Petrobras cai 4% após 5 altas; CSN dispara com possível venda de fatia na Usiminas

Confira os principais destaques da Bovespa nesta quinta-feira (16)

Lara Rizério

Publicidade

Usiminas (USIM3, R$ 19,06, -0,47%; USIM5, R$ 5,45, +3,61%)
Após ter disparado 14% na véspera em meio a notícia de que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu que a operação de compra da participação da Previ na Usiminas pela Ternium disparou a obrigação de oferta pública de aquisição pelas ações ordinárias da siderúrgica brasileira, as ações ON da siderúrgica abriram com um movimento de leve realização, mas logo zeraram as perdas. Já as ações PNA registram leves ganhos

E a disputa na companhia continua: a Justiça de Minas Gerais concedeu na quarta-feira liminar que suspende a eleição do empresário Lírio Parisotto para vaga no Conselho de Administração da Usiminas, após eleição ocorrida no último dia 6. A liminar também suspendeu a eleição do suplente de Parisotto, Mauro Cunha, presidente do Conselho da associação de acionistas minoritários Amec. O pedido de liminar foi feito pela Ternium, membro do grupo de controle da siderúrgica e que afirmou que a eleição de ambos foi ilegal.

Ainda sobre a Usiminas, a CSN (CSNA3, R$ 6,69, +5,52%) estuda se desfazer da participação da companhia, de acordo com informações da Agência Estado. A intenção é vender para um dos controladores os papéis com um prêmio em relação ao valor negociado em Bolsa. A CSN tem quase 12% dos papéis ON da companhia e sobe forte em meio a essa notícia, chegando a subir mais de 8% na máxima do dia. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Petrobras (PETR3, R$ 12,87, -4,17%, PETR4, R$ 12,77, -4,20%)
Após cinco sessões de alta e de ter acumulado ganhos de 40% só em abril, as ações da Petrobras registram queda de cerca de 1%. No radar da empresa, ela 
 informou ontem que o plano de desinvestimento da companhia divulgado no início de março não inclui ativos do pré-sal, além da queda do petróleo após a forte alta da véspera. 

A empresa divulgou comunicado ao mercado em resposta a pedido de esclarecimentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre reportagem do jornal Valor Econômico que afirma que a Petrobras teria incluído ativos do pré-sal no pacote de desinvestimentos.

Enquanto isso, a Fitch Ratings afirmou que a petroleira está apta a passar por 2015 sem precisar recorrer aos mercados de dívida, graças a sua forte posição de caixa, afirmou um analista da agência de classificação de risco Fitch Ratings.

Continua depois da publicidade

Mas a petroleira pode não ter a mesma posição favorável de caixa no próximo ano, ponderou Lucas Aristizabal, analista de petróleo e gás da Fitch para América Latina.

A Fitch rebaixou o rating da Petrobras para BBB-, ante BBB, no início de fevereiro. A nova classificação está sob observação negativa, o que significa que outro rebaixamento é possível nos próximos meses.

Vale (VALE3, R$ 18,58, -0,11%; VALE5, R$ 15,36, -0,84%)
As ações da Vale registraram alta ontem e revertem parte dos ganhos nesta sessão, também levando em conta o noticiário vindo da China, o seu principal cliente. Em entrevista ao Financial Times, o premiê do país, Li Keqiang, disse que não será fácil para a China crescer 7% neste ano, mas ele descartou a desvalorização cambial para promover a expansão através de exportações.

Gol (GOLL4, R$ 8,52, +1,79%)
As ações da Gol registram alta em meio a um dia de baixa do petróleo (depois de uma forte alta ontem) e também em decorrência da queda do dólar. Nesta sessão, a moeda estrangeira tem baixa de 0,23%, a R$ 3,027 na venda. A Gol se beneficia com a queda da dívida uma vez que sua dívida é bastante atrelada à moeda internacional.   

Ecorodovias (ECOR3, R$ 9,16, +0,99%
As ações da Ecorodovias registram ganhos de cerca de 1%. Nesta data, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) resolução que homologa a empresa Ecorodovias Infraestrutura e Logística como vencedora do leilão da Ponte Rio-Niterói, realizado no dia 18 de março na BM&FBovespa em São Paulo.

A empresa apresentou uma Tarifa Básica de Pedágio de R$ 3,28442, deságio de 36,67% em relação à tarifa máxima fixada no edital de R$ 5,18620. Por causa da atualização pela inflação, a partir de junho, quando a nova concessionária assume a operação, no lugar da CCR, a taxa de pedágio deve ser de cerca de R$ 3,70, o que corresponde a uma economia de 36,67%. Hoje, o pedágio é de R$ 5,20, cobrado em apenas um sentido.

O resultado do leilão havia sido contestado pela CS Brasil Transportes de Passageiros e Serviços Ambientais, mas o recurso da empresa foi negado pela ANTT no início desta semana, confirmando a Ecorodovias como a vencedora da concorrência.

PDG (PDGR3, R$ 0,49, +0,82%)
A PDG registra leves ganhos na sessão de hoje. Ontem, em assembleia geral extraordinária, os acionistas da PDG Realty aprovaram, por unanimidade, o aumento de capital privado de no mínimo R$ 300 milhões e no máximo R$ 500 milhões, mediante a emissão de até 1.136.363.636 ações ordinárias, ao preço de R$ 0,44 por ação.

“Conforme divulgado em março, a Vinci Partners Investimentos, por meio de um ou mais fundos de investimento sob gestão de suas controladas, comprometeu-se a subscrever ações a serem emitidas no aumento de capital no montante de no mínimo de R$ 300 milhões, o que em tese, garante o sucesso da operação”, ressalta a Planner Corretora. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.