje. 

Veja os 5 eventos que explicam a Bolsa nesta semana:

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1. Balanço da Petrobras
Depois de cinco meses de atraso, o tão aguardado resultado da Petrobras (PETR3; PETR4) do exercício de 2014 saiu. E o balanço mostrou simplesmente o pior prejuízo de uma empresa de capital aberto brasileira desde 1995. Foram R$ 21,587 bilhões de lucro negativo, colaboraram os R$ 44,63 bilhões em desvalorização de ativos e os R$ 6,194 bilhões de baixas contábeis em corrupção. No entanto, a transparência mostrada pela gestão de Aldemir Bendine, aliada à valorização semanal do petróleo ajudaram a ação preferencial da empresa subir 1,92% e a ordinária saltar 10,78% nos últimos cinco dias. Foi a sexta semana seguida de alta da petroleira. 

2. Compulsórios na China
De tanto o mercado esperar, outra coisa que saiu foram os estímulos na China. A segunda maior economia do mundo reduziu a proporção de requisição de reserva (RRR) para todos os bancos em 100 pontos básicos para 18,5%, a partir do dia 20 de abril, disse o banco central chinês em comunicado em seu website.

3. Minério em recuperação
A commodity com 62% de pureza em Qingdao disparou 5,5% nesta sexta-feira (24), a US$ 57,81, o maior nível desde 16 de março e já tem alta de 13,5% na semana. Já o indicador do preço do minério para entrega imediata no porto de Tianjin subiu 5,9%, para US$ 57, nesta sexta-feira, o maior nível desde os US$ 57,60 registrados em 17 de março, segundo o The Steel Index. Diante disso, não podia dar outra, as ações da Vale (VALE3; VALE5) subiram impressionantes 30,34% para a ordinária (melhor semana em 16 anos) e 25,15% para as preferenciais. 

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4. Grécia na UTI
A Grécia continua no radar com as renegociações tensas com a reunião ministros das finanças da zona do euro ocorrendo nesta sexta. Os colegas de Yanis Varoufakis pedem que o governo grego se apresse na apresentação de um plano que detalhe como o país pretende pagar sua dívida com credores internacionais. Alguns deles, inclusive, têm manifestado aborrecimento com a falta de progresso nas negociações. “Já estou bastante irritado com essa questão”, disse o ministro de Finanças da Áustria, Hans Jörg Schelling. A Grécia terá de pagar 6 bilhões de euros em dívidas para o Banco Central Europeu (BCE).

5. Dólar afunda
Muita gente no mercado esperava uma alta do dólar, mas o que ocorreu foi o contrário. Segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, apesar do momento ainda ser complicado, algumas sinalizações recentes alimentaram a onda vendedora superior da divisa americana, dentre elas o balanço da Petrobras e a percepção de melhora na articulação política do governo. “Com o embate entre governo e Congresso, Levy acabou assumindo a articulação das suas próprias medidas. Uma das coisas que ele colocou em xeque foi que, se o Congresso mantivesse seu atual comportamento, o governo seria prejudicado, mas também o seria todo o País”, observou. Isso, diz o especialista levou o risco político por água abaixo. “Já não há mais o mesmo enfrentamento, a gente vê uma melhora no cenário interno”, argumenta Galhardo. 

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