Produção da Petrobras, lista de conselheiros da Usiminas e mais 7 notícias agitam a noite

Entre os destaques, a Estácio apresentou seu balanço, com alta de 80% no lucro líquido, enquanto Cyrela e Copasa viram seus lucros caírem no 4º trimestre

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Noite agitada nesta quinta-feira (19) no noticiário corporativo da Bolsa. Entre os destaques está a Estácio (ESTC3), que reportou um lucro líquido de R$ 80,9 milhões no quarto trimestre de 2014, um aumento de 79,4% na comparação com igual período de 2013, quando apresentou lucro de R$ 45,1 milhões; no acumulado de 2014, a companhia reportou lucro de R$ 425,6 milhões. A estimativa média dos analistas consultados pela Bloomberg era de R$ 91,2 milhões no quarto trimestre.

A receita líquida da companhia no quarto trimestre ficou em R$ 652,4 milhões, aumento de 49,6% na comparação com o quarto trimestre do ano anterior, quando apresentou receita de R$ 436 milhões; no acumulado do ano, a companhia apresentou receita de R$ 2,4 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fechou o quarto trimestre de 2014 em R$ 133,1 milhões, frente os R$ 65,8 milhões apresentados em 2013; no acumulado do ano, o número ficou em R$ 532,6 milhões.

A companhia ainda informou nesta quinta que aprovou a contratação do empréstimo em moeda estrangeira, firmado junto ao Itaú Unibanco Nassau Branch no valor de US$ 61,2 milhões, equivalentes, de acordo com a cotação da moeda hoje, a R$ 200 milhões. O vencimento do empréstimo é de 14 de março do ano que vem.

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A Estácio também disse que espera novo ciclo de captação de alunos recorde no primeiro semestre de 2015 apesar das mudanças do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Caso confirmado, o novo recorde seria o décimo consecutivo na captação de alunos. O Fies tem apresentado problemas como a lentidão do sistema, travas inseridas ao longo do processo de captação e incertezas geradas pela falta de informações oficiais.

A expectativa é que a base total de alunos da Estácio cresça entre 23% e 25% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2014, “o que abre caminho para uma entrega de resultados substanciais para o exercício de 2015”, disse a Estácio em seu relatório de resultados.

Para a graduação presencial, a expectativa é de crescimento orgânico de 8% a 13% e de 17% a 21% no ensino a distância. “Os primeiros números que estão ali são uma expectativa, mas são muito realistas já que já estamos na fase final do processo de captação”, disse à Reuters o presidente da companhia, Rogério Melzi.

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Segundo executivos da Estácio, no primeiro semestre de 2014, a companhia teve 30 mil calouros com contratos com o Fies. Este ano, o número está chegando a 20 mil processos em andamento. As inscrições para o sistema de financiamento do governo estão abertas até 30 de abril.

Petrobras
A produção de petróleo da Petrobras (PETR3; PETR4) caiu para 2,146 milhões de barris por dia em fevereiro, recuo de 2,1% ante o volume de janeiro, informou a estatal nesta quinta-feira. 

Cyrela
A Cyrela (CYRE3) apresentou seus resultados para o quarto trimestre nesta quinta, reportando lucro líquido de R$ 150 milhões, uma queda de 17,8% na comparação com igual período do ano passado. Já o ROE (return on equity, ou lucro líquido dos últimos 12 meses sobre o patrimônio líquido médio do período, excluindo participações minoritárias) ficou em 11,9%. Os lançamentos da empresa no quarto trimestre somaram R$ 2,3 bilhões, volume 16,1% abaixo do apresentado em 2013. As vendas contratadas no quarto trimestre da imobiliária somaram R$ 1,8 bilhões, uma queda de 17,1% na comparação com igual período de 2013. A receita líquida nos últimos três meses de 2014 foi de R$ 1,531 bilhão, uma alta de 10,1% ano a ano. O Ebitda caiu 9,9% na mesma base de comparação a R$ 256 milhões.

Segundo a companhia, o resultado foi pressionado por provisões jurídicas de multas por atraso de obras das safras problemáticas em fase de entrega, além de distrato de terreno. “A demanda por imóveis arrefeceu e, consequentemente, as vendas de imóveis como um todo. Entretanto, diferentemente de eventos passados, dessa vez o mercado respondeu prontamente com um menor volume de lançamentos”, disse a incorporadora, em seu relatório.

