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SÃO PAULO – O noticiário segue movimentado para as grandes empresas do índice nesta sexta-feira. As expectativas sobre a divulgação do balanço da Petrobras seguem no radar do mercado. Apesar da companhia ter informado que continua trabalhando para divulgar os resultados do terceiro trimestre da companhia e de 2014 auditados, porém ainda não há data definida para a publicação.
E, de acordo com a Folha de S. Paulo, a Petrobras estima que o cálculo de perdas com o esquema de corrupção na estatal ficará entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. A conta atinge todos os contratos e aditivos firmados com empresas citadas na Lava Jato.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras vai separar, no balanço dos terceiro e quarto trimestres do ano passado, as perdas decorrentes do processo de imparidade (reavaliação de seus ativos) e o que está sendo chamado na petroleira de “custo da corrupção”. Na imparidade, o valor inflado dos projetos considerado foi constatado principalmente na área de refino.
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A ideia é explicitar nas demonstrações financeiras o que a companhia entendeu serem atos de corrupção, baseada em registros encontrados nos processos da Operação Lava Jato. A missão da nova diretoria de Governança, Risco e Conformidade será desenvolver metodologias que possam capturar artificialismos no preço dos serviços que fornecidos à Petrobras e que até hoje são extremamente difíceis de ser identificados. Com isso, a empresa espera evitar a repetição de irregularidades constatadas em contratos listados como suspeitos na investigação da Polícia Federal.
As avaliações pesam principalmente em refinarias, como a Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Comperj, no Rio de Janeiro. A primeira estava orçada em US$ 4 bilhões e ultrapassou US$ 20 bilhões; o Comperj, que começou a obra com previsão de investimentos de US$ 8 bilhões, viu o projeto original minguar ao passo que os custos dispararam para mais de US$ 20 bilhões.
E, de acordo com informações do Valor Econômico, a União quer tirar políticos do conselho da estatal.
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Educacionais
A Ser Educacional (SEER3) e a Kroton (KROT3) tiveram as recomendações elevadas de manutenção para compra pelo Santander. Por outro lado, o banco cortou o preço-alvo das ações da companhia.
A Ser teve o preço-alvo cortado de R$ 22,50 para R$ 19, enquanto a Kroton teve o preço-alvo cortado de R$ 15,50 para R$ 14. A Anima Educação (ANIM3) e a Estácio (ESTC3) têm recomendação de manutenção. O preço-alvo de Anima foi cortado de R$ 28,50 para R$ 20 e da Estácio elevado de R$ 22,50 para R$ 23,50.
“Nossa visão sobre o setor de ensino superior tornou-se mais positiva após certa calmaria na atividade regulatória, resultados preliminares relativamente
positivos para novas matrículas no 1S15 e a definição de expectativas em níveis mais razoáveis”, segundo relatório de analistas do Santander.
A recomendação de Kroton e Ser foi elevada “com base em seus fundamentos sólidos e relativamente maior potencial de alta”.
CSN
De acordo com informações do Valor Econômico, o ex-ministro Ciro Gomes recebeu uma missão espinhosa do presidente da CSN (CSNA3), Benjamin Steinbruch: ele tenta destravar e concluir, até o começo de 2017, as obras da ferrovia Transnordestina. O projeto, criado em 2005, enfrenta diversos problemas, desde licenças ambientais até desapropriações até fluxo de capital.
AES Tietê
A AES Tietê (GETI4) informou que a BlackRock reduziu a fatia para 4,99% de ações preferenciais da companhia.
Oi
A Oi (OIBR4) informou ao mercado na quinta-feira que pede aprovação da substituição da PT Portugal pela PTIF enquanto emitente e principal devedora das notas de dívida, além de conceder aos detentores das notas uma opção de reembolso das mesmas, sendo tal proposta sujeita à conclusão da venda da PT Portugal pela Oi à Altice Portugal S.A. e Altice S.A. A companhia ainda informou que os principais documentos relativos à operação em questão encontram-se anexos.
Souza Cruz
A Souza Cruz (CRUZ3) informou que a Assembleia Especial de acionistas aprovou a realização da nova avaliação para determinação do valor das ações da companhia no âmbito da OPA (Oferta Pública de Aquisição de Ações), com o objetivo de cancelar o registro de companhia aberta da Souza Cruz, sendo contratado pelo banco Credit Suisse. A companhia ainda informa por meio de comunicado que a instituição avaliadora tem prazo de 30 dias para concluir o novo laudo de avaliação, cujo resultado será comunicado ao mercado pela companhia.
Braskem
A indústria petroquímica Braskem (BRKM5) distribuirá um total de R$ 482,593 milhões ou R$ 0,6061888020 para cada uma de suas ações. O dividend yield fica em 6,62% para as BRKM3 e em 5,03% para as BRKM5. Vale lembrar que quem fechou a sessão desta quinta-feira posicionado nos papéis da Braskem, terá direito de recebimento dos dividendos anunciados pela companhia.
Comgás
A Comgás (CGAS3) informou ao mercado nesta quinta que o Conselho de Administração da companhia aprovou a renúncia de Roberto Collares Lage ao cargo de Diretor de Relações com Investidores, declarando ainda que Luis Henrique Guimarães, atual presidente da companhia, irá assumir o posto de Collares.
Localiza
A Localiza (RENT3) informou que aprovou a emissão de até R$ 500 milhões em debêntures. A emissão será objeto de distribuição pública com esforços restritos de colocação e seguirá o regime de garantia firme, nos termos da Instrução da CVM n.º 476, de 16 de janeiro de 2009, conforme alterada, dispensado do registro de distribuição pública na CVM. Os recursos captados serão utilizados para o resgate antecipado da totalidade das debêntures da 5ª (quinta) emissão da Companhia.
Renova
A Renova (RNEW3) informou que o seu conselho aprovou a emissão de nota promissória no valor de até R$ 450 milhões.
Tegma e CPFL
Entre as recomendações do dia, além das mudanças de perspectiva do setor educacional pelo Santander, a Tegma (TGMA3) foi rebaixada de overweight para equalweight pela Brasil Plural.
Já o UBS cortou a recomendação para a CPFL Energia (CPFE3) de compra para neutra.
(Com Reuters e Agência Estado)
