Nova recompra da CSN, Brasil Pharma rebaixada e Petrobras estão no radar; veja mais

Ratings da Brasil Pharma passam para "observação negativa" pela Fitch Ratings e conselheiro da Petrobras diz que estão avaliando reajuste para os diretores da companhia

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O “after hours” desta terça-feira (31) segue agitado, com a agência de risco Fitch Ratings anunciando que cortou os ratings da Brasil Pharma hoje e colocou-o em observação negativa. Ainda no radar dos investidores após o fechamento da Bolsa está o desdobramento de 1 para 2 das ações ordinárias da Weg.

Ainda chamaram atenção do mercado as notícias de que o Conselho de Administração da CSN aprovou hoje novo programa de recompra de ações da companhia, e que a Copel apresentou à Aneel o laudo de avaliação dos ativos de transmissão de energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000.

Veja abaixo os destaques do “after hours” desta terça:

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Petrobras
Após rumores circularem no mercado durante a manhã, o representante dos trabalhadores no conselho de administração da Petrobras (PETR3PETR4), Silvio Sinedino, confirmou que o grupo avalia uma proposta de reajuste na remuneração da diretoria da estatal. Mas diferente do que a Folha de S. Paulo afirmou, em 13%, ele disse que a proposta é de 8,09%. As informações são do Valor Econômico.

De acordo com Sinedino, as discussões foram interrompidas e devem ser retomadas no próximo encontro do conselho. Ele afirmou que faltaram alguns esclarecimentos sobre as bases da proposta. Sinedino afirmou ao Valor que contestou a indicação do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Luciano Coutinho, e do presidente da Vale, Murilo Ferreira, para a presidência do conselho da estatal, o que segundo ele traz conflitos de interesse.

“O BNDES é o maior credor da Petrobras. Como pode o maior credor ser presidente do CA? O Murilo também traz um conflito, porque eventualmente a Petrobras e a Vale podem ser sócios em projetos”, afirmou Sinedino, para quem o Conselho virou um “homologador de decisões”.

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Entre outras reclamações, ele também quesstionou a falta de informações compartilhadas com o conselho da companhia, como no caso do plano de desinvestimentos. “O plano de desinvestimentos já está em todos os jornais. Por que não passou pelo conselho?”, completou ele.

Brasil Pharma
A Brasil Pharma (BPHA3) teve seus ratings rebaixados para BBB-(bra), de A-(bra) pela Fitch Ratings. A agência de risco ainda colocou o rating em observação negativa. “Estas ações de rating refletem a contínua incapacidade de a Brasil Pharma restaurar sua geração de caixa operacional para patamares positivos e que sustentem a continuidade de suas atividades; o forte desequilíbrio na estrutura de capital da companhia; e o elevado risco de refinanciamento, que se intensificou nos últimos trimestres”, disse a agência em comunicado ao mercado. Eles ainda acrescentam que “a Observação Negativa reflete o elevado risco de refinanciamento e o desafio de a companhia concluir o processo de capitalização nos próximos sessenta dias”.

Weg
A Weg (WEGE3) informou ao mercado na noite desta terça que foi aprovada hoje em AGO/E (Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária) o desdobramento de totalidade das ações da companhia para que cada uma ação atual passe a ser representada por 2 ações da mesma espécie e sem modificação do capital social da companhia. De acordo com o comunicado da companhia ao mercado, o objetivo do desdobramento é de ampliar o acesso de investidores às ações emitidas pela companhia, diversificar a base acionária e aumentar a liquidez das ações. Desta forma, os atuais 807.176.538 ações, passarão a ser 1.614.353.076 ações ordinárias.

A posição acionária a ser considerada para o desdobramento das ações ordinárias de emissão da companhia é a de 31 de março de 2015. A partir do dia 1º de abril as ações serão negociadas sem direito ao desdobramento.

Copel
A Copel (CPLE6apresentou à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta terça o laudo de avaliação dos ativos de transmissão de energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000 (Rede Básica Sistema Existente – RBSE e Demais Instalações de Transmissão – RPC) referentes ao contrato de concessão 060/2001. De acordo com o comunicado da companhia ao mercado, o laudo de avaliação foi elaborado pela American Appraisal e que o valor da base de indenização apurado é de R$ 882,3 milhões com data base em 31 de dezembro de 2012, enquanto que o valor contábil desses ativos, conforme os resultados da companhia na época, era de R$ 160,2 milhões na mesma data.

A Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira da ANEEL terá 30 dias, a partir da data de protocolo, para manifestar o aceite do laudo de avaliação e mais 120 dias, a partir do aceite, para validação das informações com consequente aferição do valor indenizável, podendo incorrer em ajustes na base de indenização.

CSN 
A CSN (CSNA3) informou na noite de hoje que seu Conselho de Administração aprovou a abertura de um novo programa de recompra de até 32.770.055 ações para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. De acordo com a CSN, o objetivo da recompra é para maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital. O prazo para a realização da recompra é entre os dias 1º de abril e 30 de junho de 2015.

Viver
A Viver Incorporadora (VIVR3) informou nesta terça que reduziu seu prejuízo líquido em 47% no quarto trimestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 64,4 milhões. A receita líquida da companhia somou R$ 9,2 milhões, uma queda de 97% na mesma base de comparação. A companhia ainda reportou que seu Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 35 milhões, frente ao resultado positivo de R$ 11,4 milhões no quarto trimestre de 2014.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.