OGX SA chega a subir 3.600% em 2 pregões; Petrobras e Vale vivem dia volátil

Confira as principais variações da Bovespa nesta quarta-feira (8)

Lara Rizério

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Petrobras (PETR3, R$ 10,73, -0,92%;PETR4, R$ 10,87, -0,18%)

As ações da Petrobras, que chegaram a subir mais de 3% em meio ao noticiário agitado para a companhia e para o setor e em meio às expectativas positivas após a fusão Shell-BG, diminuíram fortemente os ganhos no início da tarde de hoje.

 A petroleira Shell anunciou na manhã desta quarta-feira a compra da britânica BG em um negócio que soma cerca de 47 bilhões de libras – aproximadamente US$ 69 bilhões. A união das duas empresas é avaliada como o maior negócio entre empresas do setor de energia e gás da década e criará um novo gigante mundial do setor.  De acordo com o UBS, o Brasil responde por 39% do valor patrimonial da BG e esta compra seria uma “chancela para o País”.

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Porém, os ganhos diminuíram fortemente em meio à queda de mais de 4% dos preços do petróleo. Os estoques de petróleo dos Estados Unidos subiram quase 11 milhões de barris na última semana, maior alta em 14 anos, com aumento das importações, enquanto os estoques de gasolina subiram inesperadamente e os de derivados caíram, segundo dados divulgados pelo governo norte-americano nesta quarta-feira.

No noticiário da estatal, a SBM Offshore negou uma notícia de que teria alcançado um acordo de 1,7 bilhão de dólares  com autoridades brasileiras sobre acusações de corrupção.

“As discussões com autoridades brasileiras estão em estágios iniciais e números não foram acertados”, disse em comunicado no qual nega matéria publicada pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira. O jornal noticiou que a SBM teria aceitado indenizar a Petrobras em 1,7 bilhão de dólares, mas, apesar disso, não consegue fechar um acordo de leniência com o governo devido a um impasse entre o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União.

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Vale destacar que os fundos de investimento se organizaram mais uma vez para indicar novos nomes independentes ao conselho de administração da Petrobras. Walter Mendes de Oliveira Filho e Guilherme Affonso Ferreira vão ser apresentados aos acionistas na próxima AGO, no dia 29/04. Se eleitos, se juntam a Deyvid Bacelar, representante dos empregados, e a Luiz Navarro, indicado pela União, na nova composição do colegiado, que deve ser menos político e mais técnico do que o anterior.

Vale (VALE3, R$ 18,99, -0,05%; VALE5, R$ 15,98, -0,44%)
Após a forte alta da sessão anterior, as ações da Vale abriram com ganhos de cerca de 2%, mas logo diminuíram as altas e viraram para baixo. 

O Conselho de Estado da China, que é o gabinete do governo, afirmou nesta quarta-feira que vai reduzir os preços de energia e o imposto sobre minério de ferro para diminuir os custos das empresas e apoiar a economia. Preços de energia com base em carvão devem ser reduzidos em uma média de cerca de 0,02 yuan (US$ 0,003) por quilowatt-hora, disse o gabinete em um comunicado no site do governo. A partir do próximo mês, o governo vai reduzir o imposto existente sobre minério de ferro em 40%, afirmou, sem dar mais detalhes.

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Já o BTG Pactual cortou o preço-alvo para os ADRs da companhia, além de prever que a Vale pode suspender os dividendos temporariamente em 2016.

CCX Carvão (CCXC3, R$ 0,45, +15,38%)
As ações da CCX disparam, chegando a ter alta superior a 20% na máxima do dia, após a International Chamber of Commerce negar pedido da Yildirim
A YCCX Colombia, controlada pela YildirimHolding protocolou requerimento junto ao ICC para emitir uma ordem proibindo a CCX Colômbia de negociar com outros potenciais compradores a venda dos ativos ou a venda de ações, segundo comunicado. O árbitro de emergência negou pedido da YCCX.

“Isso significa que a CCX Colômbia e controladoras não estão impedidas de participar da venda de ações de emissão da CCX Colômbia (e/ou de quaisquer de suas controladoras) a qualquer terceiro”.

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A companhia “não tomou qualquer providência em relação à correspondência enviada pelo Blackstone Advisory Partners, na condição de assessor financeiro de um grupo de fundos soberanos e grandes investidores estrangeiros organizados em regime de capital sindicalizado, contendo oferta nãosolicitada de aquisição das ações de emissão da CCX Colômbia”

A “análise da oferta não solicitada pelo conselho de administração ainda está pendente e até o momento nenhuma decisão em relação ao assunto foi tomada pelo conselho”.

