Ibovespa Futuro cai digerindo PIB do Brasil e dos EUA; dólar sobe novamente

Com resultado levemente acima do esperado da economia brasileira, futuros operam perto da estabilidade enquanto bolsas internacionais caem

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro opera em queda nesta sexta-feira (27) seguindo a cautela das bolsas mundiais e repercutindo o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no quarto trimestre de 2014 e no acumulado do ano. Outro PIB divulgado hoje foi o da economia dos Estados Unidos, que teve um avanço de 2,2% no últirmo trimestre do ano. 

Às 9h40, o contrato futuro do Ibovespa para abril caía 0,46%, a 50.375 pontos, enquanto o dólar futuro para o mesmo período subia 0,55%, a R$ 3,204. Nos Estados Unidos, os futuros do índice Dow Jones operavam perto da estabilidade, com leve baixa de 0,08%, a 17.588 pontos ao mesmo tempo em que os futuros do S&P 500 ficavam estáveis, com leve queda de 0,02% a 2.047 pontos.

O PIB brasileiro divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sofreu uma retração de 0,2% no quarto trimestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a soma dos bens e serviços em moeda produzidos no Brasil em 2014 teve um leve crescimento de 0,1% em comparação com 2013. 

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No quarto trimestre de 2014, a alta do PIB dos Estados Unidos foi de 2,2%, na comparação anual. Foi o mesmo resultado da segunda prévia, que também indicava uma alta de 2,2%. O crescimento foi, portanto, abaixo dos 5% registrados no trimestre anterior. A expectativa do mercado era de que o avanço fosse de 2,4%.

No noticiário corporativo, a Petrobras (PETR3; PETR4) comunicou nesta manhã que convocou nova assembleia geral ordinária para 29 de abril. O tema da reunião será eleição dos administradores e membros do conselho fiscal.Em comunicado, a estatal disse ainda que ainda não finalizou os trabalhos de elaboração de suas demonstrações financeiras do 3° trimestre de 2014 e do ano de 2014, para supervisão dos auditores independentes e aprovação pelo comitê de auditoria, conselho fiscal e de administração.

Os ADRs (American Depositary Receipts) da petroleira negociados no pré-market da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) subiam 0,17%, a US$ 5,80.

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Cenário externo
As bolsas asiáticas fecharam sem direção comum nesta sexta-feira com as tensões crescentes no Oriente Médio ofuscando as perspectivas de investimentos. O dia também é misto na Europa, com os mercados testando uma recuperação após a queda da véspera por conta dos conflitos no Iêmen.

Os preços do petróleo tinham queda nesta sessão devido à recuperação do dólar, conforme investidores reavaliavam o potencial impacto do conflito no Iêmen, onde a Arábia Saudita e aliados realizaram ataques aéreos contra rebeldes Houthi na quinta-feira.

O petróleo nos Estados Unidos caía 1,59 por cento para 50,61 dólares, enquanto o Brent perdia 1,1 por cento, a 58,54.

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A operação liderada pela Arábia Saudita não afetou as instalações de petróleo dos principais produtores do Golfo. No entanto, temores de que o conflito pode se espalhar e atrapalhar carregamentos do Oriente Médio têm sustentado os preços do petróleo.

Entre as ações da região, os índices em Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan tiveram quedas. Já as ações australianas, em Xangai e Cingapura registraram altas.

O índice japonês Nikkei devolveu ganhos e fechou com queda de quase 1 por cento. “Consultores de negociação de commodities e fundos de hedge estão realizando lucros e desfazendo suas posições de opções antes do fim do primeiro trimestre”, disse um operador sênior de uma corretora estrangeira em Tóquio.

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Na Europa, as ações das mineradoras tiveram queda em meio ao enfraquecimento dos preços do minério de ferro e de ouro, com os investidores voltando para ativos de risco.

Além disso, os investidores estarão focados no discurso da presidente do Federal Reserve Janet Yellen e a divulgação do PIB dos EUA.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

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(Com Reuters)