Elétricas
A taxa de juros do novo empréstimo de 3,4 bilhões de reais para as distribuidoras de energia elétrica será de CDI mais 3,15 por cento ao ano, informou nesta quinta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A CCEE também informou que foram elevados para CDI mais 2,9 por cento, ante CDI mais 2,35 por cento, a taxa de juros do segundo empréstimo liberado ano passado pelos bancos ao setor. O prazo para pagamento dos financiamentos, porém, será ampliado de 24 para 54 meses.

O alongamento do prazo dos empréstimos foi a forma encontrada pelo governo federal para diluir o repasse do pagamento desses empréstimos às tarifas dos consumidores, reduzindo assim o impacto na conta de luz e, consequentemente, na inflação.

Unicasa
A Unicasa (UCAS3) reverteu lucro líquido de R$ 414 mil apresentado no quarto trimestre de 2013 para prejuízo líquido de R$ 12,7 milhões em igual período do ano passado. A receita líquida da companhia foi de R$ 75,3 milhões, queda de 11,2% na comparação com igual período de 2013. Já o Ebitda da companhia ficou negativo em R$ 17,7 milhões, após resultado positivo de R$ 4,6 milhões em 2013.

CPFL Energia
A Fitch Ratings rebaixou nesta quinta os ratings da CPFL Energia (CPFE3) de AA(bra) para AA+(bra). Segundo a agência o rebaixamento reflete o enfraquecimento do perfil de crédito consolidado da CPFL Energia.

“O fluxo de caixa e os indicadores financeiros do grupo CPFL vêm sendo impactados, desde 2012, pela implementação do terceiro ciclo de revisão tarifária nas empresas de distribuição de energia do grupo, associada aos maiores desembolsos com compra de energia nos segmentos de distribuição e geração, devido à situação hidrológica adversa do país”, afirmou a Fitch em relatório.

“Além disso, os indicadores de crédito têm sido afetados pela manutenção da política de forte pagamento de dividendos, mesmo em face de um cenário mais desafiador para o setor elétrico brasileiro. O grupo tem apresentado aumento constante da alavancagem financeira nos últimos anos, a qual tem sido atenuada por robustas posições de liquidez e pelo adequado perfil de vencimento da dívida”, completou a agência.

Copasa
A Copasa (CSMG3) teve lucro líquido de R$ 318,1 milhões em 2014, uma queda de 24,2% na comparação anual, em reflexo da queda dos volumes faturados com a necessidade de redução do consumo de água. A receita de venda de bens e serviços cresceu 10,6% no ano, para R$ 4,1 bilhões, enquanto a receita líquida avançou 4,1%, para R$ 3,1 bilhões.

Além disso, a companhia anunciou a distribuição de Juros sobre o Capital Próprio no valor bruto de R$ 2.452.073,94 referentes ao quarto trimestre de 2014. O valor corresponde a R$ 0,0205491589 por ação. Os papéis passam a ser negociados na forma “ex” a partir de 25 de março.

Usiminas
A Usiminas (USIM5) marcou para 6 de abril a assembleia que vai definir os novos membros de seu conselho. Segundo comunicado, os minoritários ainda não indicaram membros para o conselho até hoje. Na lista dos indicados pelos controladores, estão Eiji Hashimoto, Fumihiko Wada, Paulo Penido, Rita Rebelo Horta de Assis Fonseca, Alcides José Morgante, Daniel Agustín Novegil, Roberto Caiuby Vidigal.

Na lista de suplentes tem Takaaki Hirose, Hirohiko Maeke, Yoichi Furuta, Gileno Antônio de Oliveira, Honorio Pedro García Diez, Mario Giuseppe Antonio Galli e Oscar Montero Martinez.

Saravia
A Saraiva (SLED3) registrou lucro líquido consolidado de R$ 22,915 milhões no quarto trimestre de 2014, o que representa alta de 91% sobre o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2014, o lucro líquido somou R$ 5,754 milhões, recuo de 56% na comparação com 2013.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 104,2% no intervalo de outubro a dezembro do ano passado sobre um ano antes, para R$ 59,833 milhões. De janeiro a dezembro de 2014, o Ebitda alcançou R$ 111,453 milhões, alta de 17,3% sobre o ano anterior.

A receita líquida da companhia no quarto trimestre de 2014 foi de R$ 739,465 milhões, praticamente estável (+0,4%) sobre igual intervalo de 2013. Em todo o ano de 2014, a receita líquida foi de R$ 2,275 bilhões, avanço de 6,1% sobre 2013.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.