OGSA (OGSA3, R$ 24,01, +205,49%)
A ação da subsidiária da Óleo e Gás Participações (OGXP3), antiga OGX, empresa fundada por Eike Batista que entrou com pedido de recuperação judicial em 2013, segue em destaque ao subir fortemente pela segunda sessão seguida. 

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Após subirem 642,59% ontem, os papéis sobem fortemente hoje e atingem os R$ 36,75, com um volume de negócios de R$ 120 mil e apenas 23 negócios sendo realizados. Apenas 20 negócios foram feitos ontem. No acumulado de dois dias, a alta chega a 3.603,7%. 

Na última terça-feira, analistas não souberam justificar o movimento, e lembraram que, atualmente, é difícil encontrar alguma corretora que ainda acompanha estes papéis.

Fibria (FIBR3; R$ 43,55, -1,29%) e Suzano (SUZB5, R$ 14,25, -0,70%)
Em mais um dia de queda do dólar, que cai 1,64% e atinge os R$ 3,08, as ações das empresas exportadoras têm queda, com destaque para as de papel e celulose Fibria e Suzano. Já a Embraer (EMBR3) fica próxima da estabilidade.

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Cosan Logística (RLOG3, R$ 2,96, +3,50%)
A ação da Cosan Logística sobe forte após a companhia ter aprovado um programa de recompra de 4,89 milhões de ações ordinárias em um ano, representativas de 1,204284% da quantidade total de ações. O prazo para a aquisição será até 7 de abril de 2016.

Lojas Americanas (LAME4, R$ 17,03, +1,92%)
As ações da Lojas Americanas também sobem após o Conselho aprovar a criação de um novo programa de recompra de ações de emissão da própria companhia, para cancelamento ou permanência em tesouraria e posterior alienação, iniciado no último dia 30 de março e que se encerrará em 29 de março de 2016, até o limite de 17.524.269 ações ordinárias e 27.793.101 ações preferenciais. O montante corresponde a 10% das ONs e 5,7% das PNs em circulação.

Estácio (ESTC3, R$ 19,69, +0,97%)
As ações da Estácio têm leve alta nesta sessão entre a estimativa de queda das matrículas e a recomendação de compra das ações pelo BTG Pactual. A Estácio estima queda de até 43% em matrículas com Fies em 2014, segundo informações do jornal Valor Econômico de hoje

Por outro lado, o BTG Pactual reitera recomendação de compra para as ações da empresa após encontro da companhia com analistas ontem.

A avaliação é de que a Estácio não alterou suas metas após mudanças no Fies e as iniciativas de crescimento de base de alunos e cortes de custos devem se traduzir em expansão de margem e crescimento sólido do Ebitda em 2015. 

Gerdau (GGBR4, R$ 9,91, +0,30%)
As ações da Gerdau têm leve alta, ainda de olho na Operação Zelotes. Segundo a companhia, “até o momento, não foi contatada por nenhuma autoridade pública a respeito da Operação” e  “também reitera que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos”.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 5,22, -4,74%)
Diante do baixo ritmo da economia e da queda na confiança de empresários e consumidores, o setor varejista brasileiro enfrentou um primeiro trimestre difícil em comparação com igual período do ano passado, afirmou na terça-feira a presidente da rede Magazine Luiza , Luiza Helena Trajano. As ações da companhia têm baixa e chegaram a registrar perdas de 7,30% na mínima do dia. 

A executiva afirmou durante evento promovido pela Associação Brasileira de Private Equity e Capital de Risco (ABVCap) que o atual momento político e econômico vivido pelo país “é sério” e defendeu ajuste fiscal planejado pelo governo federal. “O Brasil vive um momento difícil, estamos em um momento político muito mais sério que o econômico, mas essa não é a primeira crise (vivida pelo país)”, disse a executiva no evento, em referência a crises sofridas durante governos anteriores do país.

Copasa (CSMG3, R$ 18,50, -5,23%)
As ações da Copasa registram queda de quase 5% nesta sessão. A companhia informou que o volume faturado de água recuou 11,7% em março deste ano ante o mesmo mês de 2014, para 52,621 milhões de metros cúbicos.

Já o volume faturado de esgoto caiu 11,1% na mesma comparação, para 34,423 milhões de metros cúbicos. Segundo a companhia, a redução nos volumes ocorreu em função principalmente da campanha educativa pela redução do consumo, “que é uma das medidas adotadas pela companhia visando minimizar os impactos da crise hídrica pela qual passa a Região Sudeste”. “

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.