PF prende presidente do Grupo Galvão em nova etapa da operação Lava Jato

Foram presos o diretor-presidente do Grupo Galvão, Dario Queiroz Galvão Filho, e Guilherme Esteves, apontado pela PF como um dos operadores do esquema de corrupção

Reuters

Publicidade

A Polícia Federal realizou na manhã desta sexta-feira mais uma etapa da operação Lava Jato, com o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão.

Foram presos o diretor-presidente do Grupo Galvão, Dario Queiroz Galvão Filho, e Guilherme Esteves, apontado pela PF como um dos operadores do esquema de corrupção.

Segundo a PF, os presos permanecerão à disposição da Justiça Federal em Curitiba.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A Galvão Engenharia, empresa do Grupo Galvão, foi acusada pelo Ministério Público Federal de enriquecimento ilícito pelos fatos apurados na operação Lava Jato, que investiga corrupção e formação de cartel em contratos da Petrobras com empreiteiras, em benefício de executivos e políticos.

Na quarta-feira, a Galvão Engenharia entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro, após ter sua situação agravada por inadimplência da Petrobras e efeitos da retração do mercado de crédito para infraestrutura devido à Operação Lava Jato.

Sobre a operação Lava Jato, o grupo Galvão afirmou anteriormente que “jamais participou de qualquer tipo de suposto ‘cartel’ de empresas em prejuízo dos interesses de seus clientes” e que a Galvão Engenharia é reconhecida pelos concorrentes como “agressiva” e “competitiva”.

Continua depois da publicidade

Galvão comenta
A prisão do empresário Dario Queiroz Galvão Filho “foi um ato arbitrário, sem qualquer motivação ou fundamento legal”, disse a empresa, por meio de nota no início da noite.

“Dario Galvão não cometeu nenhuma conduta criminosa. Jamais foi mandante de crime algum. Compareceu a todos os atos processuais, em total respeito ao Judiciário”, acrescentou. “Justamente por confiar na justiça, adotará as medidas legais para que seja determinada sua liberdade.”

Segundo a companhia, os pagamentos às empresas de consultoria investigados na operação Lava Jato são objeto de análise judicial ainda não concluída.

“A empresa entende que há total inversão de fatos e valores. Ignora-se a sangria que vem sendo perpetrada na Petrobras ao longo dos últimos anos e atribui-se à iniciativa privada, que exerce atividade absolutamente lícita e no interesse do crescimento econômico do Brasil, a responsabilidade por cooptar funcionários públicos”, afirmou.

“Qualquer ilícito relativo aos fatos, porém, não passaria de mera extorsão.”

Não foi possível contatar imediatamente algum representante de Guilherme Esteves, o outro acusado preso nesta sexta-feira.